Capítulo 13 - Esqueceram de mim!

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Tinha tido um sono muito pesado e quando acordei parecia que tinha dormido por horas, mas só havia passado uns 40 minutos. 

Olhei para David e ele continuava com a expressão serena enquanto dormia. Então decidi sair para um tomar um café na lanchonete que havia no pátio do hospital. 

Já eram 4 da manhã e precisava me manter acordada caso David acordasse.

Percorri uns longos corredores do hospital até encontrar o elevador, apertei o andar para onde estava indo e esperei. Saí pela porta dos fundos e me dirigi ao pátio. Existia uma pequena lanchonete no meio do pátio. Onde uma senhorinha simpática me atendeu:

- Bom dia! - Ela disse sorridente.

- Bom dia! Me vê um café bem forte por favor. - Eu tentei esquecer os problemas para retribuir o sorriso da doce velhinha.

A senhora pegou a garrafa de café e despejou o conteúdo em um copo que estava sob o balcão a minha frente.

Agradeci com um sorriso e um aceno com a cabeça e dei uma golada em meu café. Ele percorreu o interior do meu corpo o aquecendo. Eu precisava daquilo para me revigorar.

Resolvi ligar para Lucy e contar o que tinha acontecido comigo e David na volta do restaurante. Sei que ela provavelmente deve estar dormindo, mas eu precisava que alguém soubesse e avisasse aos meus pais afinal eu precisaria muito deles agora.

"Atende Lucy!" Eu pedia mentalmente depois de alguns toques.

- Alô! - Lucy disse ofegante.

- Oi amiga! Estava dormindo?

- Não... eu estava... hum... deixa pra lá! - Ela riu.

- Ah desculpa Lucy! - Eu disse envergonhada em meio a risadas.

- O que houve? São 4 da manhã mulher!

- Eu e David sofremos um acidente de carro na volta do restaurante, mas não se preocupe nós estamos bem. Só quebrei o braço.

- Ah meu Deus! E onde você está agora? - Ela disse preocupada.

- Estou no Hospital Santa Clara. David ainda está desacordado, mas segundo os médicos tá tudo bem.

- Eu vou ao seu encontro. - Ela disse surtando.

- Não precisa! Fique onde está que será mais útil. - Eu disse séria. - Preciso que ligue para os meus pais, pois estou sem créditos suficientes para ligações internacionais, avise o que houve, mas sem preocupa-los. Diga que assim que puder ligarei para eles.

- Ok! - Ela assentiu. - Vou fazer isso agora mesmo.

- Obrigada! Vou desligar amiga, vou ver como David está. - Eu desliguei tomando o ultimo gole do meu café.

Voltei para o leito onde David estava e sua expressão serena havia sido substituída por aparente desconforto. Ele estava com a testa franzida e parecia estar acordando.

Eu me aproximei da cama para observa-lo acordar. David soltou uns gemidos enquanto relutava abrir os olhos.

- Olá bela adormecida! - eu brinquei.

- O que houve? Meu pé e tornozelo estão doendo muito.

- Você os quebrou no acidente que sofremos mais cedo, não se lembra?

- Não! Quem é você? - David disse muito confuso com o cenho franzido.

Eu gelei completamente, não conseguia mover um musculo sequer. Uma onda de lágrimas invadiu meus olhos.

- Você não lembra mesmo de mim? - eu disse com a voz tremula.

- Não! - Ele disse esfregando os olhos.

No mesmo instante, virei às costas e saí correndo pelos corredores procurando um médico ou enfermeiro, o primeiro que aparecesse para me ajudar.

Quase no fim do corredor topei com a enfermeira que havia me atendido mais cedo e a levei o mais depressa possível para o quarto de David.

Bom demais pra ser verdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora