t r i n t a e q u a t r o

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                             Estava nervosa só pelos simples motivo de ter que ir falar com Harry. Por um lado eu queria esclarecer as coisas, mas por outro o medo dominava-me por completo neste momento.

Antes de sair do quarto olhei-me pela décima vez ao espelho. Estava simples. Umas calças/ jeans e uma camisola de florida larga e as minhas famosas all star brancas.

Agarrei no meu iphone e coloquei-o no bulso de trás das calças/jeans.

Respirei fundo e desci as escadas. Encontrei a minha mãe na cozinha. Ela andava de um lado para o outro aterefada com o pequeno almoço. Eram 10 horas da manhã. Levantei-me cedo porque não tinha sono, ou melhor, não dormi a noite toda por causa da ansiedade.

"Bom dia mãe!"

"Oh... bom dia filha! Anda tomar o pequeno almoço!" Ela diz e eu sento-me ao balcão.

Depois de comer o exagerado pequeno almoço que a minha mãe preparou, levantei-me e fui lavar os dentes. Olhei-me ao espelho e um sorriso parvo ragasva a minha cara. Estava feliz porque ia conseguir resolver as coisas com Harry.

Acho eu... Medo também passava na minha cara. Medo não. Receio, talvez! Respirei fundo e sai do quarto fechando, como sempre, a porta. Desci num ápice as escadas e despedi-me da minha mãe.

Já estava á frente da casa de Harry. Faltava-me coragem para avançar. De repente assusto-me com a porta a ser aberta. Olhei de olhos arregalos para a figura que se encontrava á minha frente. Era a jovem e bonita mãe de Harry e sorria abertamente mostrando as tão famosas covinhas da família Styles.

"Oh... olá querida! Precisas de alguma coisa?"

"H-Harry..." Foram as únicas sílabas que me saíram da boca naquele momento.

"Ele tem andado muito embaixo neste últimos dias. Não sei a razão. Ele está no quarto. Sabes o que se passa?" Ela pergunta preocupada com o filho.

"Posso?" Apontei para a porta. Tinha o coração a bater a mil. Harry durante estes dias tem andado num estado destroçado por minha causa.

Sou uma merda.

"Sim. Entra." Dito isto, entrei em casa e nem pedi permissão para subir até ao quarto de Harry. Nem atrevi a bater á porta. Logo a abri devagar e entrei no espaço escuro. Eu acho que a escuridão vai acabar por me engolir, engolir num buraco frio e escuro sem piedade. Mas eu antes de conhecer a luz, eu tenho de conhecer a escuridão. Vi Harry sentado num pequeno sofá a olhar

para... bem... para nada.

Suspirei baixinho e avançei. Uma enorme vontade de o abraçar apareceu em mim e avançei para ele mais rápido. O quarto parecia ter aumentado uns 20 metros e o tempo tivesse começado a ser mais lento. Estavam todos contra mim naquele momento e não me deixavam chegar ao rapaz de olhos verdes.

"Harry!" Chamei-o baixo e nem deu tempo para ele reagir porque logo me sentei ao seu colo. As minhas pernas uma em cada lado do seu corpo e colei o meu tronco ao dele com a ajuda dos braços. Fui a posição mais confortável que arranjei, e por um certa razão estava bem. Essa razão era Harry.

Enterrei a cara no seu pescoço e beijei o mesmo. Ouvi Harry a suspirar e apertou-me mais contra ele. Estava mesmo a precisar de estar perto dele.

"Desculpa Harry! Desculpa! Eu sou horrível!" Chorei.

" Shh... eu é que fui um caralho. Devia ter ido falar contigo, mas fui um cobarde de merda!" Ele agora chorava como eu. Ambos estávamos no nosso lado mais sensível, e pela primeira vez não tive vontade de esconder a essa sensibilidade.

Inúmeros arrepios percorriam o meu corpo devido ao toque de Harry e podia sentir que Harry também se arrepiava. Adorava o efeito que eu tinha sobre Harry.

Num movimento rápido Harry pegou-me ao colo, fazendo-me agarrar ao seu tronco com as pernas e os braços á volta do seu pescoço. Ri baixinho e apertei-o mais, fazendo-o deixar um gemido muito baixo.

Depois de ter andado um pouco comigo ao colo, sinto algo confortável bater-me nas costas. Era a cama de Harry. Larguei-o e deixei-me cair por completo na cama dele.

Ele agora estava em cima de mim, apoiado pelos braços e pernas, que estavam em cada lado do meu pequeno corpo. A sua cara estava perigosamente perto da minha. A sua respiração estava descontrolada tal como a minha. O seu bafo batia na minha cara e tinha os lábios pressionados numa linha reta.

Suspirei e virei a cara. Ele às vezes consegue virar completamente de humor.

"Sky!" Ele chama. Viro de repente a cara e vejo o quão perto estam as nossas caras, pois os nossos narizes raspavam um no outro. Não estava assim com Harry desde o dia em que lhe disse para irmos 'devagar' na missa relação.

Ele cada vez se aproximava mais de mim, e os seus olhos estavam direcionados para os meus lábios, tal como os meus para os dele.

"Porque é que eu não consigo ficar um minuto longe de ti? Porque?" Ele sussura e eu acento. Eu também não conseguia. Suspiro e solto um pequeno gemido fazendo-o sorrir. Fecho os olhos e por momentos deixei-me levar.

A respiração batia na minha cara cada vez mais rápido e eu abri os olhos, e fui nesse momento que ele raspou os seus lábios nos meus. Isto não estava certo. Não agora.

"Harry... eu... t-tenho..." um gemido é solto por mim depois de Harry beijar o meu pescoço. "... de ir!"

Os beijos que ele depositava na minha pele arrepiava-me por completo. Estava a deixar-me dominar por ele, mas tinha de ser forte o suficiente para parar com isto.

"Harry!" Quase grito. Ele levanta a cabeça até ao nível da minha e olha-me confuso. "Eu tenho de ir!" Digo e levanto-me.

"Oh... Ok." Ele diz e passa a mão pelo cabelo acabando na sua nuca.

"Desculpa! Eu depois digo-te alguma coisa!" Dito isto saiu do quarto quase a correr. Lágrimas teimavam sair dos meus olhos e eu dei permissão.

Harry's Sky || h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora