''Eu não vou esperar, vou dar minha tacada. Você está lá, bem, mostre-me o que você tem...Você gostaria de ser meu, quer brincar? Você gostaria de ser meu durante a noite?"
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Me assusto com a batida na porta, fazendo abrir os meus olhos lentamente para ver a luz do despertador marcando nove e quarenta, sorrio olhando o teto de maneira preguiçosa, tendo a certeza de que não durmo até tão tarde por muito tempo. Bato a mão na cama tentando achar o celular que eu deixei ou pelo menos acho que deixei na cama, mas o vejo em cima da cômoda do outro lado do quarto. Me sento na cama quando outra batida idiota atinge a porta. Ignoro a batida na porta, procuro o chinelo perto da cama. Deveria ser um crime ter uma cama tão macia e ter que ser tirada dela tão cedo quando se está de folga.
-Eu vou matar a Chloe, por me acordar.-Resmungo caminhando até o meu despertador.
-Me pouparia tempo se atendesse na primeira batida. - Não é a Chloe, muito menos a Amélia, é o tal do conselheiro.
Me curvei tentando esconder o meu corpo que está apenas coberto por uma fina camisola azul claro, que chega até a metade da coxa. Eu nem a pau seria louca de me virar antes dele sair, e pagar bunda pra esse cara estranho.
-Huum... Bom dia- sussurrei forçando os olhos.
Mesmo ainda sem entender bem o que estava acontecendo, percebi e senti seus olhos queimarem o meu corpo. Ele me analisa sem pudor ou vergonha, da maneira mais descarada possível. Seus olhos descem até o meu pé e sobe novamente na mesma lentidão, como se tentasse descobrir o quanto eu visto apenas no olhar.
-Precisa de alguma coisa- perguntei sem graça, fechando um pouco mais a porta para tentar me esconder, mas ele não se importava de continuar me olhando.
-Você malha ou faz algum esporte?
-O que? -ele deu um sorriso de lado e me encarou nos olhos.
-Suas pernas são de pessoas que malham. - seu semblante se fechou.
-Eu costumo ir academia... - parei de falar e olhei pra ele. - O que você quer?
Ele riu, seus dentes são lindos, perfeitamente alinhados, os caninos são pontudos, o que deixa ainda mais bonito.
-Estou saindo, o café de vocês está na mesa e como você parece ser a mais reponsável, não fazem merda. -Levantei a sobrancelha. -Não saiam desta área, estão protegidas aqui.
O que ele quer dizer com estão protegidas aqui isso só reforça a minha teoria de que esse lugar é isolado demais para apenas passar um tempo, escondido demais para ser algo normal. E esses caras que andam o tempo inteiro, com olhares vagos, silenciosos e tudo isso me causa medo, e me dá mais receios de que a Amélia está em apuros.
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AOS PASSOS DE UM MAFIOSO
RomanceComo a vida pacata de alguém que vive no interior do Tennessee, pode se transformar em um inferno? Tudo começou na festa dos mortos... O que explica bem o encontro com o diabo. Amélia uma jovem com personalidade forte e língua afiada. Tem sua vida...