Chegamos em Fortaleza na quarta-feira, depois da meia noite. Eu ainda não falava direito com Miguel. Não aguento pensar que ele me obrigou a fazer sexo com ele, por isso fui fria durante o ato e tenho sido desde então.
Entramos na cobertura e estava tudo tão diferente que me surpreendi. Todas as paredes em um branco perolado, um papel de parede acetinado muito bonito. A parede oposta à que continha uma TV de Led muito grande, era com um papel de parede verde oliva com arabescos dourados. Muitos objetos decorativos dourados. O sofá grande marfim, duas cadeiras acolchoadas verdes clarinhas e uma mesa de centro com um design bem moderno.
A sala de jantar também estava mudada, com novos móveis em tons claros, como a cozinha, que eu achava impossível ficar mais moderna, mas ele conseguiu. A suíte principal foi a que sofreu mais mudanças, acredito que isso se deve ao dia em que o peguei com a vagabunda da Amanda.
A cama é outra, percebi porque essa é maior e mais alta. As paredes lavanda com finos traços dourados na vertical. Cortinas brancas grandes com blackout e móveis pintados com uma cor clarinha. Uma estante de livros grande de frente para duas poltronas brancas. Só não fez mudanças no closet e no banheiro da suíte. Todas minhas roupas e itens pessoais já estavam em seu devido lugar, assim como as de Miguel.
Ele entrou no quarto com as malas, quando eu estava olhando o closet. Passou próximo a mim indo em direção ao banheiro.
- Não vai dormir?- sua voz era fria.
- Vou sim. Só estava olhando as mudanças que você fez.
Fui ao banheiro, tomei um banho sem molhar o cabelo, vesti um pijama e deitei, ele fez o mesmo. Quando comecei a adormecer, senti Miguel mais perto, cheirando meus cabelos e meu pescoço. Sua mão entrou por baixo da camisa de meu pijama indo em direção ao meu seio.
- Miguel, por favor não. – Falei sonolenta.
- Isa, quero você de volta, como éramos antes. – Falava baixinho e com um timbre rouco no meu ouvido -Quero poder foder minha mulher sempre que eu quiser, quero ouvir você gritar e gemer enquanto eu te como- Senti seu membro duro pressionado em minha bunda.
- Você quer me foder e metade da população feminina do Ceará. Hoje sou uma mulher que não te ama mais graças a suas traições de mais de um ano e você se transformou em um chantagista, frio e cruel. Não somos os mesmos, Miguel.
- Isa, quero você agora. Eu tento ser bom, tratar você bem, mas você ainda está iludida que vai voltar a se esfregar no meu irmão. VOCÊ-É-CASADA-COMIGO, e vai ser assim pra sempre!Miguel puxou a calça do meu pijama junto à calcinha para baixo e tirou minha camisa na mesma velocidade. Olhei para ele com olhar de tristeza por ter que me submeter a isso novamente.
Dessa vez ele olhou em meus olhos e mudou sua expressão, parece que enxergou o que estava fazendo, mas durou bem pouco.
- Como é que ele te comia, me diz?- Deitado mesmo, me virou de costas para ele, levantou minha perna e enfiou o dedo em minha entrada. Eu não estava lubrificada, por isso doeu. Ficou estimulando, tirou o dedo, lambeu dois dedos e colocou de novo quando sentiu que podia- Ele te fazia gozar, por isso você gostou, não é? – Eu não respondia e ele continuou.
- Nós vamos fazer amor e você vai gritar, eu quero ouvir- Comecei a chorar, ele enfiou seu membro com força e em um ritmo irregular, continuou com a ação- grita, Isadora!- Eu não conseguia e Miguel continuou com o ato. Levou uma mão até meu peito e apertou o bico, o torcendo. Ele viu que eu não iria fazer o que ele queria, então parou. Seu membro já não estava mais tão duro. Ele saiu de perto de mim e gritou alto: “ Aaagfrrr!”
Me sentei na cama e me cobri com um lençol levando as pernas em direção ao peito, ainda chorando. Miguel não olhou para mim, levantou e entrou no closet. Saiu de lá de calça jeans e uma camisa gola polo preta, não olhou para mim. Saiu do quarto e após alguns segundos, ouvi a porta da frente bater. Vesti meu pijama novamente e fiquei deitada pensando em como vai ser meu futuro sem Pedro, sem meu amor e sendo submetida a Miguel.
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Traição
RomanceDifícil pensar que confiei, que amei...me entreguei sem reservas a alguém e hoje sinto o gosto amargo na boca, pela punhalada que levei pelas costas. Meu nome é Isadora, mas pode me chamar de Isa. Sou paulista, mas moro há dez anos em Fortaleza -C...