cspitulo 9- perdição

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"YUMY! YUMY!"
acordei com alguém me gritando. Abri os olhos encontrando a Cristina. olhei ao meu redor, a enorme janela da sala estava aberta e um clarão entrava por ela.
— YUMY já são 06:50, você não vai pra aula hoje?
ela falou de uma forma meiga. Me sentei no sofá e percebi que aquele não era o meu quarto. Não ir para aula hoje, não parecia tão ruim assim.
— eu vou me arrumar.
levantei e fui para o quarto. Coloquei a roupa de escola e peguei minha mochila enfiando a roupa de educação física dentro dela. Não tinha tempo para tomar banho hoje, depois da aula de educação física eu tomo um na escola mesmo.
— não quer comer nada ?
Cristina me perguntou ao ver eu indo em direção a porta.
— eu como na escola, até mais.
sai correndo. Hoje eu teria que pegar o ônibus de novo.
repeti o mesmo processo do dia anterior. Cheguei na escola as 07:10. Passei pelo portão no estilo flash. Fui ate o armário e guardei a mochila, corri pro vestiário. O local estava vazio, o que quer dizer, que todos da minha sala ja estavam em aula.
tirei o uniforme da escola e coloquei a roupa de educação física. Um short vermelho que mal tampava as coxas e uma regata branca. Para a maioria das garotas aquela roupa não passava de uma forme de atrair os garotos. Para mim era completamente tosco. Guardei o uniforme da escola dentro da mochila e a guardei no armário. Sai do vestiário amarrando o cabelo em um coque.
cheguei ao ginásio atraindo a atenção de todos. O técnico maccal se virou para mim com o apito ainda na boca.
— está atrasada senhorita cooper.
ele disse ajeitando o boné.
— eu tive um pequeno incidente.
estava tendo sonhos eróticos com um tal de Gustavo foganoli, acabei dormindo mais do que devia e perdi a hora, esse era o meu pequeno incidente.
— sabe muito bem que não tolero atrasos.
o técnico maccal era conhecido por ser muito rígido com seus alunos.
— dez volta ao redor do campo.
— dez voltas ? ao redor do campo? mas...
— quer que eu suba para vinte ?
— não.
respondi derrotada.
— agora vai e lembre-se, mesmo eu não estando la, eu vou estar la. E vou saber se trapacear.
o olhei tentando entender o que ele quiz dizer com aquilo. Mas desisti dando meia volta bufando de raiva.
— EU OUVI ISSO MOCINHA.
ele gritou.
fui para o campo onde o time de futebol treinava, todos os jogadores estavam sem camisa. Eu não era uma tarada, mas olhar todos aqueles garotos sem camisa treinando, era quase o paraíso. Balancei a cabeça e comecei a correr, quanto mais rápido eu corresse, mais rápido terminaria. Dei a primeira volta quando senti alguém ao meu lado.
— precisa de companhia?
João perguntou correndo junto.
— não è necessário.
respondi sendo seca. Ele deu uma risada curta.
— sou João.
— eu sei quem você è, todas as garotas sabem quem você è.
tentei manter uma pose seria, mas eu não conseguia ser ignorante com ninguém.
— por que esta correndo aqui?
— cheguei atrasada e o senhor maccal me obrigou a pagar dez voltas.
respondi completando a terceira volta.
— wow, ele pegou pesado.
ele brincou e eu assenti. Por que ele veio falar comigo de novo?
senti uma forte pontada no estômago e uma forte tontura. Senti minha visão embaçar e as pernas tremerem. Não ouvi e nem vi mais nada depois de fechar os olhos.
——————————————————————————
acordei na enfermaria da escola, eu havia desmaiado. Meu estômago ainda doía e minha cabeça estava doendo. Tudo bem, eu concordo que acordar e não tomar o café da manhã, e ainda dar quatro voltas em torno daquele campo enorme, era loucura. Minha mochila estava jogada perto da maca onde eu estava deitada. A enfermeira entrou e examinou meus olhos.
— isso è fome, eu te recomendo comer alguma coisa.
ela falou tirando as luvas das mãos.
— vou te dar um passe pra sair mais cedo hoje, sendo assim, não precisa assistir o restante das aulas.
ela me entregou o passe e eu fiquei extremamente grata. peguei minha mochila e dei tchau para ela. O que me incomoda era estar com aquelas roupas ainda. Entreguei o passe a um dos seguranças mo portão e fui embora. Soltei meu cabelo.
se eu já não tirava o Gustavo da cabeça antes, imagina agora, depois do que aconteceu ontem. Passei a mão pelo meu pescoço ainda sentindo os seus lábios ali. Eu queria sentir aqueles toques novamente, mas não tinha certeza se o Gustavo era a pessoa certa para isso. Na verdade, eu me sinto muito receosa, porque toda vez que estou com ele, a minha mãe vem na cabeça me xingando e dizendo que sou uma vadia.
passei por um beco sem saída, vinha um som de música eletrônica vindo dali. Vários carros e varios jovens, todos bebendo e fumando. Olhei mais para o meio deles e encontrei alguém que não queria. Gustavo estava encostado em um carro e tinha uma garota loira abrindo os botões do camisão jeans dele.
seu olhar cruzou com o meu e ele pareceu surpreso. Passamos uns vinte segundos assim. Até eu retornar a andar. Ja tinha me distanciado um pouco do local quando ouvi Gustavo me chamar.
— YUMY.
ele me gritou, mas eu fingi não ouvir e atravessei a rua. Gustavo correu mais rápido e se colocou na minha frente.
— não sabia que saia essa hora da escola.
ele disse fechando os botões do camisão.
— passei mal na escola e fui dispensada.
falei de uma forma meio rude.
— seu amigo que me ajudou.
falei aquilo apenas para ver a reação dele.
— João?
ele perguntou um pouco nervoso. Eu assenti.
— por que passou mal?
— acordei e não comi nada desde ontem.
falei pulando a parte que joão correu sem camisa do meu lado.
— vem vamos comer alguma coisa.
antes que eu respondesse, ele me puxou pelo braço.
— o que quer comer?
olhei envolta e a única opção que tinha ali, era a barraquinha de cachorro-quente com apenas duas mesas.
— cachorro quente.
me sentei em uma das mesas, enquanto ele foi fazer o pedido. Fitei seu corpo enquanto, o mesmo estava de costa para mim. Até agora eu tentava entender como tinha dito não para tudo aquilo. Gustavo era um completo...gostoso. Eu também tentava entender como as coisas estavam acontecendo rápido demais, eu jamais imaginei que seria amiga dele e principalmente tendo ele me provocando daquele jeito. O mesmo pagou e se sentou ao meu lado.
— obrigada.
dei uma enorme mordida no cachorro quente com muita vontade, meu deus parecia que fazia anos que não comia.
— aqueles eram seus amigos?
— não os considero amigos, eles são colegas.
ele respondeu dando de ombros.
— então o joão te ajudou?
— sim. Eu desmaiei e ele me levou até a enfermaria.
dei uma mordida menor e fiquei estática quando Gustavo limpou o canto da minha boca com o dedo que estava sujo de ketchup e depois levou o dedo até a boca, o lambendo para tirar o ketchup.
— YUMY eu queria te pedir desculpa por ontem, eu acho que passei um pouco dos limites.
não pensei que ele fosse se desculpar por aquilo e também não precisava.
— tudo bem, não se preocupe.
dei um sorriso e o mesmo sorriu junto. No final comi todo o cachorro quente e tomei minha lata de coca cola.
— vai ter um jantar la em casa hoje, alguns dos meus amigos vão e eu quero que você va tambem.
— tudo bem.
falei mexendo a latinha, cruzei minhas pernas e percebi o olhar de Gustavo encima delas.
— o que foi?
— você tem pernas bonitas.
ele respondeu mordendo os lábios. Meu deus isso acabava comigo.
— realmente você è muito gostosa.
— GUSTAVO!
o repreendi rindo.
— vai dizer que não me acha gostoso também? eu tenho certeza que você me quer.
ele falou me olhando nos olhos e eu tinha que assumir, eu o queria muito.
— você esta errado. Eu não quero você.
— mesmo? não parecia isso ontem a noite.
ele disse malicioso e eu senti meu rosto esquentar.
— enquanto, eu tocava o seu corpo com a boca.
— ja chega. Eu estou indo embora.
falei me levantando e pegando a mochila.
— por que ? agora que a conversa estava ficando boa.
ele provocou me segurando pela mão. As vezes eu achava que o Gustavo era bipolar, em um momento ele estava me pedindo desculpas por ter sido safado, e em outro estava fazendo tudo de novo. Mas, sem dúvidas eu prefiro o Gustavo safado.
— porque você um tarado, Gustavo.
— eu ?
se fingiu de vítima.
— você que deveria ser menos gostosa.
— você è um louco,só pode.
revirei os olhos.
— mudei de planos.
     ele falou e eu o olhei confusa.
— o jantar de hoje será apenas eu e você.
— e se eu não quiser ir?
— eu te faço ir por mal, e tenho certeza que não vai querer me ver fazendo isso.
      ele falou colocando as mãos nos bolsos da calça.
— como se eu tivesse medo de você.
     resmunguei.
— deveria ter YUMY, deveria ter.
    suas mãos pegaram o isqueiro no bolso traseiro junto com o cigarro.
— eu sei que você me quer YUMY, a sua boca pode até dizer que não, mas o seu corpo diz totalmente o contrário.
    meu corpo estremeceu todo.
— esteja pronta as 21:00.
     mas que raios de jantar tarde é esse?
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      ja sentiu como se quisesse algo que não pudesse ter? eu estava me sentindo exatamente assim agora. Eu queria o Gustavo, mas estava incerta sobre isso. Eu ja havia terminado de me arrumar, me olhei no espelho e gostei do resultado.

     liguei para a mamãe hoje a tarde e ela me disse que em dois dias estaria de volta

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     liguei para a mamãe hoje a tarde e ela me disse que em dois dias estaria de volta. Me lembrei que hoje teria culto na igreja, mas não estava afim de ir. Desde quando eu sou rebelde assim?
    desde quando aquele loiro gostoso entrou na minha vida.
      ouvi uma buzina e meu coração acelerou. Ainda dava tempo de desistir, mas quem disse que eu queria isso?. Desci as escadas, olhei a hora no relógio e marcava 21:00 em ponto. Depois sai de casa indo ao encontro de Gustavo, ele estava lindo.
— bonita roupa.
      ele disse me examinado.
— obrigada.
     respondi feliz por ele ter reparado.
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    quando eu estava com Gustavo, as únicas coisas que se passava pela minha cabeça eram coisas pervertidas. Ele fazia eu ficar assim e a pensar assim. O cheiro que vinha da cozinha era delicioso, seja la o que raios o Gustavo está preparando, parecia estar delicioso.
     terminei de beber a água e levei o copo até a cozinha. Gustavo estava escorado na mesa e me olhava de forma estranha. Eu queria saber o que se passava na sua cabeça.
— o que vamos comer?
— gostaria que fosse você.
    ele disse se aproximando de mim.
— c-como?
     tentei refletir a sua resposta. Eu estava tão extasiada que nem percebi quando ele me ergueu pela cintura e me colocou sentada na mesa. Ele se colocou no meio das minhas pernas.
— sabe qual a minha vontade agora ?
       ele colocou meu cabelo todo para trás.
— te fazer gritar o meu nome bem alto.
       o encarei sentindo a minha respiração falhar. Senti ele lamber o meu pescoço e acariciar a minha cintura. senti-me amolecer e apoiei minhas mãos em seu ombro. O meu casaco foi tirado do corpo e atirado no chão, uma de suas mãos apertava a minha coxa e a outra minha cintura.
— gustavo...
        suspirei quando ele desceu do meu pescoço para o meu colo desnudo. Seu quadril roçou no meu, e eu senti algo se forma no meio de suas pernas.
— você vai implorar por mim, vai implorar para mim te dar prazer. Eu sei que vai.
       ele sussurrou em meu ouvido.
— e quando isso acontecer, eu não terei um pingo de piedade de você. Eu vou te jogar na porra da minha cama e te fazer pagar caro por negar que me quer.
       ele deu um beijo no meu colo e se afastou. Fiquei aliviada por ele ter se afastado, mas fiquei chocada com as suas palavras. Por que ele gosta de me provocar tanto?

between reason and emotionOnde histórias criam vida. Descubra agora