28- A perda dói mais

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"Deixe-me dormir
Estou cansado da minha dor
E eu gostaria que você
Me amasse..."

"

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Três semanas e eu estava finalmente na minha casa

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Três semanas e eu estava finalmente na minha casa. Com a minha família, no meu quarto. Embora estivesse na minha casa, a minha mente ainda estava longe, parecia ter entrado em um estado de transe, de confusão, nem mesmo os remédios eram capazes de me fazer parar de pensar, ou deixar minha mente desacelerar. 

Minha mãe estava cuidando de tudo, tive ajuda das meninas para encobrir a verdadeira história. Eu não iria falar tudo, ou nem mesmo a verdadeira história, um acidente de carro deveria bastar para sustentar toda a verdade. Afinal, falar muito dele me fazia lembrar que tudo que tinha acontecido não era só um pesadelo, era a realidade. 

Eu sabia que não estava totalmente livre dele, bastava me levantar e olhar a janela e ver alguns homens circulando a minha casa. Confesso que tudo isso me dava uma certa segurança, mas saber que eu ainda tenho vestígios dele na minha vida me enfurece. Eu ainda queria que ele tivesse o mais longe possível, mas meu maldito coração traidor gritava para que eu pudesse vê os seus olhos, o seu rosto poe pelo menos mais uma vez. 

Por que ele não vai embora de vez? Por que ele não simplesmente some da minha cabeça? Por que é tão difícil esquecer ele? 

Eu só quero conseguir me livrar de tudo. Só quero me livrar da constante tristeza que insiste em comprimir meu peito. Eu não quero mais ter que lidar com nada disso, apesar de desejar que o Enrico tenha memorizado cada parte ferida do meu corpo para que assim pudesse ser atormentado por tudo, embora ele nunca veria a olhos nus o estrago que fez dentro de mim. 

-Querida! - minha mãe colocou a cabeça para dentro do quarto.- Seu almoço.  

Já faz semanas que eu estava em plena recuperação, e ainda sim minha mãe estava me bajulando feito uma criança recém nascida. 

-Mãe, eu podia pegar lá embaixo. - falei já me endireitando para deitar. 

-Por que tem tanta dificuldade em ser cuidada. - revirei os olhos. 

AOS PASSOS DE UM MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora