10- Veja-me como um diabo

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"Não tenho auréola
Eu cortei minhas asas
Feito minha mãe gritar
Sou seu sonho mais sombrio
Eles me chamam de diabo
Meu coração está vazio
Eles me chamam de diabo
Apenas tente e me tente
Vou roubar sua alma"

"Não tenho auréolaEu cortei minhas asasFeito minha mãe gritarSou seu sonho mais sombrioEles me chamam de diaboMeu coração está vazioEles me chamam de diaboApenas tente e me tenteVou roubar sua alma"

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Meu celular começou a vibrar, incansavelmente no pequeno móvel ao lado da cama. Estendi a mão para pegar o aparelho, antes que ela pudesse acordar. 

-O que você quer? - resmunguei.

-Já viu os jornais, as notícias na internet? - Lorenzo fala agitado do outro lado da linha. 

-Porra, claro que não, são sete da manhã. - Coço a cabeça. 

-Sugiro que veja. - Sua voz soa preocupado. - Eu tenho certeza que tudo essa merda tem as mãos podres do Taglit e Pazzon. 

-Estou a caminho. - desligo o telefone, apertado a têmpora, e me mexo lentamente para me levantar. 

Me sento na beira da cama, vendo o dia amanhecer. Ao contrário do antigo quarto, não tínhamos uma grande varanda agora. Minha cabeça está pesada, estou acostumado a não dormi muito , mas a máfia tem um peso a ser carregado, e eu tenho sentido isso nos últimos dias. Sinto Amélia se mexer na cama, me viro um pouco para vê-la deitada. Parece inocente assim. Sorrio com o pensamento. Ela não teve uma noite boa, sei que todos os acontecimentos do dia anterior mexeu completamente com a sua mente, a deixou perturbada, e não posso ignorar isso. Se mexeu, e acordou algumas vezes, pude sentir o medo e o desespero nela, o que é surpreendente, já que ela tem um olhar que me intimida, confesso. 

Me levanto da cama, caminho para o banheiro para tomar um banho que me desperte. Visto minha calça Jeans preta, e uma blusa polo também preta. Coloco meu relógio, e estou pronto pra encarar o meu inferno. Caminho pelo quarto, onde ela parece bem à vontade, toda esparramada na cama. Sorrio com a cena, por que eu estou literalmente pagando ela por sexo, e essa é a única coisa que não estamos fazendo. Ela é incomum. Sempre foi, desde o dia em que lhe conheci. 

Eu posso lidar com meus demônios, mas não quero que ela os tenha. Me aproximo dela, vendo seu rosto tão sereno enquanto dorme, deslizo com os dedos suavemente sobre sua pele.

-Eu juro que vou acabar com quem fez isso com você, Amélia. - Fala em uma promessa, não importa o que. 

Abro a porta lentamente dando uma última olhada na garota deitada, e assim que saio um dos meus seguranças me dá um copo grande de café sem açúcar. Eu tenho insônia e uma boa dose de café me ajuda.

-Não a incomode. - Falo sério. - Ela não sai desse quarto sem que eu autorize. - um dos meus soldados concorda.

Caminho para fora do hotel, escoltado por dois deles, e vejo o Giovanni encostado no carro a minha espera. Eu havia deixado ele como seu segurança, os últimos acontecimentos provaram isso. Ele está com uma tala branca enfaixada em seu braço, quase manchado de sangue. 

AOS PASSOS DE UM MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora