16. Um grande apoio

131 17 2
                                    

...

10 anos atrás

Pedro tinha seus 22 anos

...

...

Voltando para casa, seus pais ficaram curiosos em saber o motivo de ele demorar a voltar. O que ele estava fazendo na casa de Danuki por dias seguidos? Eles já tinham muito experiência e muitos anos de vida também, então eles sabiam perfeitamente o que Pedro estava fazendo na casa do tanuki. Não precisavam que a hiena falasse, contudo, a preocupação que tinham era se ele teria se sentido confortável lá, se não foi nada contra sua vontade, essas coisas.

— Não, pai — falou a hiena para o pai lobo-guará. — Ele falou que não ia fazer nada que eu não estivesse a fim de fazer.

— O Danuki é de boa — os dois pais concordavam. Conheciam-no fazia um tempo. — Ele só é... um pouquinho mais velho que você — falou seu pai lobo-guará.

— E qual o problema? — questionou Bernardo para Abner. — Nós temos doze anos de diferença — apontou. — Você nunca questionou isso e também saiu com um cara mais velho que eu. Ele tinha o quê? Cinquenta anos.

Abner arregalou os olhos de surpresa e um pouco de vergonha, fingiu que não era com ele que as palavras eram direcionadas — fingindo demência por um momento, mas falhou nisso. Pegou sua xícara de café e bebeu fazendo uma cara engraçada. Pedro estava surpreso em ouvir aquilo.

— Pai — chamou Pedro, dirigindo-se a Abner. — Você tinha quantos anos quando namorou um cara de cinquenta anos?

— Acho que nós podemos sair no final de semana, o que acham? — desviou Abner.

Bernardo começou a rir e segurou a barriga quando começou a doer.

— Pai — chamou Pedro. — É verdade?

— Onde é que o Danuki mora mesmo? A gente pode te levar lá depois amanhã. O que acha?

— Pai — Pedro estava rindo da enrolação que seu pai lobo-guará estava fazendo nele. O pai urso dava risada deliciosamente da situação. — Como assim você já ficou com um homem de cinquenta anos? Nem você tem cinquenta anos.

— Bem... — começou Abner, mas parou. Levantou-se e foi até o quarto onde ele e seu amado dormiam. Retornou com um frasco novo de lubrificante. — Acho que vocês dois vão precisar disso.

— Pai — repreendeu a hiena listrada com as bochechas avermelhadas e rígidas de timidez. — Que é isso?

— Você sabe muito bem o que é isso — mas Pedro não estava se referindo ao objeto, mas sim à situação. — Você aperta e o líquido sai. Tem que colocar na mão e depois no...

— Pai — repreendeu Pedro de novo. — Eu sei.

No decorrer da semana, Bernardo e Abner gostaram de ter ficado sozinhos por alguns dias, pois podiam fazer suas brincadeiras sexuais pela casa. Ansiosos para ter esse tempo de novo, levaram-no até o apartamento do tanuki.

— Estão tentando se livrar de mim? — questionou Pedro.

— É claro que estamos — brincou seu pai urso. — Mas voltarem para te buscar na segunda de manhã, está bem?

Eles haviam ligado para Danuki sem que Pedro soubesse e pediram para que ele ficasse uns dias com o jovem. O tanuki concordou com muita alegria. Pedro ficou envergonhado em saber disso depois, pois sentia sua vida ser invadida pelos seus pais. Era constrangedor. Contudo, quando ficou a sós com o tanuki no apartamento dele, isso pareceu irrelevante — até agradeceu-os em sua mente por terem feito isso. Não se sentia tão corajoso para fazer isso por si mesmo.

O que fazer com essa tal LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora