━━━━〔 𝘤𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 𝘵𝘸𝘰 〕

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FROM L.A. TO TOKYO

POINT OF VIEW

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POINT OF VIEW

 Savannah Boswell


Tokyo, Japan.

A sensação de estar nas alturas não lhe agradava, confirmou isso quando na escala no Aeroporto de Frankfurt, correu em direção ao banheiro para vomitar pela a quinta vez. Toda a viagem fora exaustiva, ainda mais quando sua mente estava extremamente bagunçada e tentando processar o que havia acontecido.

A primeira coisa que sua mãe fizera foi comprar uma passagem para o próximo vôo para Tóquio, e ajudá-la a fazer as malas... Aquilo era repulsivo, ter que sair do país às pressas, sem poder despedir-se justamente de seus amigos. Sabia que perdera o direito de tais condições quando correu e mentiu para sua mãe, mas aquilo era o cúmulo para Savannah, fingir que Los Angeles, Cabeça e os rachas nunca existiram... Tinha que olhar para frente, conviver com alguém que não fez questão de participar daquela parte de sua vida.

Os pensamentos lhe deixaram quando o taxista parou em frente a uma rua estreita, repleta de casas pequenas, enfileiradas e praticamente grudadas umas as outras; Savy palpitou mentalmente que ali era a parte menos abastada da metrópole.

O homem resmungou algo e balançou a mão exasperadamente, ela enfiou a mão nos bolsos e pagou-lhe a corrida.

— Arigatō— exclamou com calor na voz, e virou-se para contar às cédulas, sequer ajudou-a tirar as malas.

Saltou para fora do carro, apanhou a bagagem e ligeiramente a arrastou para o meio-fio, por fim direcionou um sorriso de agradecimento ao taxista que sumiu com o carro na curva da rua. Quando seu olhar leu pela a décima vez o endereço escrito no papel, teve a certeza de que para sua infelicidade, coincidentemente estava na casa certa.

Savannah ergueu o punho e bateu na porta com força, esperando uma resposta. Sentia-se extremamente cansada e seu estômago doía, talvez devido ao número de vezes que vomitara; só desejava um cama e dois dias de descanso.

A porta de correr foi puxada gentilmente e apresentou um homem corpulento de postura rígida, seu pai, ele possuía uma aparência saudável — ,desde a última vez em que se viram.

—  Savannah... — sua voz saiu surpresa, como se não soubesse que ela estaria ali, o que não era o caso — Pensei que chegaria no dia sete.

Ela amassou o papel, enfiou no bolso da calça e contemplou a expressão sutil em seu rosto:

— Hoje é dia sete. —  respondeu secamente, observando o cair em si e sorrir fraco.

—  Você pode esperar um instante? — ele disparou tão rápido e não deu oportunidade para ela responder, fechou a porta de correr e minutos depois a abriu, dessa vez ajudando uma mulher colocar o casaco gentilmente — Eu ligo para você depois, certo?

A moça resmungou algo e saiu dali jogando um olhar desconfiado para Savannah.

—  Vem, vamos entrar. — pelo menos a ajudou-a carregar as malas, e quando ambos estavam dentro da pequena casa, ele fechou a porta atrás de si.

O local assim como a parte externa, era pequeno e simples; parecia ser minúsculo até para uma só pessoa. Savannah sabia que sofreria neste quesito, detestava imaginar ter que dar dois passos pelo ambiente e trombar com seu pai, rondando-a e fazendo perguntas como um típico militar.

—  Não é muita coisa, mas é o suficiente para nós dois... Ao menos tive a chance de ajeitar já que sua mãe me avisou, quando você estava em Frankfurt. Mas deu para fazer a sua matrícula —  explicou enfiando a mão nos bolsos.

—  É, tive que sair às pressas.

O homem enrijeceu a postura e preparou-se para seu discurso costumeiro, por isso a garota tratou de interrompê-lo de imediato:

—  Onde vou dormir?

Ele fechou a boca e deu alguns passos para uma pequena porta, Savy o acompanhou e observou onde dormiria sabe-se lá quantos meses. Era muito pequeno, um armário!

Olhou para o homem como se fosse uma piada, mas ele não sorriu ou esboçou alguma reação.

—  Aqui você cumprirá regras. Nem pense em sair da linha, Savannah. É sua última chance — alertou-a com sinceridade na voz fazendo-a assentir timidamente — Esse é o seu uniforme, amanhã cedo terá aula. Antes de sair deixarei anotado qual trem terá que pegar para a escola.

Savannah arregalou o olhar como se ele não estivesse falando sério, mal chegara e descansar, pensou esbravejada.

O homem a deixou no "quarto", e Savannah trancou a portinha. Parecia piada, tudo aquilo... Mas quando seu olhar caiu sobre o uniforme que teria que usar, pensara consigo, "Talvez a prisão fosse melhor".



˚·*'' to be continued




Nota da autora

Espero que tenham gostado do capítulo ♥️, foi curtinho devido ser mais uma apresentação do pai da Savy e da chegada dela em Tóquio.

Enfim, até o próximo... Comentem, digam se estão gostando... Vamos interagir!

beijos no coração.


𝗗𝗨𝗦𝗞 𝗧𝗜𝗟𝗟 𝗗𝗔𝗪𝗡 ━━ (Han Lue)Onde histórias criam vida. Descubra agora