15* capítulo ✳✳ Almoço e passeio por Londres *Parte 2*

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- Tu... Tu queres conhecer-me melhor? - perguntei envergonhada e admirada, ao mesmo tempo.

- Sim, Daisy, eu quero. - o Harry admite.

- Mas, porquê? - perguntei confusa. - Eu sou uma simples fã.

- Não sei. Há algo em ti... Eu não sei o porquê... - ele diz, olhando-me nos olhos.

Eu não sabia o que dizer. Eu fiquei sem palavras. Eu... Meu Deus, eu estava contente, mas ao mesmo tempo nervosa.

- Hmm, okay. Talvez eu te diga algumas coisas sobre mim. - disse, e ele sorriu.

- És de onde? - ele começa.

- Sou daqui de Londres.

- E como é que eu nunca te vi aqui antes?- ele pergunta.

- Porque talvez sejas famoso. - disse como se fosse óbvio.

- Certo! Tens razão. - ele ri-se, e eu junto-me a ele. - Conta-me a tua vida.

- Bem... Eu vivia com os meus pais, aqui em Londres, mas eles entretanto faleceram... - fui interrompida.

- Faleceram? Oh, eu lamento. - ele diz, um pouco triste.

- Sim, eu também.

- Que idade tinhas? - ele pergunta, referindo-se à idade que eu tinha, quando os meus pais faleceram.

- Tinha 16 anos. Ia fazer 17, nesse mesmo ano.

- Wow, perdeste os teus pais muito nova! - ele diz espantado.

- Sim.

- E como conseguiste sobreviver? Alguém da tua família acudiu-te? Alguma casa de acolhimento? - o Harry pergunta, curioso.

- Não, ninguém me acudiu. Nem a mim, nem à minha irmã. Ninguém da minha família se importava connosco, e quando souberam que nós fomos viver para a rua, nem quiseram saber mais de nós. Não se preocuparam connosco, e nem para uma casa de acolhimento ligaram. - dise um pouco frustada, ao lembrar-me de tal ato, por parte da minha família.

- Tu já viveste na rua? - ele pergunta admirado.

- Sim, eu conheci a Lou, quando morava na rua. Ela viu-me a cantar uma das vossas músicas.

- E como é que tu sobrevivias com isso?

- Nós 'morávamos' à porta de um prédio, e nesse prédio havia uma senhora idosa muito querida que, de vez em quando, nos levava alguma comida. Ela nunca nos convidou a ir viver para a casa dela, por causa do marido. E se não fosse essa senhora idosa, nós viviamos do dinheiro que ganhávamos a dançar ou a cantar. - respondi-lhe.

- E isso chegava?

- Nem sempre. De vez em quando, só ficávamos com o pequeno-almoço no nosso estômago.

- E depois conheceste a Lou. - ele diz, incentivando-me a continuar.

- Sim, ela foi a nossa salvação. Ainda bem que, naquele momento, estávamos a cantar uma das vossas músicas. - eu ri-me, por causa da ironia do destino, o que não tem piada, mas eu ri-me.

- Tiveste muita sorte em encontrar a Lou. Ela é uma excelente pessoa. - ele diz com um sorriso.

- Sim, ela é. - respondi, desviando os nossos olhares e olhando para a Lux, no escorrega.

- E tu também. - ele admite, quebrando o silêncio que tinha ficado entre nós, e obrigando-me a olhar, outra vez, para ele.

- Eu também, o quê? - perguntei confusa.

Street Dancer {harry styles}Onde histórias criam vida. Descubra agora