Capitulo 13 Isa

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Isadora, posso saber porque você está no colo do Pedro? - Minha mãe, pálida, nos recebeu parecendo estar tensa e com raiva.
- Oi mãe, algum problema com o papai? A senhora está tão estranha, tão pálida!
- Não, seu pai está bem. Só...me assustei quando vi...você no colo de outro homem, filha. Você é casada ainda, Isa e ele é seu cunhado. - Minha mãe e a mente fértil dela.
- Não é nada disse que a senhora está pensando, dona Rosana. - Pedro falou para que mamãe não tirasse conclusões erradas - Isa torceu o pé e eu a trouxe nos braços porque está sentindo doer quando anda.
- Meu Deus, minha filha! Coloque ela aqui deitada, meu filho. Venha! - Fomos entrando até meu quarto.
Quando entramos, Pedro ficou parado olhando para a foto que tirei da minha praia predileta daqui, e mandei adesivar a parede toda do lado da escrivaninha.
- Icaraizinho de Amontada, é minha praia predileta daqui. Tirei essa foto de perto de uns aerogeradores que tem lá. Linda, não é? - Ficamos nós dois sem falar nada, olhando a imagem.
Pigarros...
- Pedro, você não quer colocar Isa na cama não, meu filho? - Minha mãe falou, olhamos um para o outro e sorrimos, mas não foram gargalhadas, foram sorrisos que expressaram a vontade ficamos um com o outro.
Pedro me deitou devagarinho na cama olhando em meus olhos e sorrindo disse.
- Se dona Rosana não avisasse, íamos ficar até altas horas assim.
- Verdade! Deve ser porque você é forte e estava olhando a foto tão distraído!
- Acho que é porque você não pesa tanto assim, só queria me assustar dizendo que era pesada, não foi? - Ele falou com o sorriso no canto da boca.
- Bom, vocês querem um lanche? Fiz um bolo de milho para o lanche da tarde e eu e Fernando já comemos. Posso fazer um suco de maracujá. - Dona Rosana acabou nos tirando de nossa interação. - Precisa comprar algum remédio, filha?
- Por mim estou bem, dona Rosana. Tenho que ir. Saí da empresa para encontrar Isa e entregar sua mala com seus pertences, que entreguei ao porteiro, seu Vladimir, acabei nem avisando que não ia voltar ao trabalho hoje.
- Mãe, esse senhor insistente aqui comprou os remédios que o médico passou. Não precisa se preocupar! - Falei rindo.
- Obrigada Pedro, não precisava! - mamãe agradeceu.
- Boa tarde, Pedro! Como está, rapaz? - Meu pai apareceu na hora em que ele decidiu sair. - O que houve? Cadê o Miguel? Acho que seu marido deve estar sentindo sua falta, minha filha.
- Pedro olhou para mim com as sobrancelhas juntas, sem entender o que estava havendo. Balancei negativamente a cabeça para ele suavemente, para que entendesse que papai não sabe ainda.
Ele fez um gesto mostrando que tinha entendido e piscou o olho.
- Seu Fernando, que bom o senhor estar bem! Fico feliz por lhe ver de pé e firme, como antes. Siga as recomendações médicas, porque o senhor tem duas mulheres maravilhosas que não aceitam perder o senhor.
- Ah meu filho, é verdade, eu também não aceito perder nenhuma. Elas duas são minha vida! - Papai falou abraçando mamãe pelos ombros.
- Fernando, Isa torceu o pé e Pedro a ajudou, a levou ao hospital e ainda comprou os remédios. - Minha mãe explicou ao meu pai o porquê de Pedro estar ali.
- Filha, você está bem meu tesouro? - Meu pai sentou no cantinho, próximo a minha perna.
- Estou melhor, papai. Não foi nada demais.
- Ninguém me falou, cadê seu marido minha filha? - Abaixei a cabeça. Acho que chegou a hora.- aconteceu alguma coisa e você não quer me contar?
- Bom, chegou minha hora. Boa noite, dona Rosana, seu Fernando. Boa noite, Isa. Dona Rosana, aqui está a receita, os remédios deixei na sala assim que entrei e na receita diz como devem ser tomados.
- Tudo bem, meu filho. - mamãe pegou a receita.
- Pedro, obrigada pelo carro. A seguradora foi bem pontual! - Lembrei de agradecê-lo.
- Eu sei, liguei para eles hoje cedo. Amanhã peço para algum motorista da empresa trazer seu carro, já estou com as chaves.
- Obrigada mais uma vez! - E com o sorriso mais lindo que já vi, ele foi embora.
Papai não sossegou até que contei sem muitos detalhes o que houve entre eu e Miguel. Ele se estressou, disse que queria matá-lo e que nunca que eu iria voltar para ele. Falou que meu lugar era ali, ao lado deles e que se Miguel aparecesse ou aprontasse mais alguma contra mim, não importava cateterismo, nem infarto, ele teria que se entender com seu punho no meio da cara.
Mamãe correu e foi o buscar o tensiômetro, para verificar a pressão de papai, que estava um pouquinho alterada, mas nada alarmante. Falei para ele que teria que pensar em nós antes de tomar qualquer atitude que vá se prejudicar. Mamãe deu o remédio dele e foi terminar o jantar. Papai saiu para me deixar descansar.
Á noite, enquanto tentava dormir, não conseguia parar de pensar em Pedro, no sorriso, em suas mãos grandes, em seus olhos verdes, em seu braços fortes. A forma como ele me segurava junto ao peitoral duro, como o cheiro dele me seduzia e comecei a imaginar que ele estava aqui na cama comigo. Sua boca sensual me dando mordidinhas no mamilo esquerdo enquanto eu torcia meu mamilo com força e a outra mão desceu por dentro do elástico da calcinha e encontrava meu clitóris grande e duro, aceso de tanto tesão. Mergulhei meus dois dedos na minha entrada que estava encharcada e trazia a umidade para molhar o clitóris, fazendo círculos e pensando como será ter a cabeça dele entre minhas pernas. Imaginando a língua dele no lugar de meus dedos, gozei me desmanchando na imagem do meu cunhado.
Quando saí do êxtase pós-gozo, me lembrei que sou casada e que Pedro é meu cunhado, não posso sentir coisas por ele assim. Posso não querer continuar casada com Miguel, mas Pedro está fora do limite. Sem falar que acho que o que ele sente por mim, é carinho. Pedro ama o irmão, jamais faria algo assim para magoar Miguel. Minha nossa, é sério que estou me sentindo atraída pelo irmão do traidor do meu marido? Tentei dormir mas só consegui quando o último remédio que tomei fez efeito.
Acordei com o som do meu celular, atendi e era Joana perguntando como eu estava. Contei o que aconteceu e ela resolveu passar aqui em casa no final do expediente para conversar comigo. Miguel ligou, como sempre e não o atendi, como sempre. Pedro ligou duas vezes, como não atendi, parou de ligar. É melhor dar um tempo, talvez esteja fantasiando coisas assim por tê-lo visto com frequência.
Joana chegou as dezoito e trinta e entrou no quarto com minha mãe cheia de lanchinhos.
- Socorro Jo, não me deixam levantar dessa cama. Só levanto pra tomar banho e eu só como, como...já devo ter aumentado dois números de roupa! Me tira daqui! - Falei bem dramática.
- Olha só, pelo que eu estou sabendo você está só na vida boa aqui e quanto a você engordar, amiga, nunca te vi tão gostosona! - Joana se abaixou sorrindo e deu um beijo na minha cabeça.
- Como que você está? Você sabe que é bom esse cuidado todo sim pra você se recuperar bem e rápido.
- Eu sei, Jo. É só um exagerozinho para a dona Rosana aqui me deixar sair do quarto.- Falei sorrindo para minha amiga, enquanto mamãe servia suco de graviola em nossos copos.
- Não vai sair pra forçar esse tornozelo, não. Vai ficar quietinha até ficar boa. - mamãe falou sorrindo para Joana e saindo em seguida.
-O desgraçado do seu marido ligou, Isa? Você decidiu alguma coisa?
- Joana, eu fui traída por um ano. Que eu saiba foi com essa Amanda, mas se ele ficou com ela enquanto estávamos juntos, ele pode ter ficado com outras também. Lembro do dia em que conheci a família dele, uma Amanda ligou para seu celular e ele saiu para atender. Fui cega por todo esse tempo, agora já vejo tudo. Não existe mais confiança, como vou viver com um homem que não confio, me diz.
- Verdade, Isa! Ele provou ser um canalha mesmo. Agora, depois que você falou no telefone, não acreditei, quem estava com você era o irmão gostoso dele?
- Sim sua doida, era o Pedro sim. Ele que me socorreu e me levou ao hospital, me trouxe em casa. Pedro tem sido um ótimo amigo! - Respondi envergonhada.
- Amigo, sei...! Você percebeu que teu cunhado delícia está sendo mais seu marido do que seu próprio marido? - Joana maliciosa, questionou.
- Joana, não quero confundir as coisas. Estou numa fase difícil, acabei de ser traída pelo meu marido e eu vi a traição, estou muito ferida. Quando eu penso em Miguel, lembro dele pelado naquela cama, com aquela vadia em cima dele. Pedro está sendo meu alicerce, me apoiando e me amparando. Sou muito grata a ele!
- Entendo, Isa. Você está certa mesmo. Use esse tempo para se recuperar dessa decepção e pense que você se livrou, que antes saber agora quem é esse homem, do que depois que tiver filhos e ficar mais complicado.
- Com licença, Isa, você tem mais uma visita.- Mamãe falou entrando no quarto com Pedro ao seu lado. Joana falou.
- Falando nele...- Pedro entrou olhando pra mim e sorrindo. Eu e Joana respondemos ao seu cumprimento juntas.
- Estavam falando o que de mim? Desculpa, eu não sabia que você já estava com visita. Tudo bem, você é amiga da Isa, não é isso? Lembro de você do casamento. Posso voltar amanhã! - Pedro falou sem sentar na poltrona.
- Isso, Joana. Bom lhe rever, Pedro. Isa estava me contando como aconteceu a torção e não se preocupa não, eu que estou há tempo demais. Já estou saindo. Tchau, amiga, vê se toma os remédios direitinho e descanse. - Joana levantou e me deu um beijo no rosto antes de sair.
Ele estava tão lindo! Acho que deixou o terno no carro, estava de camisa social com listrinhas verticais fininhas vermelhas, gravata vermelha, calça preta lisa e sapato social. Fiquei secando o corpo dele, pois a roupa por ser ajustada, mostra os músculos trabalhados em baixo dela. Ele sorriu, acho que percebeu minha secada. Oh minha nossa, que vergonha!
- Estou vendo que está com uma carinha boa. Ainda sentiu dores? Está tomando os remédios direitinho? - Está ficando cada vez mais difícil me desapegar dele assim.
- Estou sim, Pedro. Minha mãe segue tudo a risca.
- Com licença - Minha mãe entrou no quarto com dois isopores -está na hora do tratamento com as bolsas, Isa.
- Pode deixar dona Rosana, eu faço. - Pedro se ofereceu. Mamãe olhou para mim perguntando com os olhos se podia deixar.
- Pode deixar, mãe. Obrigada.
Pedro começou com a bolsa térmica congelada. A colocou sobre meu tornozelo e ficou segurando enquanto conversávamos.
- Então desde o casamento que não vejo Joana. Vocês estavam brigadas?
- Não, Miguel não gostava dela e era recíproco. Acabei me distanciando para evitar chatear seu irmão, mas ela, desde a faculdade, sempre foi uma boa amiga.
- Você não deveria ter cedido. Você tinha uma vida antes dele.- Pedro falou, enquanto trocava para a bolsa morna.
- Eu sei, fui uma tonta, por isso e pela traição de mais de um ano que sofri, que decidi Pedro, não vou voltar para seu irmão. Não posso mais, não quero viver com alguém para manter as aparências, quero poder confiar no homem com quem decidi dividir a vida. Amanhã vou ligar para meu advogado e para Miguel. Amanhã vou resolver minha vida!
Pedro ficou até a hora do jantar, mas declinou do convite de mamãe para jantar conosco e foi embora.
Amanhã tudo vai mudar.

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