O melhor que o dinheiro pode pagar

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Lizzie Thompson

Meu nome é Lizzie Thompson, eu tenho 15 anos e moro em Hawkins desde sempre.

Desde que eu me lembro, eu consigo fazer coisas, eu não sei explicar, eu só faço, como mover coisas com a mente. Curiosamente eu nunca contei isso pros meus pais.

Minha relação com os meus pais era muito boa, mas desde quando a mamãe morreu não é a mesma coisa, agora meu pai nunca está em casa, a única coisa que ele faz é me dar coisas e mais coisas, e eu já cansei disso.

Eu moro em uma casa bem grande, e eu acho que por isso cada dia me sinto mais sozinha. A única pessoa que fica comigo na minha casa é a Jenny, a cozinheira, mas eu não considero ela só isso, ela já é da nossa família, pelo menos era.

Eu nunca contei pra ninguém sobre meus "poderes" e eu não sei porque, eu também quase nunca uso eles, só quando quero ver se eles ainda estão lá, e eles sempre estão.

No Natal meu pai falou que não poderia ficar em casa e tinha que ir para uma viagem de negócios, isso é ridículo, no natal?? Pra "compensar" ele comprou uma versão limitada e muito rara de um video game pra mim, é claro, o melhor que o dinheiro pode pagar.

Desde quando a mamãe se foi eu não fui mais na escola, eu sempre fico em casa estudando com uma professora particular, e é um saco, eu só queria voltar pra escola logo.

Na véspera do Natal, umas 4h da manhã ouvi um barulho de carro fora de casa, olhei pela varanda esperando que fosse meu pai, mas não era. Eram algumas vans brancas de uma empresa de eletricidade? Fiquei bem curiosa, não sabia que tinha um conserto aqui, ainda mais às 4 da manhã.

Desci as escadas da minha casa, mas Jenny já estava abrindo a porta da frente, e aconteceu a cena mais traumatizante da minha vida, bem ali na minha frente: A Jenny nem tinha falado nada e uma mulher com um grande casaco deu um tiro na cabeça dela. Ela caiu no chão e eu comecei a chorar e subi as escadas pra me esconder o mais rápido que pude.

Provavelmente as pessoas atrás da porta viram um movimento estranho na escada e começaram a subir , mas nessa altura eu já estava em meu quarto, pensando no que eu poderia fazer.

A única saída era pular da varanda, mas era muito alta. Pensei por uns 2 segundos, o que era muito tempo para a perseguição que tava acontecendo comigo, e decidi pular, é melhor quebrar uma perna do que morrer pra criminosos.

Pulei a varanda e cai de pé, minha perna sentiu o impacto e estava doendo muito, mas continuei a correr em direção ao jardim, pois alí atrás tinha um atalho pro outro lado da cidade. Fiquei escondida no mato por muito tempo, mas as vans continuaram ali, então fui mais pra dentro do mato em direção ao atalho, eu nem pensei que ali poderia ter um bicho que poderia me matar, a essa altura a minha única preocupação era sair dali logo.

Passei a madrugada dentro do mato escondida, mas eles não saíram de perto da minha casa, o que me deu vantagem pra ouvir algumas conversas deles.

-Eu consegui interceptar o rádio dos russos, e escuta isso-Um homem disse, pegando um aparelho de som no bolso.

-Amerikanets ubezhal, povtoryayu, amerikanets ubezhal-Foi o que saiu do aparelho, e pra minha sorte, dentre de todas as aulas inúteis que eu fazia, uma serviu pra alguma coisa: a de russo.
Pelo que eu entendi o rádio falou:"O americano fugiu, repito, o americano fugiu" mas pode ser que eu estava errada. Mas eu não tava.

-Significa "o americano fugiu" ou algo assim-O homem disse.

-Porque eles não usaram códigos como sempre?-O outro homem perguntou.

-Eu não sei, desespero talvez, mas sabe, eu acho que o americano é o delegado, roupas dele foram encontradas no local daquela máquina, e foi considerado morto-O homem continuou dizendo- E se as roupas estão intactas, ele também está.

-E onde você acha que ele está?-O outro homem disse

-Eu não faço a mínima ideia, por isso estamos aqui, como a outra garotinha desapareceu, vamos usar o poder dessa-Ele falou com um sorriso esperto no rosto.

Espera! Como eles sabiam que eu tenho poderes? Eu nunca falei pra ninguém, nem pros meus pais.
Fiquei muito tempo tentando pensar como eles sabiam, mas não consegui achar nenhuma resposta concreta.

    Algumas horas depois de amanhecer resolvi que ia andar, mesmo com a minha perna doendo. Andei por horas, começou a nevar e eu comecei a sentir muito frio pois estava com roupas de dormir. Andei, andei, andei, com frio, fome e dor na minha perna.

Depois de sair do atalho achei uma casa adorável e toquei a campainha, quem atendeu foi um garoto com olhos verdes e cabelos lisos e castanhos, e antes dele poder falar algo, eu falei.

-Por favor me ajuda, por favor- falei isso com muita dificuldade e acho que pelo frio ou pela dor, eu simplesmente apaguei.

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Não sei o porquê mas eu lembrei muito do Adrien Agreste escrevendo isso??? Me julguem KKKKKKK
Enfim é isso, não sei se gostei muito mas ok.
Até o próximo capítulo <3

Too close to the stars-BylerOnde histórias criam vida. Descubra agora