Capítulo 34 - Ganhei mas perdi?

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Voltei ao Monte Tam e estava só. Quando terminei de vasculhar o local, Menoécio bateu palmas e chamou minha atenção. Seu exército esperava ansiosamente atrás dele. Prontos para me matar.

- Ah, se acha esperta garota? Me acha BURRO? – Ele ia se enfurecendo e caminhando até mim. – Pirralha maldita! Não ficarás em meu caminho, deusinha.

- Nem você, titã. – Sorria e me levantava devagar. Não saquei minha espada e não levantei minha voz. Apenas o encarei. – Achas que serei uma deusa medíocre? Achas que Cronos – maldito seja- se levantará? O caixão está no Tártaro e você, ah meu caro, está em grande desvantagem.

O chão tremeu e o exército de monstros e semideuses convertidos se assustou. Era a hora de brilhar. Três cenas simultâneas ocorriam: No Olimpo, Hestia, Íris, Hécate, Hermes, Nike, Afrodite e Hipnus lutavam contra más energias e cidadãos revoltados. No acampamento, Poseidon e Percy lutavam às margens do lago contra alguns monstros. Luke e Clarisse, junto de Eros, batalhavam próximos aos chalés. Annabeth, Nico e Grover erguiam espadas e derrubavam alguns semideuses malvados. Vários campistas, Hera, Quíron e Deméter impediam a entrada de mais batalhões. O Monte Tam borbulhava com a batalha. Ares, Athena, Hefesto, Hades, Ártemis e Apollo combatiam os monstros. Athena tentava derrotar Menoécio. As caçadoras de Ártemis derrubavam os semideuses, lideradas por Zöe. Os arqueiros de Apollo se dividiram em três equipes: uma combatia com arcos do alto das rochas por meio da fenda que eu e meu pai havíamos aberto; outra estava montada em pégasos disparando flechas; a última atacava corpo a corpo os semideuses que passaram pelo Acampamento Meio-Sangue quando novos. Phoenix liderava os três grupos ao mesmo tempo enquanto tentava acertar Phill, um dos filhos revoltados de Ares. Seu arco estava quebrado, próximo de seus pés. Manipulava a espada e o peso de seu corpo com maestria. Enquanto eu tentava matar uma empousa, refletia. Minha mãe trouxera o elmo complementar de meu traje. Vesti a armadura que ela me entregou e peguei o elmo de suas mãos. Athena sorriu e piscou carinhosamente. Orgulho. Desde que fui morar no Olimpo ela havia se tornado uma grande e amorosa mãe. O apetrecho era dourado e cobria toda a minha cabeça até as laterais de meu maxilar. Tinha a crista longa e branca. Minha cabeça reluzia em dourado. Fui ao centro de meu batalhão e ergui minha espada. Para mostrar que a guerra havia começado gritei "Aos deuses!". Um grito em resposta e todos avançaram. Menoécio gritou uma saudação "Á Cronos!" e seus capangas rugiram junto dele.

Acordei do transe quando derrotei a empousa e vi que minha mãe estava encurralada. Corri até ela e matei o titã. Na verdade o transformei em pó e joguei-o na lava enquanto levantava Athena percebi que um filho de Apollo apontava uma flecha para mim. Como minha estava à beira do penhasco e se sentia fraca, não teria como erguer meu escudo.

- Helena! – Phoenix gritou e, por ser tarde demais para parar o arqueiro, se jogou na minha frente. Levantei minha mãe e me ajoelhei. Lá estava ele caído aos meus pés, desfalecendo aos poucos. Sabia que se o curasse ele continuaria imortal e com aparência e saúde de vinte anos. Havíamos vencido. As celebrações acabaram e o silêncio me envolveu. Aquilo não estava acontecendo. NÃO podia acontecer. Phoenix não iria morrer. Prometi uma coisa a mim mesma: se ele morresse, eu morreria também.

A Estrela do OlimpoOnde histórias criam vida. Descubra agora