Capítulo 09

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Depois de passar um tempo pescando, eu percebi que havia pegando muitos peixes e claro, Alex me deixou pescar tranquila dessa vez! Eu iria precisar fazer uma fogueira para poder fritar aqueles peixes, mas para eu fazer isso, eu não posso simplesmente fazer em um local aberto assim, preciso achar outro lugar seguro. Começo a arrancar um pedaço de linha grossa da mochila, e com aquela linha, vou amarrando os peixes uns nos outros para ficar mais fácil de levá-los na mão, calço minhas botas outra vez, pego minha mochila e volto para dentro da floresta. Alex ia me seguindo voando de galho em galho das árvores.

— Ei Alex! — Eu o chamo. — Você não pode me ajudar a procurar lugar bom não?

Com isso, ele sai voando e eu começo a segui-lo! Ele me faz subir um pequeno morro até chegarmos na entrada de uma caverna. Eu estava com medo de entrar, mas a minha curiosidade falou mais alto, acabei entrando nela, e quando passo da entrada, aquela caverna mostrou uma beleza surreal! A metade do teto dela era aberto permitindo que a luz do sol entrasse nela, e também havia uma pequena nascente acompanhada de várias plantas. Também havia vinhas ali, algumas eram tão grandes que tocavam o chão, galhos de árvores também estavam presentes ali dentro. Se hoje em dia não fosse tão perigoso de se viver lá fora, esse lugar até que seria uma boa passar o resto da vida. Eu iria ficar admirando mais se o som da minha barriga roncando não atrapalhasse, deixo toda a admiração de lado e vou para o canto da caverna, pego alguns galhos secos que estavam caídos no chão e vou quebrando eles em quantidades menores e em seguida começo a montar minha fogueira. Com um pouco de esforço consigo ascender uma faísca que logo se espalha e fica maior, em seguida atravesso um graveto por dentro de um dos peixes e o deixo em pé perto do fogo para que ele pudesse fritar sozinho.

Mais tarde:

Eu já havia comido um dos peixes e estava fritando mais, queria mantê-los prontos para mais tarde caso eu sentir fome outra vez. O fogo dava indícios de que iria se apagar a qualquer momento por causa do forte vento que estava dando, começou a ficar muito frio pela chuva que estava caindo lá fora, e estava meio escuro pelo tempo que se fechou de repente, a única coisa que iluminava ali era a fogueira, a todo momento eu jogava cada vez mais lenha para mantê-la acesa, eu me encolhia ao máximo perto da fogueira para me proteger do frio, Alex estava fazendo o mesmo para se aquecer, ficou em cima de minha barriga para aproveitar o calor. Meu medo era acabar pegando uma hipotermia, aí eu estaria muito ferrada, e mesmo com aquele frio todo, eu tentava dormir pelo menos um pouco, aos poucos eu ia fechando meus olhos até cair no sono. Eu não sabia por quanto tempo havia dormido, mas acabei acordando com o som dos trovões, aquilo me assustou muito, quando olhei para o Alex, ele também parecia meio assusto, acho que ele também acordou com os trovões. Tento acalma-lo pelo menos um pouco, mas meu coração acaba disparando assim que escuto passos, alguma coisa estava entrando na caverna e parecia grande, a única coisa que eu fiz naquele momento foi, apagar a fogueira, pegar minhas coisas e se esconder atrás das vinhas que formavam uma grande parede ali. Fico ali atrás apenas esperando e observando por uma brecha para ver o que havia entrado na caverna, meu coração acelerava a cada passo que ele dava.

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