Capítulo XIX.

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Notas do autor: A capítulo a seguir contém um semi hot. Não fiquem bravos 🤭
Perdoem os erros, a autora está meio bêbada 😵


Seus olhos vermelhos me encaravam no negrume da noite, pegando cada movimento do meu corpo, com um sorriso de canto, quase imperceptível. Seu corpo faz sombra na janela, encostado na parede com as mãos no bolso, ele me observa. Suspiro com sua elegância aristocrática e a maneira como tira o meu fôlego somente ao me encarar, bebendo do meu suor e da minha respiração ofegante.

Sôfrega, abro mais as minhas pernas, chupando meus dedos antes de fazer um caminho lento até minha intimidade. Ele não desvia o olhar, eu vejo o desejo se alastrar pela maneira que me olha. As veias saltam para fora, e as presas estão ali quando ele separa os lábios, e ergue uma sobrancelha. Cínico, ele fita meu corpo dos pés a cabeça, e se aproxima um único passo. Afundo meus dedos dentro de mim, e um gemido entrecortado graças a falha na minha respiração, escapa pela minha garganta. Um pouco sem jeito, inicio o vai e vem com sons aguçados para seus ouvidos, uma orquestra com instrumentos vindos de dentro de mim, junto aos suspiros, meus gemidos baixos e o som dos meus dedos indo e vindo. Interrompo o movimento, e sem fôlego, subo meus dedos para o ponto inchado e desejoso, movendo o dedo indicador e médio, bem em cima, melando para fácil deslizar.

Escorregadia, sinto o choque prazeroso passar por todo o meu corpo, e arrepiando toda a extensão da minha pele. Com a mão livre, agarrei os lençóis vermelho-vinho, e fechei os olhos, sentindo o calor subir por toda a minha tez. Os movimentos continuam quase como se meus dedos ganhassem vida própria, e por fim me vejo trêmula, e sem forças para pronunciar o meu orgasmo tentador. Movo meu quadril em círculo ao sentir cada vez mais próximo, até por fim... o som de corvos batendo asas anunciar o meu deslize.

Ainda com os dedos em contato com a pele sensível, sinto o colchão se afundar entre minhas pernas. Baixei meus olhos nublados pelo prazer, vejo sua figura sem camisa. As veias em seu braço me deixam arrepiada, assim como sua fisionomia. Músculos ondulam pelas sombras que formam a luz da lua, ele vem devagar em minha direção. Suas mãos frias passam pelas minhas costas, me puxando de encontro a sua boca. Perto dos meus lábios, separo para recebê-lo, e sinto suas presas roçando em minha boca. Porém, ele desvia e faz um trajeto lento até o meu pescoço, e sussurra em minha orelha, enquanto suas mãos deslizam pela minha coxa, e aperta sua intimidade contra a minha.

Você, Sakura, é o meu banquete particular.

Ao fim de sua fala, sinto as asas negras batendo dentro do meu estômago, e o acelerar do meu coração. Estava pronta para puxá-lo para um beijo luxurioso. Entretanto, ao sentir suas mãos me agarrando, de repente já não estava mais na cama, e sim, presa contra a parede e o seu corpo, sentindo a dor intensa da sua mordida em meu pescoço, mista ao prazer.

...

"Em frente, há algo que quero para manter o meu sentido focal. Não há nada a perder, quem sabe desse jogo, irei conseguir livrar-me de sua existência podre e jogá-lo nos confins do inferno. Assim será, e quando este dia chegar, estarei abrindo a carruagem com a passagem só de ida para a completa solidão que me devasta e fere o que um dia foi chamado de coração."

Essas páginas mais prejudicadas machucam a minha vista, estou tentando ler, mas apenas um trecho acaba com minhas retinas. Fechei o diário, vai demorar bastante para conseguir adivinhar de quem ele está falando. Bom, tenho minhas suspeitas de que essas notas pertencem a Sasuke, mas ele não confirmou nada a não ser jogar em minha cara que sou tão ruim quanto ele. O que de fato é mentira, eu ainda me sinto mal pelo que fiz com Ino, obviamente, mas eu não me lembro daquela sensação, não me lembro de quase nada. Me lembro de ficar irritada.

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