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MEGAN STILL

O Natal é em uma semana e Susi e eu estamos decorando toda a casa, ambas ansiosas para a data.

- Estou tão feliz! O Barão nunca permitiu qualquer comemoração na mansão. - Ela diz eufórica.

- Como não? - Pergunto intrigada. - Nem mesmo aniversários são comemorados?

Ela dá de ombros.

- Quando Ryan ainda morava na Rússia, ele sempre fazia questão de dar uma grande festa no seu aniversário. Mas Lucius é diferente. Discreto, não gosta de chamar atenção, então nunca comemoramos seu aniversário, é assim desde que chegou aqui quando criança.

- Mas porque? Eu não entendo.

- Acredito que tenha algo a ver com a mãe biológica dele ter se suicidado na véspera do seu aniversário, que coicinde com o Natal, para ele é uma data triste.

- Lucius faz aniversário no Natal? - Indaguei enquanto caçava uma forma de pendurar a estrela no topo da árvore de dois metros que compramos.

Mas, como basta falar no diabo que ele mostra o rabo, o próprio respondeu minha pergunta.

- Sim, eu faço aniversário no Natal. E vocês duas juntas estão me saindo belas fofoqueiras.

- Deixei uma panela no fogo, preciso ir olhar. - Susi praticamente corre da sala.

- Sobrou para mim. - Bufo enquanto ele me encara de braços cruzados. - O que eu posso fazer? Você nunca fala nada, então eu preciso dar meu jeito de descobrir.

- Acontece, que você nunca perguntou.

Sua afirmação só faz com que me sinta uma tonta.

Para disfarçar, volto a encarar a grande árvore a minha frente. Porém, sou surpreendida quando Lucius segura com as duas mãos, minha cintura e me levanta no ar como se eu fosse uma folha de papel, fazendo que eu ficasse na altura do topo.

Encaixo a estrela rapidamente e ele logo me coloca no chão.

- Devia ocupar a sua boquinha comendo, assim irá recuperar o peso perdido mais rápido.

- E se eu quisesse ocupar minha boca com outra coisa?

O provoco. Já faz um mês que saí do hospital, Lucius vem me tratando como se eu fosse uma boneca de porcelana que quebrará se for tocada com força.

Eu estou bem!

Estou fazendo tudo que o médico pediu, tomando todas as vitaminas, dando várias voltas ao redor da mansão para me exercitar.

Até mesmo na cama, ele fica distante com a desculpa de ter medo de me esmagar caso seu sono fique pesado.

- Não brinque com fogo, pode se queimar. - Ele devolve a provocação enquanto traz seu corpo para perto do meu.

- Eu adoraria me queimar.

- Você não sabe o quanto quero te foder Megan, não me provoque. Não sei mais quanto tempo conseguirei aguentar.

- Porque se segurar? Eu não vou quebrar.

- Você está em recuperação, posso acabar pegando pesado, já que estou a oito meses sem sexo, meu bem. - Se explica enquanto acaricia a cicatriz em minha bochecha.

- Tenho certeza que não me machucaria nunca. Por favor, Lucius. Você quer que eu implore, é isso?

Quando meus joelhos quase tocam o chão, seus braços os me erguem e sua respiração já está descompassada.

- Eu estava fazendo um trabalho sujo. Então irei subir, tomar um banho, e quando sair, espero que esteja no nosso quarto com a lingerie mais bonita que tiver.

Um sorriso enorme cresceu em meus lábios quando ele me beijou antes de subir as escadas praticamente correndo. Logo fiz o mesmo, vendo que ele já estava no banho quando entrei no quarto.

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