Faz dois dias que estou sentada nessa cadeira. Antes o sono teimava em chegar, mas parece que agora desistiu. Dona Bete e Luiza também aguardam ao meu lado. Em alguns momentos conseguiram se encolher na cadeira e cochilar, coisa que não me permiti, porque acho que quando eu fechar meus olhos, posso perder o momento exato que ele vai acordar.
Estamos nas cadeiras de espera do Instituto Dr. José Frota ( IJF), o maior hospital público que atende vítimas de traumas e acidentes. É um hospital público referência, que atende todo o Estado.
Pedro perdeu muito sangue, não daria tempo de levá-lo para outro hospital e depois que chegou aqui, os médicos descartaram a possibilidade de transferência, pois o caso dele era grave.
Eu também fui atendida aqui, mas depois dos primeiros socorros que recebi ainda no mar, costumo pensar que tive uma melhora rápida por quê eu precisava saber da situação de Pedro, vê-lo, então insisti tanto com os médicos, que me traziam notícias de hora em hora sobre o estado de saúde dele.
Meus pais ficaram devastados com a tentativa de homicídio de Miguel e me acompanharam de perto nas vinte e quatro horas que fiquei em observação.
Depois de todo o ocorrido, a polícia procurou pelo iate de Miguel por toda a costa, não obtendo sucesso. Ele está sendo procurado por todo o Estado, inclusive a polícia Federal já está atenta nos aeroportos.
Pedro foi operado, a bala foi retirada e os médicos informaram que se o tiro tivesse sido há dois centímetros a direita, teria rompido sua aorta. Ele continua na UTI, entubado, com os sinais vitais regulares.
O médico informou que por ter perdido muito sangue, a cirurgia foi complicada e mesmo tendo recebido transfusão, o corpo dele precisa se recuperar. Por isso não consigo dormir, enquanto não souber que ele acordou.
O que eu mais tenho agora aqui é tempo para pensar. Ainda não parei para medir o peso das informações que Miguel me passou antes de tentar me matar, por quê tudo que eu faço é pensar no sorriso de Pedro, no seu olhar quando me encarava, nos dias e noites que passamos suados na cama...Pedro preenche cada pequeno espaço do meu cérebro.
Já sorri muito pensando nos momentos felizes ao lado dele, mas sempre acabo lembrando da última cena que eu vi, antes de apagar: o sangue saia de seu peito, mas mesmo assim ele estava lá por mim. Não aguento e o choro vem sem nem ao menos eu sentir o prenúncio. O que eu vou fazer se...não, ele vai acordar!
-Trouxe um café para vocês – minha mãe anuncia de pé, com dois copos de café nas mãos.
-Obrigada, mãe – escuto dona Bete e Luiza agradecerem também.
-Pra você não, Isadora! Não dorme ha dias. Venha comigo na lanchonete tomar um suquinho de maracujá, ou melhor, vamos todas, assim vocês comem alguma coisa.
- Eu não vou sair daqui e também não preciso de suquinho, só preciso que ele acorde – as lágrimas descem grossas, embaçando tudo a minha frente.
- Isa, minha linda, assim você vai passar mal e aí sim não vai estar presente quando ele acordar – dona Bete, triste, falou tentando me convencer.
- Não, vocês podem ir e trazer algo para eu comer. Prefiro ficar aqui- Falei limpando as lágrimas com o dorso das mãos.
Elas se levantaram e seguiram em direção á lanchonete. O médico que atendeu Pedro entrou pela porta da UTI correndo . Levantei na velocidade da luz.
-Doutor, alguma notícia de Pedro Lemansk? – perguntei aflita.
- Senhorita, me desculpe, mas agora eu não posso.
Quase entrei junto com ele, quando abriu a porta que separava a UTI do resto do hospital, minhas pernas paralisaram. Vi muitas pessoas ao redor da cama de Pedro, enquanto o médico corria para lá e as máquinas ligadas ao seu corpo berravam uma confusão de sons.
- PEDRO, NÃO! – Me choquei com o volume do grito que saiu de minha garganta. Alguns profissionais que estavam lá me olharam assustados.
- TIRE ELA DAQUI AGORA! – foi quando percebi que já estava ao lado de uma enfermeira que injetava com uma seringa, alguma medicação no soro de Pedro.
- POR FAVOR! – gritei em prantos – SALVEM MEU PEDRO!
Senti mãos segurar em meu braço, quando vi o médico pegar o desfibrilador e preparar para colocá-lo no peitoral dele. As mãos antes gentis, passaram a me puxar com força em direção a saída, me mostrando que meu corpo involuntariamente lutava para não sair de perto daquele a quem pertencia.
- NÃO, VOCÊS NÃO PODEM ME SEPARAR DELE. PEDRO, ACORDA! VOCÊ PROMETEU...! VOCÊ PROMETEU LUTAR POR NÓS!
Duas pessoas conseguiram me tirar de dentro da UTI, quando minha mãe, dona Bete e Luiza me abraçaram preocupadas.
Eu não conseguia falar, só me desmanchar em lágrimas abraçada a minha sogra que também chorava. Senti uma picada em meu braço e vi enfermeiros ao lado de minha mãe.
- Calma minha filha, calma! Agora você vai descansar.
Senti meus membros enfraquecendo e minha visão ficando turva. Não, eu tenho que estar aqui quando ele acordar.
Senti a areia fininha fazer cócegas entre meus dedos enquanto escapava de minha mão e cobria o pé e parte do tornozelo dele como um tule fino.
O sol já estava quase todo escondido atrás da linha do horizonte, indo embora devagar, se despedindo da nossa pele com os últimos raios, enquanto o céu variava entre tons de rosa e laranja, chamando a noite com todo seu encantamento.
O vento forte jogava as mechas mais curtas do meu cabelo, cobrindo meus olhos, enquanto a mão dele rastejava preguiçosamente em meu braço, trazendo o arrepio gostoso que seu toque sempre me traz.
Pedro estava relaxado, sentado com os joelhos flexionados e as pernas abertas, enquanto eu estava deitada entre suas pernas, com o corpo virado de lado, podendo ver tanto o espetáculo da natureza, quanto a beleza espetacular do homem que eu amo.
- Ainda bem que você ficou. Eu não teria aguentado ficar aqui sem você – Pedro falava enquanto o carinho em meu braço continuava.
- Eu não iria para lugar algum sem você, amor – ele sorriu e me beijou. Senti seus lábios molhados encostar nos meus e seus dentes mordiscarem meu lábio inferior.
- Ótimo, por quê não pretendo te largar nunca. Quero poder dormir todas as noites com você, fazer amor todas as manhãs e noites – deu uma piscadinha todo charmoso com o olho, que me acendeu – quero poder ter filhos com você, pelo menos um casal, construir nossa casa aqui na nossa praia...quero tudo com você – mordeu meu ombro, passando a língua em seguida.
Pedro me deitou na areia, deitando ao meu lado, de lado com o cotovelo apoiado, segurando a cabeça com a mão. Olhou em meus olhos passando o dedo indicador em meus lábios, como se tivesse os desenhando e deslizou o mesmo dedo pelo meu queixo, pescoço, até chegar a parte de cima de meu biquíni.Afastou a cortininha do seio direito e passou o dedo sutilmente no mamilo, olhando em meus olhos. Arquejei, sentindo como se o carinho fosse diretamente em meu clitóris.
Passou o dedo fazendo o traçado da auréola e depois juntou ao polegar torcendo o bico. Fechei meus olhos sentindo meu sexo pulsar quente, já cheio de desejo, quando senti sua língua úmida passar por ele incontáveis vezes e sua boca chupar o peito, esfomeada.
O dedo antes no seio direito, resolveu torturar o esquerdo, enquanto já me retorcia com Pedro mamando forte no outro peito.
Sentia as sugadas e meu corpo já se arqueava, até que desceu o dedo pela minha barriga até a parte de baixo do meu biquíni, que já estava encharcada por causa de seus estímulos.
Desfez os laços da lateral e fechou a mão toda em cima de minha vagina nua, enquanto eu abria as pernas sem pudor. A palma de sua mão estava em cima do clitóris que pulsava fazendo movimentos circulares com a mão toda, tocando todos os pontos certos, extraindo gemidos de minha garganta.
De repente deu um tapinha em meu clitóris e continuou a massagem maravilhosa. Comecei a ver as estrelas no céu e em minha cabeça, quando Pedro alternava agora massageando com dois dedos meu clitóris e pancadinhas que pareciam acelerar minha libertação.
Ele estava tão excitado quanto eu, esfregando a coluna grande e dura protegida apenas por uma sunga de praia, em meu quadril, enquanto me dava prazer.
Levantou e substituiu sua mão, pela boca. Pedro lambeu todo meu sexo de baixo até meu ponto mais necessitado, tomando para si os líquidos que meu corpo vertia. Eu já não aguentava a pressão gostosa que se concentrava toda em meu ventre, quando fechou os lábios em meu grelinho, chupando com força.
Me derramarei gritando, gemendo alto, meu corpo tremia e meu quadril dançava grudando em sua boca, enquanto eu puxava seus cabelos implorando por mais contato, até que senti o ar voltar para meus pulmões de novo e os espasmos dominarem meu corpo.
- Amor...amor, acorda! Eu estou aqui – a voz de Pedro soou em meu ouvido.
Abri meus olhos e minha mãe cochilava em uma cadeira de plástico ao lado de minha maca, em uma enfermaria com mais duas outras pessoas.
- Mãe, acorda – ela abriu os olhos de pressa e me olhou preocupada.
- Oh minha filha, que bom que você acordou. Eu já estava preocupada! Tivemos que pedir ajuda ao médico que lhe atendeu antes. Você dormiu dois dias seguidos e acabaram lhe colocando no soro de novo.
- Mãe, ele acordou. Pedro me disse que estava aqui, eu senti que ele acordou. Chama a enfermeira para tirar esse soro, tenho que ir vê-lo.
- Não filha, infelizmente ele ainda não...
- Isa – olhei para o lado e vi minha cunhada em prantos enquanto sorria – ele acordou.
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Hello everyone!😚Quem mais aí ficou com calor? Pedro até inconsciente consegue esquentar o clima.🔥🔥🔥
Aguardando os comentários e teorias de vocês sobre Miguel. Será que vão conseguir prendê-lo? E quanto a Diana, será que vai ser encontrada?
Compartilhem o que estão achando e não esqueçam de deixar uma estrelinha.Obrigada e Beijinhos! 😘
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Traição
RomanceDifícil pensar que confiei, que amei...me entreguei sem reservas a alguém e hoje sinto o gosto amargo na boca, pela punhalada que levei pelas costas. Meu nome é Isadora, mas pode me chamar de Isa. Sou paulista, mas moro há dez anos em Fortaleza -C...