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LUCIUS WALKER

Entro na mansão com pressa, o sentimento de culpa me corrói por dentro.

Chego no quarto e lá está ela, dormindo agarrada ao pé do piano enquanto seu pulso esta ligado por uma algema ao mesmo.

Me agacho ao seu lado e tiro a algema, ela desperta e se assusta.

- Você encontrou ela? - Pergunta nervosa.

- Vem, você precisa descansar. - Desconverso. Mas quando tento me aproximar mais para ajudá-la, sou impedido pela mesma.

- Me solta. - Puxa seu braço da minha mão. - Vai pro inferno, Lucius. Entendeu? PRO INFERNO SEU IDIOTA! - Grita.

Respiro fundo, imaginei que sua reação seria essa.

- Precisa se acalmar. - Megan nervosa é uma bomba relógio, não a quero ver sofrendo com crises novamente.

- Não chega perto. - Se afasta lentamente de mim. - VOCÊ ME PRENDEU COMO SE EU FOSSE UM BICHO! SEU FILHO DA PUTA!

- Olha a boca. - Reclamo enquanto me aproximo devagar. - Foi para o seu bem,  precisa confiar em mim.

- Confiar em você? - Ri seca. - Eu não confio em quem não confia em mim. E você não confia em ninguém.

Dou de ombros, ela tem razão, só há uma pessoa em que confio totalmente: Eu mesmo.

- Tudo bem, você tem razão em estar chateada. Vou te deixar sozinha. - Quando dou as costas, algo passa perto do meu rosto e se destrói com o impacto com a parede.

Ela tentou me acertar com um vaso.

Filha da puta.

- Megan. - A encaro enquanto a mesma se afasta. - Não abuse da minha paciência, não é uma das minhas virtudes.

- Que se foda. - Seguro seu braço e a trago contra mim.

- Você vai deitar e dormir. - Colo nossos rostos. - Entendeu? - Encosto o cano da minha arma na sua barriga. - Não me faça ter que usar isso.

A vejo engolir seco.

- A única coisa que sinto por você é medo e repulsa Lucius. - Diz quando a solto.

- Ótimo, se isso a manter viva, já basta. - Respondo enquanto caminho para fora.

- Por um segundo.. - Paro. - Achei que fosse diferente.

Megan, você não vai me tirar do sério.

- Mas vi que estou errada, você é mais um babaca que entrou na minha vida.

Ela conseguiu.

Vou em sua direção com raiva.

- Não me compare com aquele babaca . - Grito e a vejo se encolher no canto da parede.

Chego ainda mais perto e a mesma cai sentada, abraça os joelhos e me olha apavorada. Merda.

- Não, por favor, não.- Diz com a voz trêmula enquanto levanta as mãos na tentativa de se proteger de algo.

O que ela acha que vou fazer? Bater nela?

- Megan.- Falo baixo e me ajoelho na sua frente, mas a mesma se encolhe ainda mais. - Achou mesmo que eu ia bater em você? - Pergunto incrédulo.

Ela se limita apenas a balançar a cabeça.

Me xingo internamente, que filho da puta eu sou.

- Não. - Toco em um de seus braços que protegem seu rosto. - Eu jamais machucaria você.- Me aproximo e toco seu rosto banhado por lágrimas. - Nunca, entendeu? Eu nunca faria qualquer coisa que machucasse você, nunca encostaria um dedo em você.

A abraço e ela retribui.

- Odeio lembrar o que ele fez comigo.- Diz agarrada a mim.

- Me desculpe. - Digo.

- Odeio saber que ele ainda tem esse controle sobre mim, odeio saber que permiti alguém fazer isso comigo.

- Não se culpe. Matar aquele filho da puta é uma promessa minha, a você.

Beijo o topo de sua cabeça.

- Dorme, amanhã irei trazer sua amiga de volta.

- Promete? - Pergunta enquanto me encara com os olhos brilhantes.

- Eu prometo. - Digo ao sair do quarto e deixa-la sozinha.

Durmo cerca de 2 horas até ser acordado por batidas insistentes na porta do meu quarto.

- Pensei que estivesse morto. - Meu "querido" irmão diz ao adentrar o quarto.

- Você não deveria estar descansando para tudo correr tudo bem quando formos resgatar Samantha?

- Você dormiria se soubesse que Megan e seu filho que ainda nem nasceu podem morrer a qualquer momento? - Diz irônico. Prefiro o silêncio. - Foi o que pensei.

- Tudo bem, eu só preciso de um gole de whisky. - Digo enquanto descemos para meu escritório. O dia já está nascendo, ótimo.

- Pensei que não bebesse mais. - Indaga.

- Não bebo, mas entre socar sua cara por não me deixar dormir e um copo de bebida, qual você prefere?

- Engraçadinho. Enfim, estou ótimo.

Dou de ombros e começamos a bolar algum plano, já que temos uma localização de onde a garota pode estar possivelmente.

1 hora depois e conseguimos sim pensar em algo.

Pena que não vai rolar.

- Qual é Lucius? Ela é bonita, persuasiva, vai ajudar muito. - Meu irmão insiste com a loucura de levarmos Megan como isca para tirar o paspalho das sombras.

- Sem chances, você colocaria a vida da Sammy em risco por qualquer que fosse o motivo? - Indago e ele nega. - Foi o que eu pensei. Não vou colocá-la em risco, ela não faz parte desse mundo, não a quero mais envolvida do que já está.

- Qual é Lucius? - Debocha. - Ela está transando com o Barão da Rússia, o assassino mais temido do mundo inteiro, acha mesmo que ela já não está suficientemente envolvida?

- Ryan..- Cerro os olhos em sua direção ao o ouvir falar assim dela.

- Tá bom, foi mal. - Levanta as mãos em rendição. - Por favor Lucius, nada vai acontecer com ela, eu prometo.

Respiro fundo, não quero deixar isso acontecer mas sei que quando eu negar, ele vai contar a mesma sobre e adivinhem? Serão dois para encher o meu saco!

- Tudo bem.- Ele comemora. - Mas antes..

- Droga.

- Vou prepará-la, enquanto isso você organiza tudo, hoje pela noite nós temos um rato para matar.

Ele concorda e continua o que já estava fazendo no computador, enquanto eu? bom, como contar para Megan que ela vai ficar cara a cara com um assassino sangue frio, sem que ela surte?

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NOTA AUTORA

Perdão pela demora gente! Meu trabalho sugando todo meu tempo, vou tentar melhorar a frequência durante a semana, mas prometo que pelo menos todas as sextas sai capítulo novo!

Vocês estão gostando? Me contem!

RUSSOOnde histórias criam vida. Descubra agora