Tinha tido um sono muito pesado e quando acordei parecia que tinha dormido por horas, mas só havia passado uns 40 minutos.
Olhei para David e ele continuava com a expressão serena enquanto dormia. Então decidi sair para um tomar um café na lanchonete que havia no pátio do hospital.
Já eram 4 da manhã e precisava me manter acordada caso David acordasse.
Percorri uns longos corredores do hospital até encontrar o elevador, apertei o andar para onde estava indo e esperei. Saí pela porta dos fundos e me dirigi ao pátio. Existia uma pequena lanchonete no meio do pátio. Onde uma senhorinha simpática me atendeu:
- Bom dia! - Ela disse sorridente.
- Bom dia! Me vê um café bem forte por favor. - Eu tentei esquecer os problemas para retribuir o sorriso da doce velhinha.
A senhora pegou a garrafa de café e despejou o conteúdo em um copo que estava sob o balcão a minha frente.
Agradeci com um sorriso e um aceno com a cabeça e dei uma golada em meu café. Ele percorreu o interior do meu corpo o aquecendo. Eu precisava daquilo para me revigorar.
Resolvi ligar para Lucy e contar o que tinha acontecido comigo e David na volta do restaurante. Sei que ela provavelmente deve estar dormindo, mas eu precisava que alguém soubesse e avisasse aos meus pais afinal eu precisaria muito deles agora.
"Atende Lucy!" Eu pedia mentalmente depois de alguns toques.
- Alô! - Lucy disse ofegante.
- Oi amiga! Estava dormindo?
- Não... eu estava... hum... deixa pra lá! - Ela riu.
- Ah desculpa Lucy! - Eu disse envergonhada em meio a risadas.
- O que houve? São 4 da manhã mulher!
- Eu e David sofremos um acidente de carro na volta do restaurante, mas não se preocupe nós estamos bem. Só quebrei o braço.
- Ah meu Deus! E onde você está agora? - Ela disse preocupada.
- Estou no Hospital Santa Clara. David ainda está desacordado, mas segundo os médicos tá tudo bem.
- Eu vou ao seu encontro. - Ela disse surtando.
- Não precisa! Fique onde está que será mais útil. - Eu disse séria. - Preciso que ligue para os meus pais, pois estou sem créditos suficientes para ligações internacionais, avise o que houve, mas sem preocupa-los. Diga que assim que puder ligarei para eles.
- Ok! - Ela assentiu. - Vou fazer isso agora mesmo.
- Obrigada! Vou desligar amiga, vou ver como David está. - Eu desliguei tomando o ultimo gole do meu café.
Voltei para o leito onde David estava e sua expressão serena havia sido substituída por aparente desconforto. Ele estava com a testa franzida e parecia estar acordando.
Eu me aproximei da cama para observa-lo acordar. David soltou uns gemidos enquanto relutava abrir os olhos.
- Olá bela adormecida! - eu brinquei.
- O que houve? Meu pé e tornozelo estão doendo muito.
- Você os quebrou no acidente que sofremos mais cedo, não se lembra?
- Não! Quem é você? - David disse muito confuso com o cenho franzido.
Eu gelei completamente, não conseguia mover um musculo sequer. Uma onda de lágrimas invadiu meus olhos.
- Você não lembra mesmo de mim? - eu disse com a voz tremula.
- Não! - Ele disse esfregando os olhos.
No mesmo instante, virei às costas e saí correndo pelos corredores procurando um médico ou enfermeiro, o primeiro que aparecesse para me ajudar.
Quase no fim do corredor topei com a enfermeira que havia me atendido mais cedo e a levei o mais depressa possível para o quarto de David.
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Bom demais pra ser verdade
FanficJulieta é uma jovem brasileira de 25 anos que vive em Londres a quase 10 anos ganhando a vida como saxofonista em uma banda formada pelos seus amigos da faculdade. Em uma de suas vindas ao Brasil na época da copa ela conhece David Luiz, um dos mai...