18. A praça

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Dias atuais

Pedro está com seus 32 anos

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Pedro sentou-se em um dos bancos da praça Ari Coelho, lembrando-se do dia em que o seu amor falou com ele. Naquela época ele estava com outro amor que fazia o seu coração pulsar e a memória fez o seu coração pesar. Uma lágrima caiu de seu rosto com a memória. Ainda doía em seu peito. Ainda estava fresco em sua memória. Mas Jojo fora seu salvador naquele momento difícil.

Admirou o cenário que era a praça Ari Coelho com o seu chamariz lançando água para o alto na tentativa de despistar os maus pensamentos. Só que aquilo não poderia se manter para sempre e ele sabia muito bem disso. Disfarçar a dor não a extinguiria. Tinha que lidar com ela, mas era muito difícil. Até mesmo a situação que teve com Diogo era mais fácil de lidar.

Não aguentou muito tempo e foi para outro lugar. As Lojas Brasileiras, que hoje tinha apenas o nome de Brasileiras, ficava ali perto e ele se distraiu olhando os produtos nas prateleiras e, na seção de bobeiras, encontrou uma caixa de bombons que comprou para levar para Jojo. Eles adoravam aquelas bobeiras. Comprou duas caixas e voltou para casa em sua caminhonete.

Jojo estava esperando em casa, bebendo água. O que havia acontecido com o chá? Talvez tivesse se cansado um pouco. Não demoraria até que ele aquecesse a água para ferver a erva de chá. Descobriu a razão ao adentrar em casa: o gás acabou. O panda vermelho ligou para uma revendedora de botijões e encomendou um que chegaria daqui a pouco.

— Vai ser difícil ficar pelado se o entregador entrar — brincou Pedro.

— Eu tampo os olhos dele pra não ver você — brincou Jojo de volta. — Ah, ele chegou — falou assim que ouviu-se a buzina da moto do entregador.

O jovem rapaz musculoso entrou e saiu da casa rapidamente. Durou apenas o tempo de deixar o botijão novo, receber o pagamento e levar o botijão velho embora. Jojo perguntava-se porque todos os jovens eram parecidos.

— O estilo de vida deles. A convivência com os pais e parentes conservadores. A filosofia do trabalho duro acima de tudo — falou Pedro. — Eles pensam praticamente as mesmas coisas: comer a menina bonitinha ou o garanhão da escola. Estourar a coluna de tanto trabalhar pra ganhar uma migalha de dinheiro.

— É triste isso — falou Jojo enquanto instalava o novo botijão de gás no fogão. — Não entendo porque esses jovens querem desistir assim da vida. Mas enfim...

Com o botijão arrumado, Jojo aqueceu a água de seu chá e ganhou um presente de sua hiena listrada, o que fez com que abrisse um largo sorriso no rosto. Abraçou a hiena listrada de modo bem carinhoso e apertado. Abriu a caixa de bombons e começou a come-los bem devagar. Os chocolates com seus vários formatos e sabores derretendo na boca. Saborosos, gordurosos e que faziam sua barriga aumentar de tamanho. Estava em dúvida se aumentou para os lados ou se diminuiu. Mas Pedro adorava que ele se mantivesse assim: gordinho. Ele próprio também gostava.

Pedro pegou a cauda do panda vermelho e a acariciou. Era grande, anelada em tons claros e escuros, macia e fofa. A excitação fez o seu membro enrijecer imaginando as mãos da hiena listrada passando por ele, movendo-se para cima e para baixo.

— Você pode brincar em outro lugar do meu corpo se quiser — comentou Jojo.

A hiena listrada acariciou todo o corpo do panda vermelho, apoiando-se nas costas dele. Sentindo as costas dele em seu peito e em sua barriga enquanto deslizava suas mãos pela barriga carinhosamente e foi descendo até chegar à virilha. Desceu mais, passando a mão por debaixo da calça, entrando na cueca e encontrando o membro rígido do panda vermelho.

O que fazer com essa tal LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora