Capítulo 7 - Por que Lucy, por quê?

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Eu e David rimos bastante quando o tal Edward saiu todo feliz com seu autógrafo.

Mas logo as risadas se transformaram em olhares fixos e sérios. Ele veio em minha direção inclinando novamente o pescoço, como em um replay, e logo envolveu minha cintura com os braços quentes e macios.

Meu coração batia rápido e forte parecendo que ia sair pela boca e havia mil borboletas voando de um lado pro outro em meu estomago.

- Onde a gente estava mesmo? - Ele disse sorrindo de canto com o rosto já bem perto do meu.

Em uma atitude instantânea fechei os olhos e me deixei levar pelo som dos anjos que cantavam em minha mente.

Infelizmente tive que despertar ao ouvir berros de Lucy, aquela p... da minha amiga! 

- Amiiiiiiiga! Eu estava com saudades! - Lucy disse com a língua enrolada enquanto saía cambaleante pela porta do bar. E pude constatar no mesmo instante que ela estava completamente bêbada, bêbada é pouco, "trêbada".

David arregalou os olhos e me solto num impulso. E eu corri pra segurar minha amiga antes que ela caísse.

- Atrapalhei algo? - Ela falou com a voz um tanto alterada entre gargalhadas.

- Nãããão, imagina! - Eu disse sarcasticamente.

- Desculpa amiga! Eu te amo sabia!? - Ela disse depois de me dar um beijo babado.

Eu dei de ombros revirando os olhos quando vi que David ria de toda a situação.

- Por que você tinha que beber logo hoje Lucy? - Eu disse levando a mão que tinha livre no rosto.

David veio até nós e me ajudou à segura-la.

- Acho melhor leva-la pra casa. Teremos outros dias para continuarmos do ponto exato em que paramos. - Ele sorriu.

- É verdade. Só preciso de ajuda pra por ela no carro. – Eu disse tentando ignorar a parte em que falava dos outros dias.

- Tudo bem! - Ele concordou com a cabeça.

Fomos em direção ao estacionamento onde tinha deixado meu carro. Peguei as chaves com o manobrista e destranquei as portas. 

- Amiga, entra ai, vamos pra casa.

- Não! Eu não quero ir pra casa. Quero o Jason, onde aquele gostoso está?  - Ela disse tentando ficar de pé sozinha.

- Amiga você não tá bem. A gente vê o Jason outro dia. Ok?

Ela concordou e David me ajudou coloca-la no banco de trás.

- Você consegue dar conta? - Ele riu ao olhar pra Lucy.

- Consigo! Já estou acostumada. - Eu ri balançando a cabeça negativamente.

- Tudo bem então. É agora que a gente se despede?

David se aproximou de mim pela terceira vez e eu agia como se fosse a primeira. 

Senti alguém me empurrar em direção a ele, concluí que era Lucy já que estávamos perto do carro, tropecei e caí com as mãos em seu peitoral.

- Parece que ela está tentando se redimir. - Eu ri envergonhada.

Ele segurou minha cintura com firmeza e sorriu ao ver minha expressão tímida.

- Tá tudo bem. Já disse que sou um cara normal. - Ele disse sorrindo sedutoramente.

David Luiz pôs uma das mãos em minha nuca acariciando levemente e pressionou o corpo dele contra o meu. Ele passou o nariz no meu e pude sentir sua respiração cada vez mais perto e ofegante. Eu fechei os olhos tentando ignorar a mistura de sentimentos quando senti os lábios dele tocando nos meus. O beijo dele era suave e ousado ao mesmo tempo, eu mordiscava o lábio inferior dele enquanto sorriamos entre o beijo. Pus minhas mãos em suas costas e acariciei levemente.

Tudo estava bom demais para ser verdade... e no mesmo minuto que este pensamento surgiu, fomos interrompidos pela terceira vez, e agora com um susto.

Era Lucy, claro, dando um "baita" de um arroto.

- Ops! Desculpa! – Ela cobriu a boca com uma das mãos e riu, logo eu e David a acompanhamos.

Bom demais pra ser verdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora