Com o passar do tempo, eu olhava várias vezes para o sol tentando adivinhar que horas eram, meu relógio havia sumido depois que acordei na margem do rio, provavelmente ele deve ter se soltado do meu pulso e deve ter sido levado pelo rio. Na verdade, eu acabei perdendo metade das minhas coisas por conta da água, principalmente minha comida, estragou tudo ao entrar em contato com a água. Olhei para o céu e chutei que já deveria ser 12h e eu já estava começando a ficar com fome, tentei me virar com algumas frutinhas que eu encontrava nos arbustos, mas eu tinha que tomar cuidado, pois eu poderia estar comendo alguma fruta venenosa e elas não encheram minha barriga, então eu tive que usar a criatividade para caçar alguma coisa. Me sentei em uma pedra e comecei a criar uma lança improvisada, peguei minha faca e a coloquei na ponta de um galho que eu havia quebrado para ficar no formato certo, logo em seguida, para prender bem a faca, tive que rasgar um pedaço de pano de meu casaco para amarrar. E pronto, lança feita com sucesso, me levanto e decido voltar até o rio onde poderia ter alguns peixes. Jogo minha mochila de lado, tiro minhas botas e levanto um pouco mais a minha calça até o joelho. Vejo alguns peixes e me preparo para acertar um deles, na hora que tento golpear, ouço um grunhido que me faz errar. Pego minha lança e olho para trás, tudo que vejo era Confuciusornis em cima de minha mochila apenas me encarando, tinha sido ele que havia soltado aquele grunhido.
— Vem cá, você vai ficar me seguindo? — Pergunto enquanto ele me olhava.
Tiro meu olhar dele e volto minha atenção aos peixes. Coloco todo meu foco no peixe desejado, e na hora em que eu iria golpear, Confuciusornis solta outro grunhido me fazendo errar novamente.
— É sério isso? — Pergunto irritada. — Você vai ficar me atrapalhando mesmo? Eu não sei se você sabe, mas eu preciso comer, e esses peixes estão sendo minha única fonte de alimento no momento!
Ele apenas ficava ali parado me olhando, até que tiro minha atenção novamente dele e a volto ao meu objetivo, antes de tentar golpear, eu olho de canto para ele, vendo se ele iria soltar outro grunhido, mas ele ficou em um silêncio absoluto. Vejo aquilo como passe livre e quando jogo minha lança, ele faz novamente aquela provocação que me faz errar outra vez.
— Pra mim chega! — Falo irritada enquanto saio do rio. — Eu vou transformar você em frango frito agora mesmo!
Vou correndo até ele e me lanço para pega-lo, mas ele desvia facilmente apenas levantando vôo. Quando caio no chão de cara nas pedras, ele pousa sob minha cabeça.
— Você só pode estar aqui para testar a minha paciência só pode! — Falo com o rosto no chão.
Vou batendo em minhas roupas para tirar aquela terra que havia ficando enquanto ia me levantando, e ele continuava em minha cabeça.
— Pode sair por favor? — Pergunto. — Eu preciso pescar, preciso comer alguma coisa!
Ele apenas havia se inclinado para me olhar no rosto, até que então estico minha mão para dar apoio para tira-lo dali. Ele fica parado um pouco e deposita sua confiança em mim, logo ele já estava em cima de minha mão, abaixo ele um pouco para poder encara-lo melhor.
— Acho que já está ficando meio chato eu te chamar pelo seu nome inteiro toda hora! — Falo enquanto ele me olhava fixamente. — Acho que eu irei te chamar de Alex! É um nome bom não acha?
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Tropa Dinossauro
PertualanganO que fazer quando dinossauros voltam a vida e querem reivindicar o mundo que já os pertenceu? Iniciada: 30/11/2020 Terminada: 27/06/2021