Harry's Sky || h.s

n o v e

                             "Desculpa!" Ela diz ainda agarrada a mim. "Eu sou uma fraca!" Uma fraca? Porquê uma fraca?

"Fraca? Porquê?" Pergunto confuso.

Ela separa-se de mim e olha-me nos olhos. Aqueles olhos eram lindos, eu quase me perdia no castanho infinito deles.

"Fraca porquê?" Pergunto novamente.

" Por nunca ter feito isto!" Ela diz corando, e junta os seus lábios aos meus.

Nunca pensei que ela me fosse beijar, mas respondi, abrindo mais a minha boca.

Ela sorri contra os meus lábios,

e agarro-lhe nas costas e puxo-a mais para mim. O beijo e suave e sem língua á mistura, mas decido arriscar tentando entrar com a minha língua na boca dela. Ela congela, mas aceita roçando a língua dela na minha. Oh deus... ela é tão linda!

Ela separasse de mim, mas ainda estávamos colados um ao outro pelos nossos corpos. O peito dela subia e descia com rapidez e o meu também.

"Humm... desculpa!" Ela responde.

"Pêlo quê?"

"Por isto... pelo beijo. Eu não devia... " interrompo-a colando a minha boca na dela, outra vez, para a calar. Já tinha saudades da boca dela apesar de tê-la acabado de beijar. Sinto-a a sorri contra os meus lábios.

"Humm...eu tenho de ir!" Ela diz depois de se separar de mim.

"Oh... Ok." Digo, triste. Eu acompanho-te até a porta." Ela sorri e entra no quarto. Nós tínhamos ficado na varanda. Quando finalmente chegamos a porta de saída, olho para ela.

"Humm..até amanhã!" Digo.

"Até amanhã!" Ela diz e sorri, tal como eu.

Aproximo-me dela e beijo-lhe a cara e abraço-a. "Obrigado!" Digo.

Ela afastasse e assenta com a cabeça.

Vejo-a a sair do portão e a dirigir-se para a sua casa, sem olhar para trás. Será que ela está arrependida?

Não, fui ela que me beijou, e eu ainda não acredito que ela o fez. Parecia um sonho, tornado realida, claro...Os lábios dela eram tão lindos, tão suaves. Meu deus... volto para dentro e fecho a porta a sorrir.

s k y

Não sei o que me deu para o ter beijado. Deve ter sido de estar tão vulnerável, triste e carente. Mas fui tão bom o beijo, que ainda sinto o fantasma dos lábios dele nos meus. Nunca pensei em faze-lo. Eu amei os seus lábios... estavam secos e suaves ao mesmo tempo.

Eu gosto dele, e pela maneira como ele respondeu ao beijo, deve gostar também de mim. Acho.. ou será que não?

Só de pensar que ele me queria com ele, como ele me agarrou faz com que as borboletas no meu estômago acordem e começem a voar provocando-me...

Sem dar por mim, ainda me encontrava em pé em frente ao portão de minha casa, e coro instantaneamente pensando se alguém me tinha visto ali parada. Devem me te achado doida... sorri.

Entrei em casa, e dei conta que a minha mãe estava á minha espera. Bolas, esqueci-me que hoje íamos a casa da minha avó.

"Menina Skylar, por onde andaste?" Ela ironiza.

"Desculpa mãe, esqueci-me completamente!" Digo.

"Pois... nota-se!" Ela diz abanando as mãos no ar.

"Andei por ai..." ironizo e riu.

"Pois, por ai!" Ela diz em tom de troça.

Olha pra ela e reviro os olhos. Ela às vezes é impossível. Viro-lhe costas e subo as escadas. Mas não me dirigo para o quarto, mas sim para o da minha mãe pois era o único que tinha uma varanda que dava para ver a do Harry. Tentei ver se o via, e sorri quando o vi a tocar guitarra. Ele ficava lindo concentrado. E reparei que sempre que estava concentrado, perdia a língua entre oa dentes. Deixei o frio da rua, e fui tomar banho.

Despi as jeans e tirei a camisola, ficando só de roupa interior. Olhei me ao espelho e sorri ao ver uma menina com cara de pateta acabada de receber um beijo do rapaz que gosta. Harry. Entrei no chuveiro, e suspirei de alívio quando senti a água quente a relaxar os músculos.

Deixei-me estar assim durante algum tempo. Debaixo da água quente a pensar na vida.

Quando terminei o meu banho, enrolei uma toalha em mim e dirigi-me para o quarto. Tirei o meu pijama e roupa íntima e pousei-a na cama.

Sequei-me mais com a toalha e fui ligar o computador. Enquanto eu me vestia, a página da facebook fui abrindo. Bolas, a net estava mesmo lenta... comecei por ver as publicações e uma chamou-me a atenção. Era sobre o baile da escola que se ia realizar na próxima sexta que vinha. Á noite, de vestido, a dançar... e sem par! Decidi que não ia, só mesmo se alguém me convidasse é que ia e mesmo assim tinha de me convencer.

Desliguei o computador e adormeci por cima do edredon.