Depois de passar um tempo refletindo, vejo Gorgonopsid entrando na água para querer atravessar o rio, em seguida ele olha para mim como se estivesse me chamando para ir junto.
— Não vou entrar! — Falo cruzando os braços.
Ele continua me olhando e faz alguns grunhidos insistindo que eu atravesse o rio.
— Eu já disse que não vou entrar! — Falo. — A essa hora, a água está gelada demais!
Com a minha resposta, ele sai da água e vem até mim, então ele morde a manga da minha camisa e começa a me puxar por ela até a água.
— Ei, assim você vai rasgar minha camisa! — Falo a puxando de volta.
Com isso, ele da a volta em mim e começa a me empurrar com o funcinho.
— Tá bom tá bom, eu atravesso! — Falo enquanto o empurro de volta. — E não me empurre mais!
Vou entrando aos poucos na água, por sorte, não era tão fundo ali, a água chegava na altura da minha cintura, mas ela estava tão congelante que só faltava me fazer chorar, afinal estávamos quase entrando na estação do Inverno. Quando finalmente chego do outro lado, eu caio de joelhos, estava tentando esquentar minhas pernas.
— Acho que não estou sentindo minhas pernas! — Falo para mim mesma.
Gorgonopsid logo chega ao meu lado.
— O que foi? — Pergunto.
Ele me olha um pouco e se sacode, e a água que estava nele caiu em mim e ele sai andando tranquilamente.
— O QUE VOCÊ QUER AFINAL? QUER EU PEGUE UM RESFRIADO? — Grito para ele que estava um pouco longe.
Enquanto eu estava zangada com a situação, alguém parecia estar se divertindo bastante e esse alguém era o Alex.
— Pode rir Alex, pode rir! — Falo saindo andando. — Me espera, você anda rápido!
Mais tarde:
Tínhamos parado um pouco para descansar da longa caminhada, paramos em um belo campo aberto, ali, nós poderíamos ter uma visão privilegiada do que poderia sair da mata. Estava aproveitando a brisa leve quando uma manada de cervos aparece para pastar, logo em seguida Gorgonopsid fica em alerta, então ele se levanta e vai vagarosamente até eles.
— E lá vai ele para sua caçada! — Sussurro.
Eu observava atentamente toda a ação do Gorgonopsid, era incrível como ele conseguia se camuflar perfeitamente entre a vegetação, e então, quando ele consegue chegar perto o bastante deles, ele ataca e começa a perseguição. Mas não demorou muito para ele conseguir pegar um, estava começando a pensar se ele iria dividir a caça ou se ele iria comer tudo sozinho, então decido ir até ele.
— Então senhor, queria saber se vai dividir a carne que você tem aí! — Falo para ele.
Conforme eu cheguei perto dele, ele começava a rosnar.
— Que malandro. — Sussurro para mim mesma. — Eu dividi todos os meus peixes com você, se lembra disso? O que custa você dividir essa carne toda que você tem com comigo?
Ele logo me olha e volta a comer, ele simplismente me ignorou ali.
— Tá bom, eu nem queria essa carne mesmo. — Falo enquanto saio andando.
Vou voltando para meu lugar quando ele solta um rugido e eu paro para olha-lo. Ele vai empurrando a carcaça com o funcinho em minha direção e se deita.
— Bipolaridade que se chama! — Falo para mim mesma. — Agora está mesmo querendo dividir?
Vou até minha mochila, pego ela e volto para perto do Gorgonopsid e me sento ao seu lado.
— Olha só, assim como fiz com Alex, irei te dar um nome também! — Falo para ele. — Deixa eu pensar um pouco aqui.
Mil nomes se passavam pela minha cabeça naquela hora.
— Ah, irei chamar você de Gordon, combina! — Falo.
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Tropa Dinossauro
AdventureO que fazer quando dinossauros voltam a vida e querem reivindicar o mundo que já os pertenceu? Iniciada: 30/11/2020 Terminada: 27/06/2021