Capítulo 28

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Aquela mulher estava realmente se divertindo com a situação, mas ela também estava me tirando do sério e então acabo empurrando ela com toda a minha força contra a parede de outro container. Ela coloca as mãos nos bolsos da calça e começa a me olhar soltando um sorriso fraco de canto, e eu me encostei na parede tentando controlar minha respiração. Ela me olhava nos olhos, mas logo começou a me olhar de baixo para cima.

— O que foi? — Pergunto.

— Nada... — Diz ela quase num sussurro.

Depois de acalmar minha respiração, eu a encaro pela última vez e saio andando dando as costas, mas ela segura meu braço.

— Me solta! — Ordeno a ela.

— Eu não vou deixar você ir até me dizer o que veio fazer aqui. — Diz ela.

— Eu já disse, eu vim fazer nada, só saí para tomar um ar. — Falo.

— Não mente para mim. — Diz ela

— Não estou mentindo. — Falo engolindo um seco.

— Se não me dizer agora, eu posso muito bem te entregar para meu superior! — Diz ela. — Assim podemos ver que temos uma espiã aqui dentro, então ele não irá aceitar você ou seus amigos da colônia aqui!

Droga, ela me deixou sem saída, agora só me restava contar a verdade se não eu ia acabar com as chances de qualquer um viver aqui.

— Está bem eu falo a verdade. — Falo puxando meu braço. — Eu só queria saber o que vocês guardam ali dentro, só isso!

— Não guardamos nada de importante ali! — Diz ela cruzando os braços.

— Sério? Se não fosse tão importante assim, vocês não iam construir muros em volta do lugar e colocar muita gente vigiando! — Falo. — E os militares pareciam um pouco agitados mais cedo, deve ter acontecido algo nesse lugar que não é tão importante!

Ela abaixa a cabeça por um instante ficando mais séria, então ela me olha e me puxa pelo braço.

— Irei escoltar você até seu quarto! — Diz ela me puxando.

— Se não é tão importante assim, por que se altera? — Pergunto a ela.

— Fica quieta! — Diz ela.

— Não. — Nego. — O que é que vocês guardam aqui em? Se estiverem guardando algo perigoso ali que nem vocês conseguem controlar, não acha que as pessoas que moram aqui deveriam saber? Deviam saber que estão seguras e não preocupadas com militares que não sabem controlar as situações, que ficam entre segredos e se perguntando se são realmente o que estão oferecendo...

— Quieta! — Diz ela colocando a mão em minha boca.

Ela me empurra para se esconder atrás de um container, então percebo dois militares passando, ela havia me empurrado para se esconder. Seguro seu pulso para que ela me soltasse e que eu pudesse recuperar o ar novamente.

— O jeito em que você se altera, só comprova minhas teorias! — Sussurro.

Ela apenas me olha por alguns segundos e me empurra para que eu voltasse a andar, o caminho da volta foi no absoluto silêncio, logo depois já estávamos na frente dos quartos, sem olhar para trás eu sigo meu caminho já que sabia que eu não poderia mais voltar lá, não nessa noite.

— Fique aí e não saia pelo resto da noite, não volte mais lá e não comente nada com ninguém! — Diz ela. — Ou eu te levarei presa!

Ela havia falado em um tom de ameaça, mas não me deixei intimidar por causa dela. Abro a porta e quando vou entrar, percebi que ela ainda estava me vigiando, parecia que queria se certificar de que eu não iria mais sair dali, então finjo coçar o olho com o dedo do meio para provocar. Logo ela fica um pouco séria com um sorriso fraco de canto no rosto como se tivesse aceitado a provocação.

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