11- Lado bom

3.1K 266 37
                                    

Quando você se machuca sob a superfície
Como água gelada turbulenta
Bem, o tempo pode curar, mas isso ele não vai
Então, antes que você vá
Havia algo que eu poderia ter dito
Para fazer seu coração bater melhor?

Quando você se machuca sob a superfícieComo água gelada turbulentaBem, o tempo pode curar, mas isso ele não vaiEntão, antes que você váHavia algo que eu poderia ter ditoPara fazer seu coração bater melhor?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

______________

Meia hora.

Ou mais. Não sei ao certo, parei de contar a um tempo.

Não sei quantos exatos minutos estou a admirar todas as feições do seu rosto tão sereno e rígido dormindo. Não é rotineiro acordar e tê-lo ao meu lado, ou ainda vê-lo dormir tão tranquilo, então digo a mim mesma que é uma obrigação respeitar seu sono e aproveitar todo o segundo para o admirar.

A noite havia sido intensa. Ele fez o que prometeu. Tudo. Literalmente tudo que eu quis, ele estava disposto a fazer, e todas as partes desse quarto tem marcas de um longa noite de sexo. Eu não conseguia me arrepender ainda, estava louca por mais mesmo que minha intimidade esteja latejando e dolorida.

Eu preciso demais, muito mais desse homem. Ele é insaciável.

Me apoio sobre a mão e lentamente tocou seu cabelo macio e extremamente bagunçado, e tenho vontade de sentir seu cheiro, mas não faço. Continuo observar cada curva e detalhe do seu rosto.

Seus olhos. Fechados não parecem tão sem vida. Mas sei o quão profundo e intenso eles são quando abertos. Sei a fúria que carrega, consigo vê sua alma fria. Mas é um castanho tão lindo.

Sorrio disso.

Seu nariz. É perfeito, como de um ator que fez diversas plásticas. Na medida certa.

Seus lábios. São tão pequenos, os desenhos e formando são são tão definidos, mas beija tão bem. Sua boca é convidativa. Me aproximo mais, quase tocando seus lábios com os meus, quando vejo um sorriso discreto se formar.

-Consigo ouvir e sentir sua respiração, Amélia. - sussurra e eu me afasto quase correndo descansando a cabeça no travesseiro dengo.

-É... - sinto meu rosto esquentar. - Desculpa.

-Quase não te vejo sem palavras. - da uma risada. - Essa é melhor maneira de acordar.

Ele se vira rapidamente puxando minha cintura e me encara. Lá estava o castanho intenso, de olhos abertos agora. Estávamos cara a cara, parecíamos até um casal normal. Penas que sou uma ferrada na vida, e ele um destruidor de vidas.

-Estava com receio de que voltasse a Amélia rabugenta. - fala me olhando.

-Não sou rabugenta, idiota. - ele ri e desliza o dedo sobre meu rosto.

-Eu gosto das duas. - fala e só depois franze a testa, acho que pensando no que acabou de dizer. - Você entendeu. - deu de ombros voltando a sua posição inicial.

AOS PASSOS DE UM MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora