Quando abri os olhos, estava envolta em um enorme tecido branco com os pés descalços. Olhei ao redor e percebi que estava na porta do chalé de Apollo. Minha túnica grega era especial agora, não poderia andar por aí com ela, mas não precisavam me enrolar em uma cortina. Não havia ninguém andando por lá e Phoenix deveria estar dormindo. Mas talvez estivesse errada, já que ele andava lentamente até o chalé. Corri para trás de uma árvore e esperei ele passar.
- Phoenix, ei!
Rapidamente ele sacou seu arco e flecha mágico – igual ao de Ártemis – e mirou em minha direção.
- Phoenix, sou eu! Calma! – Agitei a mão para que ele me visse. Aos poucos abaixou sua arma.
- Helena? – Ele correu até mim. – Como foi lá? Viu seus pais? Espera... Por que você tá ai?
- Roupas. Preciso de alguma coisa. Não me deixam usar a túnica grega aqui.
- Volto já. – Ele piscou e sai correndo. Quando voltou, trazia uma blusa do New York Yankees e uma calça de moletom azul marinho.
- Aqui. Devolva quando quiser, ok? – Rimos e ele passou a muda para mim. Virou de costas e esperou. Quando joguei o manto no chão, ele se desfez em um pó branco. As roupas eram largas, mas confortáveis. Um perfume masculino me rodeava e quase me deixara tonta.
- Pronto. – Pulei ao lado de Phoenix e abri os braços.
Ele virou rindo, mas logo parou e passou a me encarar quase como se estivesse apaixonado. – Precisamos conversar.
Ele chacoalhou a cabeça e me puxou, já que não deveríamos estar lá. Corremos até o pavilhão e nos escondemos entre as colunas brancas.
- Como foi lá? – Sussurrávamos; não queríamos Argos nos caçando.
- Com a maioria dos deuses bem, mas Athena parecia me odiar e Zeus me subestima. – Fiz uma videira nascer e comecei a arrancar suas folhinhas.
- Os deuses sabem que seus filhos irão sofrer. Zeus teve de dizer à Hades que você estava morta. Sua vinda ao mundo trouxe alegria e discórdia. Assim como Thalia. - Ela era filha de Zeus com uma mortal. Na vinda ao acampamento com Annabeth, Luke e um sátiro, ela enfrentou um ciclope para proteger os outros. Como ela faleceria, Zeus criou uma árvore para não deixa-la morrer, e esta árvore acabou por ser nossa proteção contra os mortais e monstros, já que criou uma barreira em volta do acampamento.
Phoenix e eu conversamos durante toda a noite, até quase o amanhecer. Apertei o botão do relógio de Hermes que, magicamente havia aparecido no bolso de minha calça emprestada. Adormeci e sonhei, como sempre, com um pesadelo.
Estava no Mundo Inferior, judiando das almas ao lado de meu tio. Um garoto alto estava ao lado de uma bela mulher de cabelos negros: Perséfone. Subitamente, o jovem jogou Hades no chão e Perséfone correu até mim. Cronos gargalhava ao fundo enquanto raios caiam ao lado do deus desmaiado. "Ela acordará, Helena. Ela é forte e quer viver. Sua meia-irmãzinha a matará."
"Senhor?" Perguntou o jovem à Cronos. "Posso matá-la"? Mordecostas está pronta". Um silêncio se fez. "Sim" , respondeu o titã. O garoto tirou a espada da bainha e ergueu a cabeça, revelando profundos olhos sombrios, um sorriso dissimulado e uma grande cicatriz cortando sua face.
Acordei agarrada ao lençol azul claro da cama, suando. Meu pijama estava colado no corpo e meu cabelo desarrumado. Tinha certeza de que minhas previsões estavam certas: Hades e sua amada não queriam Cronos de pé; o titã queria me destruir às custas de minha "irmãzinha" Thalia e de meu amigo que era, bem... Era Luke.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Estrela do Olimpo
FanficSe você acha que semi-deuses e seres mitológicos não existem, sinto-lhe informar que o efeito da Névoa paira sobre você. Seja bem-vindo a minha aventura no Acampamento Meio-Sangue. #31 em Aventura - 25/10/2020 #18...