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MEGAN STILL

Acordo com o barulho do despertador gritando nos meus ouvidos, já podia sentir o cheiro das panquecas de Sammy vindo da cozinha.

Praticamente me arrastei da cama até o banheiro, as segundas eram terríveis para mim, só queria ficar na cama o dia todo.

Tomei um banho rápido, vesti uma roupa qualquer já que quando chegasse no trabalho iria ter que vestir o uniforme de qualquer forma.

- Megan, vamos nos atrasar! - Olho a hora no meu celular e reviro os olhos.

- Você é muito exagerada sabia? - Digo enquanto entro na cozinha e sento. - Não estamos nem perto de nós atrasar.

Mostro a tela do meu celular para que ela que da de ombros.

- Precaução nunca é demais, e além do mais, não podemos nem sonhar em perder esse emprego.

Sammy tinha razão, graças a esse emprego nós conseguimos pagar o aluguel desse apartamento e comprar comida.

Sou garçonete em um restaurante de classe alta aqui na Itália, ela conseguiu esse emprego para mim quando também começou a trabalhar lá.

Sammy é a melhor amiga que alguém poderia ter. Depois do que aconteceu naquela noite, confiar nas pessoas se tornou algo difícil para mim.

                   FLASHBACK ON

Estava no meu quarto enquanto mamãe e papai discutiam na sala, não muito tempo depois ouvi um barulho alto vindo de e corri para ver.

Não conseguia acreditar no que estava vendo, minha mãe caída no chão com uma poça de sangue ao seu redor e respingos na parede. Acho que tinha sangue para todo lado.

O sorriso do meu pai mostrava que o mesmo parecia satisfeito com o que via ali enquanto eu estava em pânico total, lágrimas corriam desesperadamente pelos meus olhos enquanto eu abraçava o corpo frio da minha mãe.

- O que você fez? - Eu gritava desesperada.

- Isso, fique mesmo, você vai ser a próxima garota irritante.

O vi apontar a arma na minha direção, minha garganta secou.

Fechei o olhos esperando o disparo mas o ouvir soltar um xingamento.

- Merda! - Gritou.

A arma falhou, é a minha chance de sobreviver. Corri rumo a porta dos fundos que dava em direção ao jardim, ouvi aquele homem gritar e seus passos rápidos atrás de mim.

Pulei a primeira cerca que vi e tive acesso a rua, corri como se minha vida dependesse disso, porque na verdade... Dependia.

Sem olhar para trás, não sei o quanto corri, mas estou em uma rua que não conheço, as pessoas me olham assustadas.

RUSSOOnde histórias criam vida. Descubra agora