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LUCIUS WALKER

Todos os seguranças da casa estão em fila um ao lado do outro, bem na minha frente. Caminho e encaro cada um deles, alguns tem a feição relaxada, sabem que não fizeram nada de errado.
Já outros estão tensos, engolem seco.

- Bom, um de vocês machucou a senhorita Still. - Dou uma pausa. - Eu sei quem foi, porém, gostaria que o mesmo voluntariamente viesse um passo a frente.

Um silêncio se instala no lugar, não se ouve nem a respiração deles. 5 minutos se passam e ninguém move um dedo.

- Tudo bem. - Suspiro e caminho calmante até o autor da violência. - Você, um passo a frente.

Vejo perfeitamente quando o idiota engole seco.

- Ajoelha.

- Por favor Barão. - Grita e se joga aos meu pés. -  Eu não sabia quem ela era.

Agacho e olho bem em seus olhos.

- Todos sabem quem Megan é, há quadros com o rosto dela espalhados por toda a casa.

- Por favor Barão, eu imploro pela minha vida, tenha piedade. Nunca mais vai acontecer

Rio irônico.

- Eu não sei o que isso significa. - Tiro a arma do coldre e destravo. - Segurem ele.

Dois homens seguram o idiota e eu dou um tiro certeiro no meio da sua testa. Mas um barulho me incomodou e não foi o do disparo.

Era um grito, quando olho para trás Megan está a alguns metros de distância. Suas mãos estão em sua boca e os olhos arregalados.

- Que merda ela está fazendo aqui Susi? - Grito e ela corre desesperada. - Limpem tudo.

Corro em direção onde Megan correu, Susi vem no meu encalço também. Subo as escadas e a encontro em meu quarto encolhida no canto em prantos.

- Megan, preciso que você se acalme. - Peço enquanto caminho devagar em sua direção.

- Não. Grita desesperada e puxa os cabelos. Suas mãos tremem, para falar a verdade, todo seu corpo tremedesesperadamente. - Eu não aguento mais, eu estou enlouquecendo.

Meu peito aperta ao vê-la nessa situação. Ela está tendo outra crise de pânico. Me agacho e seguro suas mãos.

- Eu estou aqui, vai ficar tudo bem.

- Faz isso parar, por favor, só faça parar. - Me olha implorando.

É estranho ainda para mim. A alguns minutos atrás havia um homem de joelhos me implorando pela própria vida e eu não senti absolutamente nada.

Mas agora, ver Megan me implorando para que eu faça algo, faz meu coração apertar e eu me sentir um completo inútil.

- Olha pra mim Megan.

Tento acalma-la enquanto ela parece cada vez mais sem ar. Sento ao seu lado e a embalo em meus braços.

Avanço e selo nossos lábios por alguns segundos, até a respiração de Megan normalizar. Separo nossos lábios e a vejo respirar devagar.

- Eu nunca faria mal a você Megan.

- Você matou ele, porque faz isso Lucius? - Diz em prantos. - Não aguento mais ver pessoas morrerem por minha causa, eu quero ir embora.

- Eu só estou protegendo você.

- Não, você é ruim, machuca as pessoas. Não quero ficar perto de você, eu estou  medo.

Respiro fundo, minha paciência nunca foi a maior de todas.

- Presta atenção, você pertence a mim Megan, minha propriedade. E ninguém toca no que é meu, entendeu?

- Nunca serei sua. Fui clara?

- Vem, vamos pro seu quarto.

A ajudo a levantar e a levo para o seu quarto. Reparo que ela está mais magra, tem aparência pálida. Faço uma nota mental para lembrar de chamar um médico para examina-la.

Ela olha para o nada e parece perdida em seus pensamentos. As crises de Megan me deixavam preocupado com ela, parecem sempre ser uma pior que a outra.

- Em que está pensando? - Quebro o silêncio.

- Na minha vida antes de você me sequestrar.- Suspira. - Sinto falta dela.

- Devia me agradecer, era monótona e chata. - Rio fraco e a vejo me fuzilar com os olhos.

- Eu não via problema nenhum nisso.- Cruza os braços e me peita. - Pretende me deixar ir embora algum dia?

Suspiro. Ultimamente ela vem me fazendo essa pergunta com frequência.

- Você pode voltar quando foder comigo. - Ela arregala os olhos e se afasta.

- Você é um filho da puta desgraçado, eu não vou pra cama com você Lucius.

- Olha a boca. - Pouso meu dedo indicador sobre seus lábios e ela empurra minha mão, fugindo dos meus toques. - Eu quero você Meg, acho que já deixei isso bem claro.

- Como água.

- Ótimo. - Vou até sua cama e levanto a coberta. - Volte a dormir, eu também preciso descansar.

Megan é bem resistente e petulante, a única que consegue me irritar e me fazer admirar esse jeito ao mesmo tempo. Irei dormir o resto da madrugada com a mesma, ela não vai resistir por muito tempo.

Vou convencê-la a ficar na Rússia.

- Nunca consegui ajustar, Susi sempre faz isso para mim. - Diz enquanto deita e me vê ajustando a temperatura do aquecedor.

- Posso ensina-la depois.

Ela apenas concorda com a cabeça e deita, se cobrindo. Ajusto o aquecedor em uma temperatura boa, já que aqui na Rússia está fazendo um maldito frio que já estou acostumado, mas a garota não.

- Preciso de roupas. Não aguento mais usar suas blusas. - Diz enquanto deito ao seu lado. - O que está fazendo Lucius?

- Dormindo.

- Aqui? - Se irrita.

- Porque? Tem medo de não resistir a mim?

Ela ri alto.

- Você não é tudo isso. - Ela gosta de provocar. Já sinto meu pau crescer quando ela chega mais perto, quase encostando o nariz no meu.

- Não? - Sussurro no seu ouvido e ela arrepia, sua respiração muda. - Quero que diga isso quando eu fizer você gozar aqui, nessa cama.

Megan se afasta e seu rosto parece um tomate de tão vermelho.

- Pervertido.

- Aquele banana não dava conta de você, não era? - Seguro seu queixo e ela me encara. - É só você dizer sim.

Distribuo beijos e suaves mordidas pelo seu pescoço, que retribuir com leves gemidos enquanto desço para seus peitos.

Levo minha mão até sua intimidade que está coberta apenas por uma cueca minha, já que ela não tem roupas e anda usando as minhas.

- Molhada como imaginei. - Massageio seu clitóris e ela geme enquanto me beija.

- Lucius, não.- Diz em meio a um gemido.

- É só você dizer sim e eu irei foder essa boceta apertada.

Minha alegria durou pouco, pois ela pulou para longe de mim.

- Não, eu não posso fazer isso.

- Porque não?

- Você me sequestrou.

- Pensei que já tivéssemos pulado essa fase.

- Sai do meu quarto agora.

Reviro os olhos e vou em direção à saída.

- Se caso mudar de ideia, sabe onde fica meu quarto.

RUSSOOnde histórias criam vida. Descubra agora