capitulo 28

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terminei de vestir a roupa.

    E fui até a janela ver se o Gustavo estava chegando

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E fui até a janela ver se o Gustavo estava chegando. Para a minha infelicidade, ainda não. Olhei-me no espelho, respirando fundo e com a ideia na cabeça que estava fazendo a coisa certa. O brilho reluzente de dois faróis entrou no meu quarto, eu sabia que era o Gustavo, e naquele momento o meu coração disparou, parecia que iria sair pela boca.
Eu não podia amarelar agora, não seria certo fazer isso com o Gustavo e nem comigo. Joguei a mala de alcinha no ombro e peguei a de rodinhas na mão para não fazer barulho, eu estava andando nas pontas do pé, desci as escadas e abri a porta. Dei uma ultima olhada antes de sair, senti meus olhos enxergarem de lágrimas, mas, tratei imediatamente de engolir o choro.
assim que abri a porta do carro, o Gustavo me olhou sorrindo. Ele pegou as malas e eu fechei a porta. Coloquei a chave reserva da minha casa no bolso de trás da calça. Queria ter dado um último abraço na mamãe, apesar de tudo, ela me deu a vida e eu seria eternamente grata a ela por isso.
— eu ainda não acredito que estou fazendo isso.
falei quando o Gustavo terminou de colocar as malas no porta malas.
— pode perecer mentira, mas, eu também não estou acreditando.
ele sentou no lado do motorista e me encarou.
— E olha que eu ja fugi varias vezes da escola, so que nem se compara a isso.
— você é louco.
murmurei rindo.
— E é por isso que você me ama.
ele me deu um selinho rápido. Logo, ele ligou o carro e demos partida. Aquilo não teria mais como voltar atrás, e eu estava ciente disso. A imagem da minha casa desaparecia cada vez mais. Mordi o lábio e virei para a frente.
— você esta bem?
ele perguntou me olhando de relance.
— estou.
passei o cinto pelo meu corpo e me aconcheguei no banco macio.
Las Vegas, California. Esse era o nosso destino, um lugar que eu e o Gustavo escolhemos e achamos que seria interessante morar. O ruim de estar fugindo é que, você não sabe o que acontecer depois e nem mesmo em como sua vida vai ser a partir de agora, não sabe se encontrará pessoas pra chamar de amigos.
mamãe iria enlouquecer quando acordasse e visse que não estou em casa e nem mesmo pronta para viajar. Eu podia até ver a expressão de assustada e surpresa em seu rosto.
— tem certeza que esta bem?
Gustavo voltou a perguntar.
olhei para frente vendo os postes altos e a estrada vazia por estar de madrugada.
— absoluta.
respondi convicta. Ele segurou minha mão e entrelaçou nossos dedos. Em seguida, deu um leve beijo em minha mão. Arqueei um pouco o corpo e alcancei seu rosto.
— eu amo você.
sussurrei em seu ouvido e o mesmo sorriu largo.
— eu amo você.
repetiu e nós dois sorrimos.

"Eu acho que nunca me arrependeria dessa decisão. De nenhum jeito".

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