Como a vida pacata de alguém que vive no interior do Tennessee, pode se transformar em um inferno?
Tudo começou na festa dos mortos... O que explica bem o encontro com o diabo.
Amélia uma jovem com personalidade forte e língua afiada. Tem sua vida...
"Na maioria dos dias eu acordo com uma dor no peito
Há pensamentos que eu não posso colocar para descansar
Há uma preocupação que eu não posso colocar
Na maioria das noites eu estou inquieto e quieto, não vem
Então eu deito lá e espero o Sol
Há um problema que não mostra seu rosto"
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Tento abrir os olhos com uma lentidão, tentando me acostumar com a claridade que lentamente choca com meus olhos semi aberto. A primeira coisa que vejo é o teto branco e dói os meus olhos. Sinto meu corpo pesado, suado, e cansado. Fecho os olhos de novo, e forço minha mente a me lembrar do que havia acontecido, mas parece tudo está embaralhado agora, não consigo organizar nada, então só desejo abrir os olhos e encontrar alguém que consiga me explicar, mesmo que esse alguém seja ele.
Abro os olhos com mais rapidez dessa vez, me arrependo sentindo tudo girar e a cabeça doer. Ignoro isso, e continuo de olhos abertos mesmo sentindo o incômodo da luz novamente. Olho pelo espaço, e parece tudo claro, chutaria um hospital, mas não tem todas as coisas de um hospital normal, as paredes são cinzas, as paredes de algo industrial, embora inclinado um pouco a cabeça, e vejo meu braço com uma agulha enfiada, ligada um enorme bolsa de soro acima de mim. Com dificuldade, estico o outro braço para tentar tirar a agulha.
-Ei, o que tá fazendo?- a voz rouca e pesada e sei que é ele. - Nem pensar, Ragazza. - Ele caminha até mim, e desisto de tentar tirar agulha. -Você está bem? - sua mão desliza sobre minha testa, tirando fios de cabelo que está grudada com o suor.
-Onde estou?
-No porão da minha casa. - olho para ele confusa. - Fizemos uma ala hospitalar aqui, para evitar burocracias quando levamos um tiro, ou coisas do tipo.
