capitulo 16

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o domingo ja tinha chegado, mamãe me acordou de manhã cedo para ir ao culto com ela. A gente não tocou mais no nome do Gustavo, depois daquele dia na casa dele. Ajeitei meu vestido azul no corpo que ia um pouco acima do meu joelho e coloquei uma blusa fina preta de frio.

 Ajeitei meu vestido azul no corpo que ia um pouco acima do meu joelho e coloquei uma blusa fina preta de frio

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Dei uma ultima olhada no retrovisor para conferir meu cabelo. Quando chegamos na igreja, eu sai do carro e segui a mamãe.
— vem, eu vou te apresentar ao YOONGI.
ela disse sorrindo. Eu não me sentia nenhum pouco confortável com aquilo.
— eu nem mesmo sabia que Eliza tinha um filho.
— ele tem 18 anos e é um bom rapaz.
caminhamos ate o banco onde sempre sentávamos e a Eliza também estava lá.
— LI que prazer em ve-la.
as duas se cumprimentou com um abraço. Coloquei um sórdida falso no rosto e a cumprimentei com um abraço também.
— então, onde esta o Yoongi?
era realmente necessário ela perguntar aquilo?
— estou aqui.
ouvimos uma voz e olhamos ao mesmo tempo para olhar. Então aquele era o Yoongi? ele era uns 10 centímetros mais alto que eu, tinha os cabelos pretos e bagunçados, seus olhos eram escuros também e a pele extremamente branca. Ele tinha um sorriso largo no rosto. Dizer que ele era feio, seria mentira.
— prazer em conhece-la YUMY.
ele estendeu a mão e eu peguei sorrindo.
— digo o mesmo.
respondi.
— Mamãe eu ja voltou.
— a onde você vai querida?
— tomar um ar antes do culto começar.
— por que não a acompanha Yoongi? é bom que se conhecem um pouco melhor.
Eliza sugeriu. Estava torcendo para que ele recusasse.
— seria um prazer.
ele respondeu.
eu apenas sorri e saiamos da igreja. Caminhamos para um jardim repleto de flores.
— o que pretende fazer daqui uns anos YUMY?
ele perguntou colocando as mãos no bolso da calça jeans.
— eu espero que esteja pelo menos terminando a faculdade.
cruzei os braços estranhando ele fazer aquele tipo de pergunta. Normalmente as conversas se inicia com "o que você faz nas horas vagas " e "de que música você mais gosta ".
— e você?
perguntei inspirando o cheiro das flores.
— bem, eu gostaria de ser músico.
ele respondeu acanhado.
— eu amo tudo que tem haver com música.
— gostaria de te ouvir cantar ou tocar qualquer hora, se não se incomodar claro.
falei fazendo ele sorrir e acabei o acompanhando.
— pode deixar.
depois de uns vinte minutos conversando, a gente voltou para dentro da igreja. Ele se sentou ao lado de sua mãe, que estava ao lado da minha. Preferi sentar no último banco sozinha. Olhei para todas aquelas pessoas ao meu redor, tendo a certeza que todas elas, ou pelo menos a maior parte, pensa da mesma forma que a mamãe. Cruzei minhas pernas e joguei a franja para trás, sentindo um aroma de menta invadir minhas narinas. Não podia ser. Eu conhecia aquele cheiro bem demais.
— sabia que estaria aqui.
ele sussurrou no meu ouvido, enquanto o pastor pregava la na frente. Eu não me atrevi a sequer olha-lo. Minhas mãos e pernas estavam tremendo, e o meu coração batia em um ritmo louco.
— não pode ficar aqui.
me afastei um pouco dele.
— e por que não?
ele me puxou de volta, passou a mão pelo meu ombro e tirou um pouco o cabelo do meu pescoço.
— quem é o seu novo amigo?
ele falou apontando para o Yoongi com o dedo indicador, ele estava a uns três bancos a frente do nosso.
— Yoongi. Mamãe acha que pode rolar algo entre nós
— como?
ele falou baixinho, mas eu percebi raiva em sua voz.
— jamais iria rolar algo entre vocês.
— como pode saber disso? é vidente agora?
falei o provocando.
— ele não seria louco de chegar perto de você.
— e se a gente ficar junto e se casar ? você estaria errado sobre nunca rolar algo entre nos dois.
rebati e ele me olhou com a sobrancelha arqueada.
— antes disso acontecer, eu o mato.
Eu nunca sabia quando o Gustavo estava brincando ou falando a verdade, mas ele não parecia estar brincando agora.
— você não teria coragem de fazer isso.
balbuciei um pouco alto e algumas pessoas olharam para nós, inclusive a mamãe. Gustavo percebeu e tentou me acalmar fazendo carinho no meu braço. Deitei minha cabeça em seu ombro e desviei o olhar do dela.
mamãe tinha que aprender uma coisa, eu não seria para sempre a garotinha dela, eu posso ainda não saber 100% o que é bom para mim, mas eu sei de uma coisa, o Gustavo me faz feliz. É ele que eu quero do meu lado. Ela não podia impedir aquilo. O que mais me deixou feliz foi quando Gustavo entrelaçou nossas mãos, aquele podia ser um gesto simples, mas, para mim era extremamente significante.
eu sabia que mamãe não tinha vindo até nos dois e me tirado a força dos braços dele, porque não queria fazer escândalo dentro da igreja, mas se fosse em outro lugar ela estaria gritando e me xingando.
quando o culto acabou, Gustavo saiu e me puxou junto para fora da igreja. Eu estava pouco me importando para o que as pessoas iriam pensar naquele momento, ou o que iriam falar, eu queria apenas ser feliz, sera que isso é pedir muito?.
— não quero ficar longe de você.
falei quando paramos e ele ficou na minha frente.
— aceita fugir comigo?
ele se sentou no capô do carro e me puxou para o meio das suas pernas.
— e pra onde nos iriamos?
perguntei rindo.
— não sei, que tal Nova york? eu gosto de la.
ele sorriu e meu coração errou uma batida.
— nunca conheci, mas adoraria.
não importa o lugar, se Gustavo estivesse comigo, eu iria até o fim do mundo.
— fugiremos na sexta, então.
ele me deu um beijo na bochecha.
— você faz tudo parecer tão fácil.
— eu acho que esse é o meu dom.
minha testa estava colada na sua e nossos olhos se encontrava fechados.
talvez esse seja mesmo o dom de Gustavo, tirar todos os pensamentos e coisas negativas de mim. Eu não via lado ruim em estar com ele, e também não entendo como mamãe pode ver. Quando o conheci eu achava que ele iria ser mais um daqueles garotos irresponsáveis, se bem que em algumas partes ele é, mas eu estava apaixonada por ele do mesmo jeito.
seus lábios tocaram nos meus e eu senti como se existisse apenas nos dois no mundo. Eu tinha certeza dos meus sentimentos por Gustavo, e não era apenas uma atração física, ia muito além disso. Mas, eu pergunto, sera que ele sentia o mesmo?

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