Como a vida pacata de alguém que vive no interior do Tennessee, pode se transformar em um inferno?
Tudo começou na festa dos mortos... O que explica bem o encontro com o diabo.
Amélia uma jovem com personalidade forte e língua afiada. Tem sua vida...
"E eu não quero que o mundo me veja Porque eu não acho que eles entenderiam Quando tudo é feito para ser quebrado Eu só quero que você saiba quem eu sou"
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Ele saiu a alguns minutos e o cheiro dele ainda fica rodando o quarto, como se fosse alguma praga para me fazer lembrar onde estou e por que estou aqui. Descanso meu corpo na cama e me reviro ainda sentindo as mãos dele pressionando o meu rosto. Minha pele arde, queima pelo seu toque e eu o amaldiçoo por ser um um imbecil.
Você não é puta
Essas palavras remoem em minha cabeça, ele não pode ser um demônio sem alma, que sequestra mulheres por sexo, que destrói toda a sua vida por um maldito capricho e em outro segundo fingir ser bom comigo. Minha mente me condena. Eu não fui criada para isso. Por mais que eu tente expelir esses pensamentos autodestrutivo, são esses tipos de pensamento que me rodeia, chega revirar o meu estômago vazio. Mas suas palavras tentando me garantir que eu não sou isso me deixa um pouco calma, embora não acredito e nem confio em nenhum pedaço do maldito cabelo preto desse idiota, mas por algum motivo imbecil, quero acreditar que ele não me vê como uma vadia qualquer ou pelo menos é isso que eu estou me esforçando para pensar, para afastar tudo ruim que me rodea.
Me levanto e penso que talvez essa seja uma ótimo momento para mentir mais um pouco para minhas amigas e mãe. Procuro meu celular na bagunça das minhas roupas, e o ligo. Deixo o celular sobre a cômoda, passando os olhos sobre o cartão e o envelope e caminho para o banheiro. Tiro toda a roupa e deixo a água cair sobre meu corpo. Inconscientemente, uso toda a minha força para esfregar cada parte do meu corpo, na intenção de tirar toda sujeira que estava sentindo carregar. Esfrego tudo com uma boa quantidade de sabonete. Fico alguns minutos no banheiro apenas deixando água cair e me limpar de cada toque dele.
Eu o odeio tanto. - formulou o pensamento ao me lembrar dele. Seu olhar convencido, sua postura prepotente, como se o mundo pudesse cair aos seus pés, como se fosse o dono da porra do Mundo. Meus olhos se fecham lentamente e me recordo de poucos traços do seu rosto, e quase desejo vê-lo sorrindo abertamente.
