Depois de participar de um racha de carros, envolvendo: apostas e drogas nas ruas de Los Angeles. Savannah Boswell se muda para o Japão, a fim de morar com seu pai para evitar a prisão nos Estados Unidos.
Em Tóquio, ela conhece Han Lue, que após um...
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POINT OF VIEW
Savannah Boswell
A voz do outro lado da linha segurava um soluço, fazendo Savannah sentir-se com o coração apertado, conhecendo bem sua mãe ela estaria segurando o choro desde o dia em que se despediram no saguão de embarque no Aeroporto de Los Angeles.
— M-mas seu pai está cuidando bem de você não é, Vannah? — quis saber com um certo tipo de interesse quando mencionou a palavra "pai".
— Ele tá compensando o tempo em que me abandonou. Você tem que ver, mãe, até café da manhã ele faz. É de dar arrepios.
— Respeito, Savannah! — gritou a voz estrondosa de seu pai dá cozinha fazendo sua mãe gargalhar do outro lado da linha.
— Eu queria ser uma mosquinha para ver essa cena. Estava com saudades da sua voz, Vannah! Ainda bem que conseguimos um tempo para conversar. Que horas são aí?
— Seis da manhã — respondeu Savannah abrindo a cortina da pequena veneziana do quarto, permitindo a entrada dos primeiros raios solares daquela manhã.
— Bem... Eu estou comendo um grande pedaço de costela de porco, purê de batatas e para digerir tudo isso um copo enorme de refrigerante, meu almoço está muito agradável e seu café da manhã, Vannah? — a garota não duvidaria daquilo, as vezes quando ajudava sua mãe na loja de materiais para artesanato, ambas almoçavam em um generoso buffet de frente para o comércio.
— Isso é golpe baixo, mãe.
— Não podia deixar essa passar, amorzinho. Enfim... Já fez amigos por aí? — queria poder falar de Han, Twinkie, Neela...
— Alguns colegas... — e um inimigo, pensou — Nada demais.
— Tenho certeza que você vai ter bastante tempo para isso, sempre foi boa para fazer amizades. — o pior era que aquela frase estava cheia de verdades — E o colégio?
— Está tudo bem, mãe. As aulas de artes são bem avançadas, mas estou conseguindo acompanhar.
— É muito cedo para pensarmos em uma faculdade por aí? — Savannah não precisava estar frente a frente com sua mãe para saber que ela estava com um sorriso esperançoso nos lábios. A primeira coisa em que seus pais haviam ensinado-a era que nunca deixasse que alguém tentasse controlar sua vida ou a fizesse corresponder às expectativas dos outros. Quando aos quinze anos perguntaram o que ela queria fazer da vida, respondeu com convicção algo relacionado a sua habilidade de desenhar, sempre foi apoiada por todos da família — já que a patinação artística não tinha dado certo.