Depois daquela confusão toda, eu voltei para o mesmo lugar, a caverna! Meu pé doía muito pela mordida do lobo, eu precisava tratar aquilo antes que pudesse dar alguma infecção, pelo caminho eu já recolhi algumas ervas para fazer a mesma pasta que usei para tratar dos ferimentos do Gorgonopsid, e falando nele, ele me acompanhou o caminho todo até na caverna, mas ele permaneceu deitado na entrada vigiando os arredores, ele ficou ali como se estivesse me protegendo! Depois de ter tratado meu pé, a fome acabou batendo, eu estava me ajeitando para sair e pegar alguma coisa para comer, mas eu paro quando vejo Gorgonopsid entrando com alguns peixes na boca, ele vem até mim e os deixa no chão e logo vai embora. Aquilo já estava ficando bem estranho pra mim, ele era um carnívoro e o extinto dele seria me matar, mas ele está me ajudando.
— Tentou me matar e agora está me ajudando. — Falo para mim mesma. — Estranho demais.
Aproveito que ele me trouxe aqueles peixes e então começo a montar uma fogueira para frita-los.
Mais tarde:
Já estava começando a anoitecer e a noite estava vindo acompanhada de várias nuvens carregadas, e pelo visto essa seria bem forte, esse ciclo de chuvas nunca para, foi só eu me perder na floresta que esse ciclo começa. Eu estava esperando os peixes chegar no ponto para poder comer, e a chuva já estava começando, com isso Gorgonopsid entrou na caverna para evita-la e se deitou bem na minha frente e começou a me encarar nos olhos.
— O que foi? — Pergunto. — Está me julgando?
Ele não parava me encarar, parecia que ele estava julgando minha alma ou algo assim, mas aquilo estava me deixando constrangida. Passou cinco minutos e ele ainda continuava me olhando sem parar e Alex olhava para mim e depois para ele tentando entender, e eu também estava tentando entender a situação, até que olho para um dos peixes cru que eu ainda não havia posto na fogo.
— Quer um? — Ofereço a ele.
Com isso, eu jogo o peixe em direção a ele e ele apenas o engole de uma vez só, pelo menos aquilo deu uma aliviada nas encaradas dele, ele aboceja, deita sua cabeça no chão e acaba dormindo. Isso me deu um alívio tão grande, ele parecia tão obcecado com algo que dava até medo. Com ele dormindo, eu poderia tentar comer um pouco e dormir também, eu estava exausta.
Dia seguinte:
Eu ainda queria dormir mais, só alguma coisa não parava de empurrar minha cabeça que não me deixava dormir, quando abro os olhos, vejo Gorgonopsid bem perto de mim, ele estava usando seu funcinho para me acordar.
— É sério isso? — Me pergunto. — Não posso dormir em paz também?
Sem paciência, ele morde a manga da minha camisa e começa a puxar e então eu puxo de volta.
— Tá bom, tá bom! — Falo pra ele. — Eu em, parece até minha mãe tentando me acordar!
Me levanto e vou pegando minhas coisas com um pouco de raiva pois ainda estava com bastante sono. Quando termino de recolher as coisas, ele sai da caverna, eu vou logo atrás o seguindo e Alex ia planando de galho em galho nos seguindo. Eu acabei percebendo que o sol nem havia saído por completo e ele me obriga a sair naquele horário, as vezes eu acabava dando alguns cochilo enquanto caminhava, acordei de vez quando senti água gelada em meus pés, foi aí que percebi que ele havia me levado ao mesmo riacho que vi ontem, eu cochilei tanto em pé que não havia visto o tempo passar.
— Estou me sentindo em um jogo de tabuleiro... Nunca saio da mesma casa! — Falo pra mim mesma.
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Tropa Dinossauro
AdventureO que fazer quando dinossauros voltam a vida e querem reivindicar o mundo que já os pertenceu? Iniciada: 30/11/2020 Terminada: 27/06/2021