19- Bônus

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"Ganhei seu ano inteiro em uma semana,
A minha gata principal tá fora do seu alcance,

E a minha amante também"

E a minha amante também"

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Puxo a cadeira esperando Jimmy entrar pela porta. Apesar de sermos mafiosos, a Itália saber da nossa existência, fazemos o possível para viver de forma discreta. Não queremos atrair detetives muito menos o FBI para a nossa cola, apesar disso tínhamos coisas legais que precisavam ser feitas.

Passou três minutos do horário marcado quando o velho de cabelo grisalho entrou pela porta carregando uma maleta de couro marrom.

-Três minutos atrasado. - Jimmy costuma ser pontual, e eu estou alerta demais para desconfiar de qualquer coisa.

-Lorenzo, me desculpe. - ele se aproximou sentando se à minha frente colocando a pasta na mesa. - Tive uns problemas com alguns papéis. - Ele riu sem humor e eu levantei a sobrancelha.

-Espero que esteja tudo ai. - ele deslizou o dossier e duas folhas separadas à minha frente e bateu o dedo.

-Tudo aqui. - puxei uma das folhas soltas e franzi a testa. - Tem algo de errado?

-Por que diabos a polícia está pedindo esse valor? - virei para o advogado, um dos nossos associados.

Ele me olhou com receios, ele não tinha essa resposta, mas eu sabia quem tinha. Continuei lendo cada pedaço da folha, e cada vez que fazia sabia que estávamos mergulhando em um mar de traidores.

Na máfia siciliana, quem manda é o Don Enrico Martinelli, não existe nada que ele fale que alguém fosse capaz de desobedecer. Ele é o chefe da família, e eu sou o único que tenho o poder e o cargo de opinar em qualquer decisão, mas a sua palavra é final. E eu sei que quando ele souber que o Pazzon está fazendo, sua cabeça vai rolar, e nem mesmo eu falaria ao contrário. O filho da puta está trazendo mulheres de outro lugar, para trabalhar nos bordéis da família e isso é inadmissível.

Me levantei abandonando o Jimmy sentado na mesa e sai dali furioso. O Enrico precisava saber, que o Pazzon estava trazendo mulheres escravizadas quando o Chefe da Máfia disse que não se sujaria com isso. Somos sanguinários, assassinos, fazemos coisas que até o capeta dúvida, mas não nos envolvemos com tráfico humano.

Ratos de merda. Vão ter o que merecem por ousar trair a família, por desobedecer a ordem do Don.

-Don- falei assim que ele atendeu o telefone. - O Pazzon está fazendo exatamente o que você disse para não fazer, e isso está trazendo muitos olhares dos policiais que estão começando a cobrar o dobro.

-Filho da puta!!! - Eu sentia a raiva do Enrico do outro lado do telefone. -Que merdas eles pensam que estão fazendo?

-Precisamos agir rápido, os ratos estão se multiplicando. - bufei caminhando até o carro.

AOS PASSOS DE UM MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora