capitulo 10

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      essa devia ser a décima vez que eu me revirava na cama, quase cinco da manhã e eu não conseguia tirar as palavras do Gustavo da cabeça. Já não bastava ele me atormentar durante o dia, agora da noite também. O maior problema era que eu começava a imaginar nos dois em cima daquela cama, comentando loucuras. Eu imaginava seus lábios em minha pele, imaginava minhas unhas gravadas nas suas costas.
       aquilo já estava começando a me torturar. Mas eu amava conversar com ele, e adorava quando ele me dizia coisas safadas e me olhava de forma sedutora. Uma coisa que eu morria de curiosidade era de saber o gosto do beijo dele, com certeza deveria ser quente, muito quente.
     mas que merda! Por que faz isso comigo Gustavo? daqui a pouco a cris chega e eu ainda estou acordada. A ameaça dele ainda martelava na minha cabeça e eu não via a hora do dia dele me castigar chegar.
     olhei para a hora no meu celular e ja era quase 06:00. Me levantei e ouvi a porta abrir. Cristina. Tomei um banho sem pressa e por um momento imaginei Gustavo ali comigo me beijando loucamente e passando as mãos pelo meu corpo.
     terminei o banho e me enxuguei. Peguei meu creme corporal, passei primeiro nas pernas e depois nos braços, ele cheirava a morango. Penteei o cabelo e depois me vesti. Desci as escadas encontrando Cristina fazendo o meu café. Sorri e a mesma retribui.
— bom dia.
      falei me sentando na mesa.
— bom dia.
      ela respondeu colocando uma caixa dom suco natural de laranja em cima da mesa.
— tinha uma mensagem na secretaria eletrônica, era a sua mãe, eu acho que ela ligou no seu celular e você não atendeu. Ela me pareceu meio brava.
— sabe que horas ela mandou essa mensagem?
— creio que foi durante a noite, porque na mensagem ela dizia algo como "onde você esta uma hora dessas".
     ela se virou para o fogão e meu coração bateu mais forte e rápido.
— acho que eu ja estava dormindo, eu irei retornar a ligação depois.
      sorri e corri pro meu quarto onde estava o celular. Mas agora quem não atendia era ela. Tentei mais duas vezes e nada, desisti.
— vou tentar ligar mais tarde.
       falei ao retorna a cozinha.
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— quero que prestem bastante atenção, porque esse vai ser o trabalho que vai salvar a nota de vocês, então eu...
     o professor explicava o projeto de física antes do  inpestor abrir a porta o interrompendo.
— com licença, estão chamando a senhorita cooper na secretaria.
       ele falou e o professor olhou para mim. Ele afirmou com a cabeça, que eu podia sair.
     mas quem seria e o que queria? sera que fiz algo errado.
— ele esta ali.
        espera "ele"?. Caminhei até ele sem acreditar no que meus olhos estavam vendo.
— Gustavo, o que raios esta fazendo aqui?
      falei meio alterada.
— eu esperava uma recepção melhor.
       ele falou tirando os óculos escuros e me encarando.
— fala logo o que você quer, eu estou perdendo uma matéria importante.
— vim te fazer um convite.
       ele disse e eu fiquei esperando ele continuar.
— vim te convidar para ir em uma balada comigo amanhã, é a festa de um amigo e eu queria te levar.
— deixa ver se eu entendi. Voce veio aqui na escola e me tirou da sala, sendo que estava tendo uma matéria improvável, para perguntar se eu quero sair com você?.
     falei indignada.
— é isso ai.
     ele sorriu irônico.
— não podia esperar eu ir embora?
— na verdade sim, mas, eu gosto de fazer as coisas do meu jeito.
      ele deu dois passos em minha direção.
— então, você topa?
— tudo bem, agora eu preciso voltar para a aula.
       falei dando as costa para ele.
— te encontro na hora da saída.
ouvi o mesmo gritar e voltei para a sala. O professor estava passando os tópicos do trabalho na lousa e eu comecei a copiar. Algo dentro de mim não via a hora de ver o Gustavo de novo. Eu estava viciada em ouvir sua voz e sentir seu cheiro todos os dias. Pergunto-me quando mamãe voltar ainda vou ter essa liberdade toda. Mas eu não me importava com a opinião dela.
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passei pelo portão da escola, encontrando Gustavo encostado no carro dele fumando um cigarro. Atravessei a rua e ele sorriu safado pra mim.
— cada dia que passa, eu confirmo cada vez mais que você é um louco.
falei. Senti ele me puxar pela cintura e colar meu corpo ao dele.
— loucura seria se eu te beijasse na frente de toda essa gente agora.
o seu dedo indicador fazia um carinho em minha cintura.
— devia se considerar uma garota de sorte.
— por que ?
— esta vendo aquela garota de verde conversando com uma morena?
ele disse e eu assenti.
— ela esta morrendo de ciúmes de você aqui comigo.
— como pode saber uma coisa dessas?
falei dando um tapa em seu braço.
— ela não para de olhar para ca e sussurrar com a amiguinha.
dei risada e balancei a cabeça.
— vamos nos divertir amanhã.
ele falou jogando o cigarro no chão.
— você é a única pessoa que conheço que vai para a balada no meio da semana.
— vai ser legal e eu sei que você vai gostar.
agora suas mãos desciam até o meu bumbum, mas antes que ele pensasse em fazer algo, eu me afastei.
— eu não sei como ainda não transei com você.
— talvez você não seja bom o suficiente.
falei e me virei de costa para ele. Suas mãos fortes agarraram minha cintura e me puxou de volta para ele. Gelei ao sentir algo chocar contra o meu bumbum. Gustavo era mais alto que eu, então aquela sua parte estava roçando em mim.
— não me provoque YUMY, você não sabe do que sou capaz.
ele beijou meu pescoço e depois subiu até meu ouvido.
— mas se quiser saber, eu posso te mostrar mais tarde.
tombei minha cabeça para trás deitando no seu ombro. Não tinha quase ninguém enfrente a escola, apenas alguns alunos brincando entre si. O meu corpo estava quente e começando a suar. Essas era as reações que Gustavo provocava em mim. Eu também gostaria de saber como ainda não transei com você, Gustavo gostoso foganoli.

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