20- Rendendo-se ao diabo

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"Mas uma voz pequena e calma dentro de si ficava repetindo sem parar. 

Viva. Não desista. Renda-se."

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Bati a porta do quarto com o Enrico logo atrás de mim. Caminhei para o banheiro em silêncio e ele permaneceu quieto sabendo que qualquer coisa que ele falasse me tiraria mais ainda do sério. 

A forma que ele me ler é uma maldição e uma dádiva ao mesmo tempo.

-O que você tinha na cabeça? - bati com mão no granito do banheiro. -Você devia ter me perguntado, devia ter me informado...

-Então não seria uma surpresa. - falou tirando a camisa. 

-Você não entende não é? - esbravejei -É a minha vida, e já não basta ter a minha vida fodida, tenho que fazer isso com elas? - ele se sentou de pernas abertas. -Droga, Enrico... não sou marionete. 

Ele bufou ainda em silêncio e isso me irrita. 

-Fala alguma coisa. - falo pausadamente. 

-O que?! - ele se levantou e segurou minha cintura de maneira possessiva e firme. -O que quer que eu diga? Fiz o que era preciso. 

-Não, você não precisava trazer elas pra cá, não tinha que arrastar elas para esse inferno. - cuspi cada uma das palavras e ele permaneceu quieto com o maxilar travado. - O que eu vou dizer a elas? 

Ele segurou ainda mais forte, juntando ainda mais nossos corpos, colocando eles como uma coisa só. Sua mão sobe para as minhas costas, alcançando a alça do vestido que estou vestindo. Sabia que ele venceria no seu jogo, do jeito que ele sabe. Sua boca alcançou meu pescoço, subindo até o lóbulo da minha orelha, me arrepiando toda. 

-Fiz por você, Ragazza. - Ele sussurrou suavemente no meu ouvido. 

Abri os olhos que eu nem sabia que tinha ficado, encarando suas feições. Não importa quantas vezes eu o veja, nunca estaria acostumada. Seus olhos castanhos intensos, do jeito que me olha que me faz sentir como uma deusa, me olha com devoção,  suas sobrancelhas, sua boca fina e convidativa e sensual que ao tocar minha pele faz ela toda queimar.  

Eu perdi. Eu sempre perco no seu jogo, nesse jogo. Desde o início eu sempre ia perder e me render a ele. 

Desci minhas mãos em seu corpo, sentindo cada parte da sua barriga trincada. Cada parte dele, fazendo ele gemer e suspirar jogando a cabeça para trás. Queria dominar, puxando seu pescoço para dominar sua boca, mas ele foi mais rápido me virando, prendendo na parede levantando meus pulsos acima da cabeça, me mantendo presa. 

AOS PASSOS DE UM MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora