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LUCIUS WALKER

Acordo com batidas desesperadas na porta, pulo da cama assustado e já com a arma em punho, mas me tranquilizo ao ouvir a voz de Steve, meu segurança. 

- Senhor! É urgente! Invadiram a mansão do seu irmão!

Arregalo os olhos e corro para abrir a porta. Imediatamente corremos para os carros. Ja ha cerca de 80 homens armados esperando algum comando meu graças ao treinamento que recebem antes de entrar para a minha equipe.

Eu só preciso de um deles vivo. - Ordeno e todos obedecem.

O caminho até a casa de Ryan foi mais rápido que o normal, já se dava para ouvir os tiros, o grande portão de entrada caído no chão e vários homens mortos.

Meus homens entram em ação e eu vou logo atrás com a arma em punho a procura de Ryan. Não foi preciso muito para o encontrar.

- Que merda é essa? - Grito enquanto jogo um colete para o mesmo.

- Algum inimigo magoado, talvez? - Responde enquanto veste.

Reviro os olhos respirando fundo.

- Eu não sei, tá bom? - Se defende.

Ryan é exatamente irônico e debochado, o que me faz ter vontade de enfiar uma bala no seu crânio.

Atiramos em alguns homens que tentavam nos alvejar. Tudo ia bem até um rosto específico me vir na cabeça.

Que ela tenha ido embora a tempo, por favor.

- Me diz que ela foi embora. - O encaro e ele nega.

- Não deu tempo Lucius, escondi as duas no cofre, ela está bem.

Eu sempre gostei de confrontos, da adrenalina que corre na veia, a incerteza se será o último ou não, o cheiro do sangue misturado com pólvora.

Mas hoje um novo sentimento me dominou, medo.

Medo por não conseguir mais vê-la.
Medo por não saber como vou encontra-la.
Medo que ela enlouqueça enquanto está trancada.

Megan tem crises de pânico e a essa hora deve estar desesperada sem entender o que está acontecendo.

Mais uma vez me vejo preocupado com a garota que entrou na minha vida a 1 dia. Isso não é bom.

Logo tudo acaba e corro em direção ao quarto de Ryan, com ele no meu encalço. Ele abre o closet e sua parede falsa revelando a grande porta de ferro.

- Ryan?- A voz de Sammy ecoa. - Ele confirma que é a escuto soltar o ar.

- Megan, esta bem? - Indago e logo me tranquilizo ao ouvir sua voz.

- Lucius, eu quero sair daqui. - Sua voz esta aflita.

Ryan abre a porta e Sammy pula em seus braços, entro dentro do cofre e encontro Megan abraçada aos joelhos com lágrimas escorrendo pelo rosto.

Agacho na sua frente e o que se passa a seguir me surpreende.

Ela me abraça com urgência, seus braços estão ao redor do meu pescoço enquanto ela me aperta como seu eu fosse a porra de um salvador. Seu corpo treme e eu a aperto ainda mais contra mim.

- Já acabou, esta tudo bem. - Sussurro em seu ouvido enquanto aliso seu cabelo.

Eu sempre fui o vilão, e gosto disso, mas ver a sua reação, saber que ela se sente segura ao me ver me faz sentir como se eu fosse a porra de um herói.

- Eu quero ir pra minha casa. - Diz em meio a soluços.

- Você irá Meg, você irá.

O caminho até a saída da mansão foi com Megan agarrada a mim, Sammy parecia em choque e só chorava nos braços de Ryan.

Antes que pudéssemos entrar no carro, um dos seguranças vem até mim.

- Barão, o que fazemos com o verme? - Se refere ao homem que mandei deixar vivo.

- Levem para o porão. Ryan decidirá depois.

Em confrontos sempre deixamos um inimigo vivo, para colher informações. Esses caras quando estão cara a cara com a morte confessam qualquer coisa.

Ajudo Megan a entrar no carro e passo o cinto nela. Dispenso o motorista e entro ao seu lado no banco do motorista.

- Porquê te chamam assim? - Ela indaga depois de algum tempo.

- É o que eu sou. Ganhei esse título quando meu pai morreu e assumi seus negócios.

Ela não fala nada e se encolhe no banco abraçada ao joelhos. O caminho foi rápido e silencioso.

- Toma, me liga se achar que algo está estranho. - Entrego um cartão com meu número particular a ela.

- Porque? - Pergunta e eu não entendo. - Porque essa guerra de tiros? Porque me ajudou de ontem até hoje?

Respiro fundo para responder, mas antes disso ela volta a falar.

- De onde você saiu? Moro aqui desde muito nova e nunca ouvi falar sobre você, Ryan já é um cliente antigo do restaurante. Mas você não, nunca o vi.

- Não sou desse país, vim aqui a negócios e já vou retornar dentro de dois dias. - Pauso e a vejo me encarar como se procurasse algo em mim. - Nosso trabalho nos faz ter algumas inimizades, Ryan não soube controlar uma delas e acabou dando nisso.

- Com o que trabalham?

Não irei mentir, não me envergonho da organização, graças a ela eu tenho tudo hoje.

Para as pessoas somos apenas empresários milionários. Mas somos bem mais que isso, temos aliados em todos os lugares, políciais e políticos são uma grande parte.

Todos tem seu preço, eu apenas pago por eles. Assim ninguém prejudica ninguém.

Mas de repente vejo Megan olhar assustada para fora do carro e tentar sair dele em pânico.

- Abre, preciso sair. - Ao olhar na mesma direção vejo o tal namoradinho bufando de raiva ao vê-la.

- Precisa largar esse cara.

- O Tyler não é violento o tempo todo.

- Ele pode ser violento por 5 minutos e matar você. - O silêncio reina no carro até eu destravar as portas. - Liguei para seu emprego, informei que não foram trabalhar por estarem fazendo um jantar para mim. Não irão descontar e nem demitir vocês.

Ela agradece atordoada e sai correndo do carro. De longe pude ver quando ela chegou perto do babaca e apertou seu braço enquanto a sacudia.

Eu tive tanta vontade de ir quebrar a cara desse idiota, mas preciso me controlar, na hora certa ela vai ser minha.

Dou partida e vou direto para minha casa.

RUSSOOnde histórias criam vida. Descubra agora