Dança comigo?

Como amar alguém

Eu pedi o serviço de quarto a algum tempo, chegou antes de Jungkook sair do banho. Eu bati na porta, tenho medo dele desmaiar.

_Jungkook!? Tá tudo bem?!

_A água está boa!

_A comida já chegou!

_Tudo bem, então, Jajá eu termino!

Eu concordei. Arrumei a comida dele, acabei pedindo coisa mais pesadas, geralmente não gosto, mas ele não come a muito tempo, debaixo dos músculos, ele é fraco. Estou pensando em como será nossa vida, ele tem a carreira dele pelo mundo, eu estou no Japão com Yoongi, ainda tem Jimin. Jungkook não parece ter uma casa fixa, eu acho que ele vive de hotel em hotel. Isso não é bom, você não se apega a ninguém...tudo é descartável.

O barulho de um trovão me assustou, era de manhã, a noite havia sido tranquila, porque chover agora? Mesmo sem razão alguma, a chuva resolveu cair sem dó, eu olhava pela janela aquele aguaceiros todo, ia esfriar com certeza, mais é muito bonito também, eu gosto de olhar pela janela a chuva cair. Eu sorri quando me lembrei do dia que vi Jungkook pela primeira vez, chovia muito, era parecido com hoje, mas confesso que está mais forte.

Mais um trovão, dessa vez ouvi um grito junto, olhei direto pra porta do banheiro, Jungkook amassava um roupão a frente dele, por algum motivo ele não pos a peça no corpo, pela cara de assustado, acho que esqueceu momentaneamente como faz, ele veio olhando pra tudo o que é lado, eu levantei e ele veio se esconder no meu peito, deu um salto quando, já protegido por mim, ouviu mais um trovão ao longe.

_Eu não gosto de trovão...

Ele confessou com a voz abafada pelo novo esconderijo, eu sorri com a fofura dele. Meu garoto ainda está aqui, não importa quanto tempo passe, Jungkook sempre será o meu garoto.

Feliz com essa constatação, eu lhe dei um beijo no cabelo e na têmpora, fiquei um tempo lhe fazendo carinho nas costas e no cabelo, ele já tinha se acalmado quando mais um trovão chegou e bem perto, tão perto que ficamos sem luz.

_A!

Jungkook gritou. Do nada suas mãos largaram o roupão, se embrenharam até alcançar meu ombros onde ele se apoiou e saltou, segurei como pude, quase caio pra trás, mesmo de manhã, aqui é escuro, só a luz da janela entrava, eu fui andando com ele no meu colo até chegar na cama, arrastei a comida para o lado antes de sentar com Jungkook agarrado no meu colo como um coala. Jungkook tremia de susto.

_Garoto, calma.. é passageiro.

_Tá escuro...

Ele respondeu choroso

_Não está tão escuro assim. Tem a luz da janela, olhe pra ela.

Jungkook moveu devagarinho, a cabeça dele, antes escondia seu rosto de mim no vão do meu pescoço, agora o fazia olhar a luz que se fazia presente, era bem clara, a água refletida pareciam ondas, eu aproveitei pra lhe beijar a testa, a orelha, ele se acalmava aos poucos, as mãos desceram do meu pescoço para o meu peito, ganhei um selinho antes dele deitar no meu peito olhando aquela luz. Nunca tive Jungkook assim no meu colo, descansando, aquilo me deu uma sensação muito boa, me sinto em paz...tudo bem que ele estava nu e com um cheiro maravilhoso de sabonete, mas não tinha segundas intenções, estávamos apenas curtindo um dia de chuva juntos, como qualquer casal. Fiz carinho no seu cabelo, ele gostou tanto que quase adormeceu em meu colo.

_Jungkook, precisa comer...vamos acorde. Sente-se melhor para comer

_Nhão..não quero sair dos seus braços ..gosto de estar aqui me faz sentir em casa de novo.

Eu sorri perdido de amor.

_Não precisa sair, só quero que se sente melhor.

Jungkook se mexeu aos poucos, agora sentava em uma coxa minha enquanto as pernas eram apoiadas por cima da minha outra coxa, a cabeça ainda encostada no meu ombro enquanto lhe entregava um sanduíche e me servia de um sem soltar a cintura de Jungkook. Enquanto comíamos, algumas perguntas tímidas surgiram.