Não sei pilotar um jet ski, mas Pedro com paciência, me ajudou a sair do lugar. Ele abraçou minha cintura, mantendo um pouco de distância além dos coletes. Achei que tinha acelerado demais e freei bruscamente, sentindo de imediato um volume duro contra minha bunda.
Parei o jet ski e não havia muito movimento de outros jet skis ou kites por perto. Pedro apertou minha cintura e pressionou com mais força na minha bunda, enquanto respirava ofegante em meu ouvido, descendo para o meu pescoço. Não consegui me mexer, continuei segurando no guidão, coração acelerado, respiração ofegante, enquanto sentia o corpo dele colado ao meu. Aquela barba rala passando em meu pescoço, o ar quente saindo de sua boca no meu ouvido. A sensação era como se ele estivesse soprando direto na minha entrada.
Senti sua mão direita descer sobre minha coxa, enquanto a outra apertava minha cintura me puxando para ele. A mão que estava sobre a coxa apertou levemente e subiu por entre minhas pernas, devagar. Os sons que eu conseguia ouvir era o de nossas respirações excitadas e as ondas batendo fracamente no jet ski. Sua mão chegou ao limiar da minha coxa e suavemente seus dedos deslizaram na frente de meu biquíni.
Foi a sensação mais gostosa que senti há meses. Pedro se movimentava devagar pressionando seu volume contra mim e passou a aumentar a velocidade, enquanto pressionava seus dedos na minha intimidade, alcançando meu feixe de nervos que já estava inchado e dolorido pedindo por alívio. Primeiro, tudo foi ficando distante e passei a enxergar pequenas luzes no escuro, pois não conseguia comandar os olhos a ficarem abertos. Um calor foi subindo desde os pés junto à uma dormência e por fim estava com os olhos fechados e a boca aberta gozando e tremendo, enquanto sentia Pedro gemendo grudado a mim, tremendo tanto quanto eu.
Ficamos assim, eu na mesma posição ainda me recuperando do êxtase e Pedro com a testa encostada em meu ombro esquerdo também tentando normalizar sua respiração. Não houve uma palavra, apenas Pedro impulsionou o corpo para o lado, girou a chave na ignição me incentivando a seguir pilotando de volta para a praia. Não havia voz. O desejo só nos alcançou tão urgente, que não conseguimos negá-lo.
Ele levou o jet ski para guardá-lo próximo ao carro para usarmos amanhã, enquanto eu subi para o meu quarto para tomar banho e jantarmos em um restaurante há alguns metros do hotel.
Entrei no quarto e me deu logo uma vontade grande de chorar. Passei de traída a traidora, uma coisa que nunca fui. Como vou conseguir me olhar no espelho de novo? Meus pais não me criaram assim, aprendi princípios corretos tanto com seus ensinamentos, quanto com seus exemplos. Não me sinto mais casada, Miguel me quebrou em pedaços tão minúsculos que acho impossível ficar inteira de novo, voltar a confiar em alguém. Pensei durante meu banho rápido e quando saí do banho, ouvi Pedro andando pelo corredor em direção ao seu quarto. Abri a porta do jeito que eu estava, molhada, com roupão branco e toalha no cabelo.
- Pedro, acho que não precisamos ficar para o jantar. Podemos ir para casa agora? São duas horas de estrada, se você quiser eu dirijo.
- Sério? Reservei o hotel para o final de semana, para você relaxar. Você tem enfrentado muitos problemas ultimamente e quando você disse que Miguel não aceitou bem o divórcio, percebi que você precisava se preparar para o que vem pela frente. Miguel não joga limpo Isa, mas se você quiser, podemos voltar agora sim.
Percebi uma tristeza na voz de Pedro, que me partiu o coração. Sem falar que ele fez isso pensando em mim, preocupado com meu bem estar. O que será que ele quis dizer com “ Miguel não joga limpo"?
- Eu sei Pedro e te agradeço muito por isso, mas aquilo que aconteceu entre nós hoje, não pode mais acontecer. Posso me sentir solteira de novo, mas você sabe que não sou. Não é a primeira vez que cedemos a essa aproximação e concordamos não fazer de novo e aqui estamos nós, arrependidos de ter se deixado levado por esse desejo.- Ele baixou a cabeça por um momento, depois ergueu com o olhar triste.
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Traição
RomanceDifícil pensar que confiei, que amei...me entreguei sem reservas a alguém e hoje sinto o gosto amargo na boca, pela punhalada que levei pelas costas. Meu nome é Isadora, mas pode me chamar de Isa. Sou paulista, mas moro há dez anos em Fortaleza -C...