21. Nova casa, nova vida

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6 anos atrás

Pedro estava com seus 26 anos

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Os pais de Pedro perguntaram se ele não adoraria passar mais uma noite ali, afinal, Perushi dissera que o primo ficaria fora por um tempo e o casal recém-formado iria querer aproveitar esse tempo. A hiena listrada concordou, mas não trouxera roupas para ficar mais de um dia na casa.

O pai panda vermelho correra para seu guarda-roupa a fim de encontrar roupas que servissem na hiena listrada. Muitas serviram, afinal, todas passavam pela cabeça dela, contudo, todas ficariam folgadas, já que os dois machos da casa eram gorduchos. A mãe panda vermelha tinha uma barriga saliente também, mas não tanto quanto a dos machos da casa.

Pedro tivera uma ideia. Ligou novamente para Perushi, mas este não atendeu.

— Ele está... — o pai de Jojo fez um sinal com as mãos indicando atos sexuais. Talvez estivesse certo, já que o tanuki estava com uma fêmea em casa. — Comigo e com sua mãe foi a mesma coisa — falou o pai para o filho agora.

— Pai! — censurou Jojo, envergonhado.

— É verdade, filho — confirmou a mãe. — Seu pai deixava o celular desligado. Eu também. E sempre tinha alguém batendo no portão, mas a gente fingia que nem estava em casa para espantar a demanda que batia no porta.

— Mãe! — censurou Jojo de novo.

Pedro sentiu a vergonha que Jojo sentia, mas também se divertia com aquilo e não conseguiu segurar o riso.

— Foi na casa dos seus pais ou foi no dos meus que a gente fez o nosso filho? — perguntou o pai para a mãe, deixando ainda mais constrangedor.

— Foi na casa dos meus pais — falou a mãe. — Foi no dia que a gente parou de usar camisinha — Pedro fazia força para segurar o riso, mas era evidente que não estava dando certo. Os pais do panda vermelho perceberam isso e continuaram. — A gente pensou em casar, ter uma casa e ter filhos quando estivesse tudo certo. Só que a ordem das coisas se inverteu e nossos pais quase mataram o paizão aqui por eu ter ficado grávida, a sorte foi termos alugado uma casa para morarmos só nós, senão... — ela passou o dedo pelo pescoço imitando uma faca cortando a pele delicada. — Depois que o Joel nasceu, recebemos presentes de nossos pais e o paizão recebeu ameaças — os dois pais riram ao se lembrarem do dia. — Só alguns anos depois foi que nos casamos.

— Eu lembro — falou Jojo. — Eu fiquei do lado do papai no casamento.

— A gente não queria festa, nem nada. Mas os meus pais insistiram. Os pais dele também. Inclusive, foram eles que pagaram todo o casamento — o pai ficou um pouco triste como se a mãe estivesse falando de dívidas. — E depois tivemos que reembolsa-los. Mas enfim, vocês dois vão se casar quando?

Aquela pergunta pegou os dois de guarda baixa e eles engasgaram, gaguejaram e disseram que era só amizade a relação que tinham.

— Vou ao mercado fazer as compras do mês — informou. — Vocês dois podem ficar em casa, se divertindo brincando no computador, jogando videogame, decidindo a posição do Kama Sutra.

— Mãe — Jojo censurou.

O pai olhou aquilo com divertimento. Tomou o seu chá e se arrumou para ir ao mercado. A mãe trocou de roupa e os dois foram embora por um tempo. Deixando os dois jovenzinhos sozinhos.

Os rapazes sentaram-se nos sofás e foram escolhendo um filme para assistir na Furryflix. Eles ficaram um bom tempo tentando escolher algum. Invocação Malvada, AnnaFeia 2: a criação malvada, Furry-Aranha: de volta à toca... Colocaram o último e assistiram por alguns minutos até se cansarem e trocarem de volta para uma demorada análise.

O que fazer com essa tal LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora