Capítulo 38 - Fim de Festa.

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- Não era pra você ter falado nada sobre a Dorothy, Lucy! - Eu a repreendi.

- Tá, eu fiz merda! Mas achei que ele já tinha contado. - Ela assumiu.

- Mas ele não contou! - Eu disse firme. - Se eles "terminarem" por causa disso eu juro que te mato! - Eu disse: terminarem, fazendo aspas com as mãos, pois não haviam começado nada de fato. Dei um tapinha no braço dela quando terminei de falar.

- Ai! - Lucy resmungou alisando onde eu tinha "batido".

  Philip havia tido um relacionamento muito curto com essa tal de Dorothy. Ela foi a algumas apresentações da banda mas, creio nunca ter visto os dois se beijando e coisas do tipo.
 
  A festa começou a ficar cada vez mais animada. O DJ David Luiz, como o pessoal começou a chama-lo, pôs músicas eletrônicas pra tocar.

  William cuidava do bar e pra minha surpresa sabia fazia diversos drinks, com certeza ele havia feito algum curso de barman.

- Vem cá, tem uma pessoa que quero te apresentar. - Eu disse puxando Lucy pelo braço.

- Esse é o ... - Eu comecei a dizer.

- Lucas Piazon. - Lucy me interrompeu animada e com um sorriso simpático no rosto.

-Lucas essa é a...

- Lucy, não é!? - Lucas completou.

- Isso! - Eu ri. - Preciso que fique de olho nela. - Eu pedi.

- Isso não vai ser difícil! - Piazon respondeu com um sorriso malicioso no rosto.

- Preciso ir, fiquem à vontade! - Eu me despedi ao ouvir David me chamar.

  David estava dançando todo serelepe na pista de dança improvisada no centro da sala e me chamou para que o acompanhasse. Quando cheguei perto, David me puxou pela cintura e começou a me conduzir em uma coreografia sensual que mantinha nossos corpos bem próximos. David sussurrava frases prontas em meu ouvido me fazendo arrepiar, ele segurava firme minha cintura e a cariciava vigorosamente minhas costas.
  Enquanto dançava com meu namorado pude perceber o quão "alegre" Philip estava, se é que você me entende, era evidente que ele estava sob efeito de álcool o que deixava Manu extremamente insatisfeita.

  Depois do quarto ou quinto copo de caipirinha o corpo de Philip não respondia seus comandos, ele sentou no sofá e ficou quieto com cabeça baixa.

- Quando senta e fica quieto é perigoso! - David brincou na inocência fazendo todos rirem.

- Eu acho que ele realmente não está bem, Amor. - Eu disse pra David o deixando visivelmente preocupado.

Ao notar meu olhar aflito Manu logo se juntou a nós.

- Ele não está bem né? - Manu perguntou manhosa parecendo temer minha resposta.

- Pelo visto não e se estou certa a próxima etapa é por toda a bebida pra fora. - Eu expliquei.

- Então é melhor leva-lo embora antes que isso aconteça.

- É melhor Manu! - David concordou.

Manuela se aproximou de Phlip e com a ajuda de Alice o levantou do sofá.

- What are you doing? - Philip disse atropelando e enrolando as palavras ao mesmo tempo. Com certeza não sabia onde estava e muito menos com quem.

- Estou te levando pra casa. - Manu disse com tom autoritário.

  David e Lucy decidiram ajudar Manuela enquanto Alice descia na frente para abrir e ligar o carro.
Quando Lucy se aproximou Manu quase que instantaneamente estampou uma expressão de incomodo em seu rosto, mas minha amiga estava totalmente disposta a oferecer toda sua experiência com mal-estar pós bebida em prol de nosso amigo Phil.

  Antes mesmo que David voltasse notei que os convidados já estavam se preparando para irem embora, as crianças dormiam nos colos de suas respectivas mães e nada mais justo do que um digno descanso não só a elas, mas para todos nós, afinal a noite tinha sido agitada.
  
  Quando David voltou todos se despediram dele e agradeceram pela noite maravilhosa.

  Enquanto o pessoal saía Lucy entrava cabisbaixa.

- O que houve amiga? - Eu disse confusa me jogando no sofá quando ela se aproximou.

- Sua irmã não me deixou ajuda-la com Philip. - Lucy disse chateada.

- Como assim? Ela não vai dar conta de um bêbado do tamanho dele sozinha. - Eu disse alarmada. - Ele vai precisar de um banho, um bom café forte e engov quando acordar isso sem contar os vômitos! Ela não vai conseguir fazer tudo isso sozinha.

- Tive uma ideia. - David disse tomando toda atenção pra si. - Eu empresto umas roupas minhas e você leva pra casa da Ju oferecendo ajuda. Assim ela não vai poder recusar.

- Você um gênio grandão! - Lucy disse dando um soquinho no braço dele.

- Vou ao meu quarto pegar. - Ele disse orgulhoso com o elogio enquanto levantava.

- Como foi com Lucas? - Eu perguntei quando David se retirou.

- Foi ótimo! Ele é muito simpático. - Lucy fez uma pausa e mudou completamente de expressão, de feliz para cabisbaixa novamente. - Mas, não consigo esquecer o Jason.

  Jason também era membro da banda e há muito tempo tem um relacionamento complicado e conturbado com Lucy. Até hoje eles nunca oficializam nada. No inicio Lucy alegava ser só curtição, porém hoje se mostra completamente apaixonada e interessada em um relacionamento sério. Contudo Jason sempre a enrola e eu já não sei mais que conselho dar para minha amiga.

- Já cansei de dizer o que penso sobre isso. - Eu disse levantando as mãos em sinal de rendição.

- É eu sei! - Lucy concordou.

- Acho que isso deve dar nele. - David disse descendo as escadas com algumas peças de roupa nas mãos.

- Beleza! - Lucy disse quando David entregou as roupas para ela. - Acho que é hora de ir, vocês devem estar cansados.

- E como estamos! - Eu disse levantando para levar Lucy até a porta e David concordou com a cabeça.

- Tchau gente! - Lucy disse dando dois beijos em minha bochecha e depois em David.

  Minha amiga atravessou a porta e eu torci para que Manuela desse o braço a torcer e deixasse Lucy ajuda-la.

- Agora você é toda minha! - David disse vindo em minha direção e me dando um longo e forte abraço.

- Só sua! - Eu ri quando David tirou meus pés do chão.

  Apesar de toda preocupação que sentia naquele momento era bom ver o quanto David fazia bem a mim. Definitivamente eu nunca havia sentido nada assim por ninguém.
 
Nesse momento eu admirava aqueles olhos quase verdes com tantas coisas em mente pra dizer, porém ao mesmo tempo me faltavam palavras para expressar.

- Eu te amo! - David sussurrou parecendo ler meus pensamentos ao deitar sob mim no sofá fazendo meu corpo estremecer por completo.

- Eu também te amo! - Foi tudo que consegui dizer.

  David fechou os olhos e juntou nossos lábios em um beijo lento e cheio de significado e sentimento. Nossos corpos se encaixavam perfeitamente e devido a proximidade que estávamos pude sentir o coração dele bater forte e acelerado.

- Nossa! Se acalme! - Eu disse levando uma de minhas mãos ao peitoral dele.

- É impossível com você por perto! - David sussurrou com a voz grave.

  David me beijou novamente, aumentando a intensidade do beijo fazendo com que nossos corações batessem exatamente no mesmo compasso.
  Arrepiei e respirei fundo quando os lábios de David tocaram meu pescoço e uma de suas mãos na minha nuca. Logo ele começou a alternar entre beijos e mordidas em meu pescoço e ombro enquanto eu me contorcia em uma mistura de cócegas e prazer.

Bom demais pra ser verdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora