2- Sombrio

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"Para meus pensamentos mais sombrios
Alguns tiros de bourbon
E eu estava em jogo
É um conforto
Escondendo a culpa
Mas quando o diabo chegar
Nossa paz sacode..."

"

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Tomo o último gole de whisky, descansando o cigarro entre os dedos deixando a fumaça se espalhar pela sala vazia. Sinto o cheiro de sangue misturado com o cheiro do cigarro quando resolvo me levantar e ir em direção ao homem nu acorrentado de cabeça para baixo do outro lado da sala. 

Está em situação como essa, não se passa apenas de uma coisa rotineira na família Martinelli. Afinal, carregar esse nome exige um legado enorme para carregar. O que não é problema pra mim. Não sou chamado de diabo à toa. E faço jus ao meu apelido. 

Mas Calderón, esse filho da puta meteu os pés pelas mãos, poderíamos ter formado uma aliança e tanto, mas ele insiste em se tornar um traidor. 

Meu sapato faz barulho ensurdecedor e na sala, cada passo aumenta o meu desejo de rasgar a sua pele, de sentir o sangue escorrer...

Gota por gota. 

Coloco a luva preta em uma das mãos e levo o restante do cigarro a boca puxando o trago sentido a nicotina invadir todo meu corpo. Dou o último passo, é solto a fumaça na cara do filho da puta, que geme se mexendo desesperado. 

-Calderón, foi tão estúpido em pensar que eu não ia descobrir? - dou um tapinha na sua cara e ele se mexe com os olhos bem aberto. - Podíamos está bebendo um whisky fechando um bom negócio agora, mas parece que só eu vou me divertir nessa noite… 

 Caminho deixando ele gritando abafado com o pano em sua boca, indo para mesa de metal e pego o meu punha em meio a tantos outros objetos de tortura e volto para sua frente. 

Enfio a faca rápido em sua boca, e tirou o pano da sua boca, desejando a  ouvir o seu desespero por ajuda. 

Por misericórdia.
Por compaixão. 

AOS PASSOS DE UM MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora