Depois de participar de um racha de carros, envolvendo: apostas e drogas nas ruas de Los Angeles. Savannah Boswell se muda para o Japão, a fim de morar com seu pai para evitar a prisão nos Estados Unidos.
Em Tóquio, ela conhece Han Lue, que após um...
❗❗ lembrete rapidinho: palavras em itálico significam que os personagens estão conversando em japonês. ❗❗
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PAPERPLANES
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POINT OF VIEW
Savannah Boswell
Dezembro havia chegado finalmente, bairros e pontos turísticos de Tóquio estavam em clima natalino, pisca-pisca iluminavam as ruas, o tempo um pouco mais frio combinava perfeitamente com aquela época... E os alunos pareciam extremamente preocupados em como o ano estava voando e os "exames infernais" se aproximavam.
A presença estudantil havia diminuído consideravelmente dos rachas e das festas, já que todos pareciam desesperados estudando para os testes de admissão para universidades. Savannah continuava frequentando a garagem e assistia as disputas apenas de longe, enquanto ocupava a cabeça ajudando Reiko e Earl na manutenção dos carros, contudo não conseguia controlar seus olhares para DK, bastava vê-lo para estremecer de raiva, Neela sempre estava ao lado do homem, porém ultimamente ela tinha faltado no colégio e aquilo preocupava a americana.
Entendia que a amiga lhe disse que iria arranjar uma forma de sair daquela situação, mas não possuíam comunicação alguma. O seu medo era de que algo desse errado e ela não pudesse ajudar de forma alguma, já que não saberia onde Neela havia se metido ou o que ela havia feito. De uma forma ou de outra DK iria até ela se algo desse certo, talvez a matasse ou sabe-se lá o que. E era aquilo que deixava Savannah mais apavorada. A incerteza. Com ela não tinha chances de pensar em um plano a, b ou c... não havia escapatória.
A voz autoritária da orientadora vocacional chamou-lhe a atenção. Ela estava parada na porta da sala de aula com uma expressão de paciência, e Savannah desviou o olhar do laptop:
— Senhorita Boswell, pode me acompanhar? — Os alunos a olharam com uma enorme curiosidade, e ela não demorou muito para deslizar para fora da cadeira e acompanhar a mulher com a cabeça baixa.
Elas andaram por alguns corredores do colégio e enfim entraram na sala que pertencia a orientadora vocacional.
O local era agradável, possuía algumas plantas nas extremidades do mesmo, e uma estante recheada de livros. Haviam duas cadeiras posicionadas de frente para a escrivaninha e uma delas era ocupada pela a professora de artes, uma mulher de rosto rígido e marcado por linhas de expressões.
Savannah a cumprimentou baixando a cabeça em sinal de respeito por ali e sentou-se na outra cadeira após um aceno de permissão da orientadora. Sua garganta estava seca ao que seus dedos batucavam timidamente na coxa, não sabia o que lhe levou até ali, porém não poderia ser algo ruim já que as duas mulheres a olhavam com um certo tipo de expectativa.
