capitulo 8

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la estávamos eu e Gustavo sentados no chão do seu quarto embrulhando os presentes. pro pai dele era um relógio, pra mãe uma bolsa de marca e pra sua irmã era um sapato.
— eu gosto de dar presentes a eles.
ele falou.
— todo mês faço isso.
— você è um bom irmão e filho.
falei cortando um pedaço de durex. ele riu de canto.
— você também è muito boa.
ele disse colocando a caixa no meio do embrulho. eu tentava ignorar o efeito que aquelas indiretas tinha sobre mim.
— vou precisar que segure na ponta e estique bem.
falei pegando um pedaço maior de durex.
o mesmo fez o que pedi e ele mesmo colocou o laço rosa no embrulho rosa bebê.
— ficou ótimo.
falei observando o resultado.
— agora so faltam dois.
ele pegou mais dois embrulhos, um era vinho e com laço dourado, e o outro azul escuro com o laço branco.
todo momento o Gustavo esbarrava sua mão na minha e toda vez que isso acontecia, eu sentia uma corrente elétrica me percorrendo.
— no que tanto penda YUMY?
por que eu achava tão sexy o jeito dele falar meu nome ao me chamar?
— so estou preocupada com algumas coisas da escola.
— hum.
ficamos em silêncio até o telefone dele tocar, Gustavo se afastou pra atender a ligação e eu terminei de embrulhar o último presente.
apoei a mão no chão pra levantar, coloquei as caixas em um lugar perto da sua cama. juntei os retalhos de papel e fitas que estavam espalhadas, eu sempre fui criada assim, sujar e assim que terminar limpar tudo. aprendi a ser assim com a mamãe. falando nisso, eu preciso ligar pra ela quando chegar em casa. recolhi também a tesoura e o durex.
— onde sera que eu...
me virei rapidamente dando de cara com o gustavo.
— coloco isso?
termino de falar.
— pode deixar que eu guardo isso.
ele sorriu e pegou as coisas da minha mão. jogou dentro de um cesto vazio no banheiro.
— sabe quem era no telefone?
— não tenho a menor ideia.
falei me sentando na ponta da cama.
— era o joaozinho.
ele respondeu cruzando os braços enfrente ao peito. olhei pra ele como se perguntasse, o que tenho haver com isso?
— ele falou bem de você.
— sério?
indaguei surpresa.
— sério.
ele afirmou.
— ele disse que te acha muito...gostosa.
— por essa eu não esperava, mas isso não muda minha opinião sobre ele.
— joão è um cara legal.
ele tentou me convencer do "bom garoto" que o joão poderia ser.
— pode até ser, mas, a fama dele na escola não diz isso.
ele sorriu e o sorriso dele era algo completamente sedutor e misterioso. você nunca sabia se ele estava rindo ironicamente ou verdadeiramente. E era isso que me atraia tanto por ele, o jeito serio, bad boy e largado, e com certeza perigo. O gustavo me cheirava a perigo e isso só aumentava a atração que tinha por ele.
— ele so usa as garotas, as leva pra cama e depois fingi que nem as conhece.
retornei ao assunto, depois de sair dos meus devaneios.
— mas isso acontece porque elas gostam dele.
gustavo tomou uma feição seria.
— diga-me se você estivesse atraída por alguém, transaria com ela?
mas que tipo de pergunta era aquela?
ele se agachou bem próximo de mim, com uma das mãos segurando em minha perna.
— se eu te dissesse agora, que quero tirar toda sua roupa, depois te jogar nessa cama e te fazer gemer ate perder os sentidos, o que você responderia?
ele precisava parar de fazer essas propostas indecentes, porque eu não sei quanto tempo vou aguentar resistir a ele. meu corpo estava pulsando todo so de imaginar aquelas cenas.
— responderia que não.
aquela resposta foi a maior mentira que eu já contei, do jeito que eu estava ali agora, eu imploraria pra ser jogada na cama.
— que engraçado YUMY, porque o seu corpo diz totalmente o contrário da sua linda boquinha.
ele tocou o meu braço coberto pelo moletom e depois dedilhou a lateral do meu corpo. eu não tinha coragem para encara-lo, então foquei meus olhos nas suas mãos que estavam um pouco acima da minha cintura agora.
— gosto do jeito que você fica quando estou por perto, adoro a forma que você se arrepia ao ouvir o som da minha voz.
por DEUS, ele queria o que ? terminar de me enlouquece, è isso? meu nível de sanidade mental não era dos melhores, e so eu sabia como era difícil dizer não pra ele. O olhei ainda meio cabisbaixa.
— você disse que não iria abusar de mim.
falei em um fio de voz.
— tenho certeza que você iria gostar.
ele puxou meu corpo de leve.
— todas gostam do FOGANOLI.
— e eu achando que o joão era mulherengo.
balancei a cabeça.
— eu não sou assim, mas querendo ou não as garotas preferem o garotão irresistível aqui.
ele piscou e imediatamente meu coração errou uma batida.
— certo "garotão irresistível" me leva pra casa, eu preciso ligar pra minha mãe.
cortei aquele momento sedução dele.
— tudo bem.
ele pareceu meio chateado, mas preferi não ligar.
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cheguei em casa e fui logo pegando o celular, coloquei a mochila no chão, digitei o número do celular da minha mãe e no segundo toque ela atendeu.
— YUMY como estão as coisas por ai?
ela perguntou animada.
— normais e as coisas ai em nova york?
— muito boas, eu vou conhecer o meu cliente daqui a pouco. comeu alguma coisa hoje ?
— sim, a CRIS fez um café da manhã reforçado.
— ótimo, querida eu preciso ir. ligo assim que chegar.
ela parecia apressada.
— tudo bem. ate mais.
desliguei o celular e fui tomar um banho. olhei para o relógio em cima do criado mudo perto da minha cama, marcava 16:40. EU mal via o tempo passar quando estava com o gustavo, ele me fazia esquecer de tudo.
depois de tomar um banho levemente demorado, eu coloquei uma calcinha de renda rosa que parece um shortinho e uma blusa enorme da minnie rosa clarinha, que ia uns 4 dedos acima do meu joelho. deixei meus cabelos soltos e fui comer alguma coisa, Cristina ja tinha ido embora, então eu teria que preparar alguma coisa.
peguei um daqueles lanches prontos e coloquei no microondas, esperei os 4 minutos e depois me servi com uma latinha de coca. ERA completamente estranho ficar naquela casa sozinha, porque qualquer barulho que eu escutava, tomava um tremendo susto. comi sem pressa e depois voltei pro quarto, escovei os dentes e me joguei na cama.
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ja era quase meia noite quando tocaram a campainha, eu ja estava deitada na cama. levantei com cuidado e peguei um taco de beisebol que tinha no meu quarto, desci as escadas com o coração quase pulando pra fora de tanto medo. olhei através do olho mágico e não vi ninguém. será que era alguém tentando me assustar?
abri a porta de uma so vez e quase enfarto ao me deparar com o gustavo. ELE começou a gargalhar da minha reação. estava com a mão no peito e provavelmente com os olhos arregalados.
— ficou doido?
perguntei nervosa.
— quase morro de susto, gustavo.
— desculpa, eu não queria te assustar.
ele disse levantando os braços e eu revirei os olhos.
— o quer aqui?
perguntei brava por causa daquela brincadeira idiota dele.
— na verdade nem eu mesmo sei, eu queria apenas ver você.
ele disse colocando as mãos nos bolsos da calça. ele estava com uma blusa cinza colada ao corpo e uma calça também cinza, mas escura.
— estava dormindo?
ele perguntou olhando pra minhas pernas desnuda.
— estava cochilando.
respondi acanhada.
— quer entrar?
aquela pergunta saiu sem eu querer, não era pra mim ter falado aquilo. ele assentiu e eu dei passagem. fechei a porta e coloquei o taco atras dela.
ele se sentou no sofá e eu me sentei no centro de vidro de frente para ele.
— nunca mais me assuste desse jeito, eu pensei que fosse um bandido ou algo do tipo.
— eu ja pedi desculpas e vai dizer que não gostou de saber que era eu ?
ele tinha os cantos dos olhos avermelhados, igual os lábios. ele não estava drogado, estava? não creio que ele faça isso, não mesmo.
— o que aconteceu com sua boca?
falei passando a mão pelo minúsculo ferimento que havia ali. ELE olhou para a minha mão e depois pra mim.
— não foi nada.
Gustavo tirou minha mão dali e me puxou bruscamente pro seu colo, levei um susto maior do que havia levado minutos atras.
sua mão pausou nas minhas costas e ele me deitou no sofá. meu coração estava batendo a mil por hora. ELE se ajeitou entre minhas pernas e ficou sobre mim, fiquei imóvel e sem conseguir pronunciar um "a".
— você me acalma.
ele disse beijando meu pescoço. ELE deu pequenas mordidinhas ate chegar no meu queixo. senti suas mãos geladas entrarem por baixo da minha blusa, e um arrepio de excitação me consumiu. ELE apertou de leve minha cintura e chupou meu pescoço. gemi baixo. suas mãos continuaram a subir em direção aos meus seios, antes que ele fizesse isso, eu as segurei, ele me olhou e tirou as mãos do meu corpo. quando eu achei que o mesmo fosse se afastar, Gustavo me surpreendeu levantando minha blusa e distribuindo beijos pela minha barriga.
meu corpo estava sendo usado pelo demônio, e eu não estava nem querendo relutar. sua boca tocou o elástico da minha calcinha, meu deus aquilo ja tinha ido longe demais.
— Gustavo, por favor...para.
usei o pingo de raciocínio que eu ainda tinha. seu corpo abandonou o meu e confesso que senti falta do seus toques.
— acho melhor eu ir.
ele disse se levantando e me olhou. EU ainda estava deitada no sofá com uma mão na barriga e a outra jogada pra fora do mesmo.
— antes que eu faça algo que me arrependa profundamente depois.
ele saiu batendo a porta e eu suspirei profundamente. O que raios tinha acabado de acontecer aqui? olhei para o teto e depois para o meu corpo.
Gustavo era o demônio em pessoa, o demônio pelo qual eu estava loucamente atraída.

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