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                                "Bem eu tenho de ir... a minha mãe já deve estar á minha espera!" Digo, e levanto-me. Quando ia a agarrar na minha mala, Harry agarra-me o braço, fazendo-me olhar para ele. Olho-o nos olhos, e vejo tristeza neles.

"Humm..." larga-me o braço, fazendo-me ir com a mão ao sítio onde ele agarrou "... eu acompanho-te até a porta."

"Oh... Ok... vamos!" E saiu do seu quarto, Desço as escadas, e uso o Harry a desce-la de dois em dois. De repente aparece ao meu lado, e abre-me a porta. Sorriu-lhe... e saiu a rua. Estava frio, e fui obrigada a abraçar-me.

"Bem... adeus Sky!" Ele diz e abraça-me.

Adoro como os seus braços me protegem de todo. Senti-mo bem neles... ele é tão carinhoso.

"Adeus Harry..." digo quando ele me beija a testa. "Xau." E saiu dali, o mais rápido possível. Não queria sair dos seus braços, mas ele não gosta de mim... por isso, tive que ser forte e sair dali.

Quando entrei em casa, vi a minha mãe a falar ao telemóvel. Fiz-lhe sinal com a mão a perguntar se estava tudo bem, e ela sorriu, como sinal que sim, estava tudo bem. Subi para o meu quarto, e deitei-me na cama. Como é que até hoje, ainda não me aconteceu nada de bom, a não ser o Harry? Quer dizer, nem sei se ele é alguma coisa boa... ele faz-me bem, mas não é a mesma coisa. Ele não gosta de mim...

Já estava dentro dos cobertores, quando ouço alguém a bater á porta... mas quem é que bem bater á porta a estas horas da noite? No meu relógio marcavam  3h31 da manhã. Deve ser o Harry. O meu subconsciente diz. Não sei... saiu do quarto e desci até á porta de entrada. Quando a abri, dei razão ao meu consciente. Era o Harry.

"O que fazes aqui? A uma hora destas?" Pergunto.

"Humm... hamm... eu-eu queria t-te perguntar uma coisa!" Ele gagueja, e cora furiosamente.

"Oh.. diz! Quer dizer, queres entrar? Está frio." Digo. Ele assenta e eu deixo-o entrar. Conduzo-o á sala e sento-me, fazendo sinal para ele também se sentar. Estamos a meio da noite. O que ele tem para me dizer deve ser muito importante para estar aqui a estas horas. Sorri para ele, e ele cora. Que fofo...

"Diz!" Insentivo-o.

"Eu... eu queria... queria... " e pára e respira.

h a r r y

Anda lá, Harry... 20 segundos de coragem.

Ela olhava-me de uma maneira querida e os seus olhos imploravam para que falasse.

"Eu queria te perguntar se querias ir ao baile comigo?" Suspiro.

"Harry... eu não sei. Eu não ..."

"Eu sei que tu estavas a pensar em não ir, e eu também pensava o mesmo, mas eu tive a pensar  melhor e queria mesmo que tu fosses comigo, fosses meu par!" Interrompo-a.

"Eu não sei..." ela parece confusa.

"Por favor!" Digo e olho-a nos olhos. Ela cora por estar a ser observada por mim. Ela e tão bela, tão linda, tão perfeita.

" OK... Ok... eu vou contigo ao baile." Ela murmura.

"A sério?" Pergunto, ainda não acreditando.

"Sim... a sério!" Ela ri.

Não sei porque o fiz, mas quando dou por mim, estou agarrada a ela, abraçando-a fortemente. Beijo-lhe enumeras vezes a bochecha e colo as nossas testas.

"Obrigado, Sky... obrigado por seres assim!" Digo do fundo do coração. E ela, como sempre cora e esconde a sua cara no meu pescoço. Adoro tê-la assim, abraçada a mim. Eu gosto dela, demasiado até. Mas sou um fraco para admiti-lo. O amor é maravilhoso, quando não se tem medo dele. E eu tinha. Sou um fraco.

Quando ela se separa de mim, sinto-me vazio, fraco...ela é a minha força, o meu ar e o meu mundo!

"Tens de ir... já é tarde e amanhã temos aulas!" Ela diz e boceja.

"Sim... eu vou! Até amanhã Sky!" Digo e beijo a sua bochecha fazendo-a corar. Saiu de sua casa, e sorriu de felicidade...

"Ela vai comigo!" Grito na rua. Com esta felicidade toda, nem reparei que haviam duas pessoas a observarem-me... corei e dei-lhes um sorriso nervoso. O que fazem duas pessoas na rua a estas horas? Bem... acho que não quero saber!

Virei costas e entrei  em casa o mais rápido que consegui, até dar de caras com a minha mãe. Ela olhava-me com um sorriso parvo na cara.

"O que é, mãe? Pára de olhar assim!" Resmunguei.

"Desculpa filho, mas gosto de te ver feliz... e já agora posso saber o motivo da tua felicidade?"

"Convidei a Sky para ser o meu par no baile de sexta!" Disse-lhe corando. Era o baile de primavera. Era feito sempre todos os anos. Era o baile mais simples e bonito que faziam no ano. Os outros dois não... eram uma seca!

"Ai fui? Pensava que não ias... e a Angy? Ela não te disse..."

"Mãe, esquece essa puta!"

"Harry!" Gritou. "Olha a linguagem!"

"Desculpa mãe, saiu-me... mas é verdade! Eu não era feliz com ela, e depois do que aconteceu, nunca mais quero olhar para a sua cara nojenta." Digo e corro escada acima.

Ainda ouvi a minha mãe gritar para lhe contar mais coisas sobre o baile e a Sky, mas não lhe vou dizer nada. Ela às vezes consegue ser mesmo cusca. Pergunto-me o que é que ela fazia acordada a estas horas? Tu também tas acordado! Fala o subconsciente. Mas eu estive 3 horas a arranjar coragem para lhe dizer uma coisa que durou 20 segundos. Os tal 20 segundos de coragem. Certamente, a minha mãe acordou quando me ouviu sair de casa. A minha mãe têm bom ouvido, e ao mínimo barulho que ela ouça enquanto está a dormir, acorda logo.

Harry's Sky || h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora