Capítulo 07

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Vou acordando aos poucos com a cabeça não tão pesada dessa vez. Em um movimento rápido eu me levanto assustada, passo a olhar para todos os lados sem parar pois eu nunca havia estado sozinha na floresta depois do apocalipse. O que me deixava mais preocupada ainda era o fato de já estar escurecendo, eu precisava encontrar algum lugar seguro para passar a noite, não estava afim de virar comida de alguma coisa na floresta. Pego minha mochila e adentro na mata em busca de um abrigo! Eu levava em minha mão uma pequena faca, não era lá grande coisa, mas poderia servir para me defender. Conforme eu ia andando pela mata, mais escuro ficava e meu medo aumentava cada vez mais, até que minha única alternativa para sobreviver eram as árvores, então procurei a mais alta que tinha e escalei até a metade dela. Tive que improvisar um apoio em alguns galhos dela para não cair enquanto eu tentava dormir pelo menos um pouco.

Dia seguinte:

Eu planejava dormir um pouco mais, só que um certo tipo barulho não deixou que isso acontecesse. Quando abro os olhos acabo tendo uma surpresa e levando um susto ao mesmo tempo. Confuciusornis estava bem ali na minha frente, ele estava bicando a fivela de ferro da minha bota e isso fez o barulho que não me deixou dormir, e ele só parou com aquilo no momento em que acordei, até parecia que ele queria mesmo que eu acordasse.

— Você não dorme não? — Pergunto. — O sol ainda nem nasceu e você está aqui na minha frente não me deixando dormir!

Ele apenas me encarava enquanto eu me ajeitava no galho, e aquele belo silêncio do começo da manhã foi quebrado por alguma coisa soltando um belo de um rugido pela floresta.

— Ok, eu não sei o que poder ser, mas só pelo rugido, ele deve ser grande e está com fome! — Falo para mim mesma. — Vou sair daqui antes que aquela coisa venha para cá!

Vou me agarrando de galho em galho enquanto Confuciusornis apenas saiu voando e aterrissou lá em baixo como se estivesse me esperando descer.

— Bem que você poderia me ajudar né? — Pergunto no sarcasmo enquanto o encarava.

Eu dei minha atenção total a ele e não percebi onde pisava, acabei dando um passo falso e despenquei lá de cima, e quebrei alguns galhos no meio da queda e por fim caio de cara no chão. Vou me levantando com bastante dor no braço, afinal eu acabei acertando meu braço em cheio em uma pedra.

— Será que essa situação não tem como piorar? — Pergunto a mim mesma enquanto saio andando.

Vou subindo morro acima enquanto segurava meu braço que doía bastante. Quando chego no topo do morro, fico surpreendida pela bela vista que eu tinha ali e o sol nascendo logo atrás de mim o que deixava tudo mais bonito ainda. Aproveito aquela vista para procurar alguma referência para achar a colônia ou achar algum local onde estive antes de me perder do pessoal. Ficou passando pela minha cabeça se quando eles voltaram para a colônia, fico pensando se eles contaram para meus pais o que aconteceu comigo, eles devem estar pensando que eu devo já estar morta, mas minha mãe deve estar brigando com alguém para me procurar. Mas no momento eles com certeza não podem fazer nada a respeito assim como fizeram com todos os outros desaparecidos, se eles não podem fazer nada, então eu irei voltar sozinha, eu irei achar o caminho de casa por conta própria e deixarei meus pais bem orgulhosos de mim.

— Podem me esperar, porque eu vou voltar! — Falo observando o sol.

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