Capítulo 34 ‐ Final

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- Me espere no portão do porto! - Diz ela. - Irei busca-la assim que der.

Eu achei meio inesperado aquele beijo, ainda mais em uma situação dessas. Érika se afasta e sai dando passos apressados e eu vou até a porta do quarto, entro rapidamente e começo a procurar minha mochila, assim que eu a acho, começo a colocar todas a minhas coisas dentro dela, pego mais algumas coisas que tinha ali dentro do quarto, como comida e água. Depois de enfiar tudo na mochila, eu a fecho e saio dali. Vou dando passos apressados para longe dos quartos e vou para o portão do porto, assim que chego lá, percebo um militar caído no chão, estava inconsciente, Érika deve ter o nocauteado, mas deixou a arma dele para trás, então só por garantia eu a pego para mim, uma a mais sempre é bom. Fico esperando ali por um bom tempo até que um carro militar para na minha frente.

- Pode entrar! - Diz Érika abrindo a porta para mim.

Sem hesitar, eu entro no carro e jogo minha mochila para os bancos traseiros, e Érika sai cantando pneu.

- Vai divagar, não queremos chamar atenção! - Falo.

- Se abaixe um pouco, podem te ver, isso sim vai chamar a atenção dos outros! - Diz ela.

Me abaixo um pouco no banco assim como ela pediu, mas não demorou muito para a sirene tocar na cidade.

- O que é isso? - Pergunto.

- Já sabem que estamos fugindo, estão nos procurando! O guarda deve ter acordado e nos dedurado ou bem provável que os guardas que ameacei no quartel! - Diz ela. - Agora não adianta mais ir divagar...

- Meu Deus! - Falo nervosa.

Érika começa a pisar no acelerador com tudo, já estávamos chegando na entrada da ponte, os guardas que estavam lá, estavam sinalizando para diminuir a velocidade, mas Érika acelera mais ainda.

- SE SEGURA! - Ela grita.

Os guardas se lançam no chão para que não fossem atropelados, passamos com tudo por eles, quebramos a cancela e batemos em alguns galões que tinham ali, mas mesmo assim continuamos o caminho. Estávamos quase chegando na saída da ponte, quando nos deparamos com os guardas já em posições para disparar contra nós.

- Agora é hora de se abaixar não é? - Pergunto nervosa.

- É, agora é hora de se esconder! - Ela responde. - SE ABAIXA!

Érika se abaixa e me puxa para fazer o mesmo para nos proteger, assim que nos escondemos, os disparos começam, por sorte não nos atigem. Os disparos estavam ficando cada vez mais altos e logo depois, nós escutamos um estrondo, tínhamos arrebatado a outra cancela e passamos por eles. Os tiros continuaram por mais um tempo, mas logo pararam.

- Acha que eles podem vir atrás da gente? - Pergunto.

- Sim, mas não agora, ninguém sai de noite mesmo se for uma grande emergência! - Diz ela. - Podemos ganhar algumas horas de vantagem por isso!

- Temos que sair da estrada se não vão nos achar fácil! - Falo.

- Sim, mas não vamos sair do carro, ainda mais a noite! - Diz ela. - Não sabemos o que tem por aí ainda mais a noite!

- E o que fazemos então? - Pergunto.

- Tive uma ideia! - Diz ela.

Érika vai diminuindo a velocidade e entra em uma pequena trilha no meio da mata, logo depois a mata vai ficando cada vez mais fechada, logo ela sai da trilha e entramos mais ainda na mata fechada. Depois de um bom tempo, ela para o carro e o desliga.

- Pronto, agora estamos longe o suficiente deles, não vão nos seguir até aqui! - Diz ela. - Fecha a janela e trava a porta, vamos passar aqui dentro!

Obedeço seu pedido e o faço, quando volto meu olhar para ela, ela estava pulando para o banco de trás do carro.

- Vem, aqui é mais confortável e quente! - Diz ela me chamando.

Fico um pouco envergonhada, mas logo pulo para o banco de trás. Érika segura meu braço e me puxa me fazendo deitar sob ela.

- Agora o frio não vai mais te incomodar! - Diz ela me abraçando.

- Mesmo em uma situação dessas, você não perde tempo! - Falo.

- É mais forte que eu! - Ela responde. - O que faremos agora?

Essa pergunta fica rodando em minha cabeça, levanto a cabeça para olhar seu rosto.

- Vamos sobreviver! - Respondo.

FIM?!?

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