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MEGAN STILL

Dois dias depois..

Abro os olhos devagar vejo o teto branco e vários fios ligados ao meu corpo. A última coisa da qual me lembro é de cair sem forças no meio da neve.

Olho ao redor e vejo Lucius dormindo sentado em uma poltrona de frente a cama, ele parece cansado.

Me sento e pego o copo com água que havia ao lado da cama e bebo, minha garganta está muito seca.

Ainda sinto um pouco de fraqueza no corpo e há uma bolsa de soro ligada a minha veia, encosto a cabeça novamente na cama e observo Lucius por algum tempo até seu telefone tocar e ele pular de susto.

- Merda. - Diz enquanto aparentemente rejeita a ligação. - Faz tempo que acordou? - Pergunta vindo até mim e me examinando com os olhos.

- Um pouco. - Ele concorda. - Cadê o Olly? - Lembro que o cachorro estava comigo quando desmaiei.

- Susi está com ele, logo vai poder ve-lo, terá alta ainda hoje.

- Ha algo errado comigo? - Pergunto preocupada.

Ele suspira e cruza os braços.

- Você está abaixo do peso Megan, não anda se alimentando direito. Sem contar a pneumonia que adquiriu por não me obedecer e ficar brincando na neve com aquele cachorro.

Reviro os olhos, não gosto quando Lucius fala assim de Olly e muito menos quando fala assim comigo.

- Não revire os olhos para mim.- Diz próximo ao meu rosto, posso sentir sua respiração no meu rosto.

- Já que eu dou tanto trabalho, me coloca dentro de um vôo direto pra Itália por favor, eu vou amar. - Sorrio e ele se afasta ficando sério.

- Qual o seu problema garota? Qualquer garota daria tudo para estar no seu lugar e ter o que você tem.

- Eu não sou qualquer garota Lucius. - Digo enquanto sento. - E depois, eu duvido muito que qualquer garota gostaria de ficar trancada em um lugar como se tivesse uma doença contagiosa.

Ele me olha com raiva.

- Isso tudo é temporário, você precisa me dar motivos para confiar em você e ter certeza que não vai fugir de mim na primeira oportunidade.

- Então eu vou ficar trancada pra sempre, porque é exatamente isso que vou fazer quando você der mole.

Ele passa as mãos pelos cabelos e se irrita ainda mais.

- Não irá ficar longe de mim, vê se põe isso na sua cabeça.

Não me intimido, a essa altura já sabia que Lucius não me machucaria, por isso só cruzo os braços e fecho a cara.

- Tá parecendo uma criança mimada. - Ele diz depois de um tempo, já estava mais calmo. Continuo sem responde-lo. - Tô falando com você. - Segura meu maxilar fazendo eu olha-lo.

Antes que eu pudesse responder, um homem que aparentemente é médico entra no quarto e franze o cenho vendo a cena.

- Desculpe atrapalhar senhor Walker, trouxe os papéis para a senhorita Still assinar, são sobre a alta da mesma.

Assino os papéis e ele deixa o quarto, a sós com Lucius de novo eu estou. Levanto da cama com dificuldade, ele tentou me ajudar mas eu neguei, quero me virar sozinha.

- Toma, é uma muda de roupa que Susi mandou pra você. - Pego e vou para o banheiro.

Saio de lá vestida e finalmente vamos embora daquele lugar, nos corredores as pessoas me encaram estranho enquanto Lucius vem ao meu lado com as maos na minha cintura me ajudando. Tenho certeza que esse idiota tá adorando toda essa atenção.

RUSSOOnde histórias criam vida. Descubra agora