Traição

Capitulo 24 Pedro

Hotel? Isa está em um hotel com Miguel e só vai voltar amanhã? Li a mensagem de Isa no meu celular e ainda não acredito. Passei o dia hoje preocupado por não ter falado com ela, tanto que não consegui trabalhar. Débora ligou me chamando para almoçar com ela, foi muito bom porque posso conversar abertamente com ela sobre tudo o que eu e Isa estamos vivendo.

Débora estava chamando a atenção de todos os homens do restaurante por causa de sua beleza, como sempre. Cheguei perto de sua mesa e ela levantou para me abraçar usando uma saia azul marinho parecendo couro, no meio da coxa e uma blusa branca com as costas nuas. Seus cabelos pretos e longos, estavam presos em um rabo de cavalo alto e usava uma maquiagem que destacava seus olhos verdes.

Ela sentou e puxei a cadeira ao seu lado para sentar. Débora sorria e seus olhos sempre brilhavam e isso é uma das coisas que admiro nela.

- Você está tão lindo!- Ela falou olhando em meus olhos.

- Obrigada, mas você que é linda, Débora.

- Você acha? Me dá tua mão direita- Entreguei a mão a ela que levou até a parte de baixo da mesa. Não consegui ver o que ela estava fazendo.- Olha como fiquei só de te ver- passou meus dedos em sua buceta molhada, pois ela estava sem calcinha. Puxei a mão rápido quando senti a umidade.

- Sério? Me chamou aqui pra isso? Você sabe que estou com a Isa. Estava esperando conversar com você, não trepar, Débora.- Falei sério.

- Eu sei gato, é que nunca passamos mais de quinze dias sem transar e você fica tão gostoso nesse terno - falou com um dedo na boca, me devorando com os olhos.

- Débora, eu lhe admiro como amiga, adorei todas as vezes em que estivemos juntos, seja na cama ou fora dela, mas não podemos voltar ao que era antes.

- Tudo bem, Pedro. Vejo você muito comprometido com essa Isadora, mas me responde uma coisa, ela já se divorciou ou está tirando uma casquinha dos dois irmãos?

- A Isa não é assim! - Contei para ela sobre a chantagem de Miguel, as traições e o inferno que é ver minha mulher no quarto dele todas as noites.

- Nunca pensei que esse seu irmão fosse tão canalha. Porque ele não deixa a esposa livre, já que é tão galinha? Odeio homens que acham que podem tudo e a mulher só tem que aceitar! Oh gato, se eu pudesse ajudar a Isadora, só por causa desse machista comedor de putas, eu ajudava.

- Eu sei que você tem um coração bom, Débora. Obrigada! Já providenciei um detetive para investigar essa história lá em São Paulo.

Hoje contratei um detetive lá em São Paulo, que um amigo meu da Policia Federal indicou. Tenho que descobrir o porquê de o pai de Isa ter sido acusado tão rápido, antes mesmo da perícia ter sido feita. Tem algo muito errado nessa história!

Deixei Débora em casa, porque ela foi de táxi ao restaurante. Voltei para o escritório e continuei a trabalhar.
Enfrentei um caos no trânsito de volta para casa e fiquei tão estressado que quando estava há trezentos metros de casa, bati em alguma coisa. Parei o carro mais a frente e desci correndo. Um cachorrinho peludo, preto com uma mancha grande branca no peito, parecendo uma estrela, estava caído, com os olhos abertos, grunhindo.
Peguei o peludo e o coloquei no banco de trás. Dei meia volta no carro e o levei até uma clínica veterinária que fica próxima a empresa. O veterinário o examinou e fez um exame de raio x , quando viu que ele estava com a pata direita dianteira fraturada.

Aproveitei e pedi uma bateria de exames dele para ver se estava bem. Voltei para casa com um vira-lata com a pata imobilizada e cheirosinho depois de um banho. Tomou vacinas, remédio para verme e antipulgas. Foi quietinho, deitado no banco do passageiro.